quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Roberto e seus aliados: a hora é agora de limpar as gavetas, apagar memórias de CPU e o risco de deixar vestígios


O prefeito Roberto Sobrinho (PT) e toda sua equipe saiu sentenciada nas urnas pela população de Porto Velho, estes sofreram uma derrota anunciada. Mas ninguém é bobo em sentenciar que o prefeito Roberto venha abandonar a carreira política após a “peia” que a sua candidata Fátima Cleide (PT) levou nas urnas no primeiro turno da Eleição municipal deste ano.
         No PT quem sofreu o maior revés foi a ex-senadora Fátima Cleide e não Roberto Sobrinho (PT), mesmo que ela tenha carregado nas costas o desgaste da administração petista frente a prefeitura da capital. Pois Roberto conseguiu eleger uma boa bancada de vereadores, ou seja, fazendo com que o PT tenha quatro vereadores na Câmara Municipal que irão trabalhar com afinco pela aprovação de suas contas.
         Se engana ainda quem disser que eleger vereador na capital e mantê-los como aliados não tem importância no jogo político. Pois o prefeito Roberto Sobrinho (PT) não só ajudou eleger vereadores na capital, como também, saiu fortalecido para as eleições de 2014, ou seja, elegeu aliados como prefeito em Guajará-Mirim, Presidente Médici, Jaru e Costa Marques.
Sendo assim, quem disser que Roberto Sobrinho (PT) está fora da eleição em 2014, revela desconhecer o efeito fênix na política, ou seja, significa morrer e nascer várias vezes ao longo da carreira política. Portanto, é sabido que Roberto ficou conhecido como tocador de obras que não consegue terminar. Sua administração foi marcada por alguns escândalos de corrupção com verbas da saúde, na regularização fundiária, beneficiamentos de empresas em processos licitatórios, os aumentos abusivos das passagens etc. Fatores esses que o compromete para uma disputa majoritária, mas não o tira do processo político.
         Até 2014 o PT não terá tempo para construir um nome para disputas majoritárias, mesmo que aposte no desgaste político do atual governador Confúcio Moura (PMDB) e muito menos se aliar a sua oposição por conta do histórico de enfrentamento de suas maiores lideranças ao senador Ivo Cassol (PP).
         Nesse momento para Roberto Sobrinho e os petistas que fazem parte de sua administração há oito anos, não só está na derrota amarga das urnas, mas em deixar a prefeitura no próximo dia 31 de dezembro, pois a hora é agora de limpar as gavetas, raspar o fundo do tacho, apagar memórias de CPU para não correr o risco de deixar vestígios ao entregar os cargos e saindo como se nada de errado tivesse sido feito ao longo desses anos.

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