quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Piedade é algo doce?


         Meus pensamentos de hoje me levaram a uma cena do passado que pensei já ter esquecido, parei por um instante, mas estava lá, sentado, assistindo as aulas de religião ministrada pela professora de catequese por nome de Inês, filha de Dona Rita, por muito tempo, essa última serviu lanche a várias gerações que passaram pelas salas de aula do Colégio Arquidiocesano Pio XII.
         O tema da aula da professora Inês foi sobre piedade, esta abriu a sua fala para nos ensinar fazendo a seguinte pergunta: piedade era algo doce e se deveria ser sempre praticada para como o nosso próximo?
         Logo na primeira explicação, me desliguei e fiquei pensando sobre o verdadeiro significado da palavra. Qual a lição que poderíamos tirar proveito pra servir de exemplo a jornada de vida contida na modernidade? Convivendo e vivendo com a selvageria de um mundo dividido por ricos e pobres, exploradores e explorados, enganadores e enganados.
         Por muito tempo cresci ouvindo que no capitalismo só é pobre quem quer! Diante da tal frase, a afirmativa de abertura da aula, me levou a pensar sobre as variáveis existentes entre a piedade e o sentimento de compaixão com o próximo, a vida que devemos levar pautada sobre a austeridade, retidão, solidariedade e sempre nos colocando no lugar do outro.
         Nas aulas da professora Inês nada me interessava a não ser os ensinamentos carismáticos. Mulher de um conhecimento vasto, de voz doce, magra e esguia, usava sempre saias longas e blusas com botão sem decotes. Sua voz sempre doce, de fino trato, paciente e que completava todo o seu conjunto meigo de ser com o próximo, algo esquecido por muitos na atualidade.
         A grande lição dessa aula é que descobri que o sentimento de compaixão é verdadeiramente mais nobre e tão mais profundo do que o de piedade. A compaixão eleva a nossa capacidade de compreender melhor a nossa existência, de expandir nossos sentimentos de reconhecer os feitos e a capacidade dos nossos semelhantes, sem preconceito e distinção.
         Passamos entender que a dor do próximo, também é a nossa dor e que não existe um bom sem defeito, eliminando dos nossos corações os pré-julgamentos, o primeiro passo para não julgarmos ninguém antecipadamente, como bem diz o ditado popular: quem se compadece não julga!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Coluna Falando Sério

Tem que tirar o chapéu ao Ministério Público Federal de Rondônia, este instaurou o Inquérito Civil Público a fim de investigar e apurar a aplicação de recursos públicos na execução de convênio entre a Prefeitura de Porto Velho – SINE Municipal e o Ministério do Trabalho e Emprego. Assim, mais uma vez esse Colunista vem agradecer a Deus, a Ulysses Guimarães e aos deputados constituintes quando foram iluminados por uma sabedoria sublime ao elaborar entre as sete Cartas Magnas, a mais cidadã possível, ou seja, quando promulgaram a Constituição de 1988. Essa nos presenteou com o Ministério Público, entre tantas atribuições, este pode propor ação civil pública, que tem por objetivo promover uma proteção efetiva do patrimônio público social e dos interesses difusos coletivos, através de ações civis públicas, visando denunciar os administradores desonestos pela conhecida ação de improbidade administrativa. Por isso cidadão de bem, ainda devemos acreditar na Justiça e bater a sua porta!

Mono

Os festejos de mono fez com que muitos deputados estaduais permanecessem nas suas bases, tal fato contribuiu para impedir à formação em sua totalidade a comissão processante que vai apurar o envolvimento dos sete deputados estaduais na Operação Termópilas.

Indicação

A comissão processante já está composta pelo corregedor da ALE/RO, deputado estadual José Lebrão (PTN) e pelo deputado estadual Ribamar Araújo (PT), ambos estão à espera da definição dos outros nomes para darem inicio a tais apurações.

Tacacá

Bem, os deputados José Lebrão (PTN) e Ribamar Araújo (PT) terão que ter cuidado para tais apurações não terminar em Tacacá, pois se fosse em Brasília, terminaria em pizza.

Olho

Os deputados estaduais tem que lembrar que hoje em dia com a mídia eletrônica e as redes sociais, as populações dos maiores colégios eleitorais estão de olho e o troco pode vir nas urnas nas eleições de 2014.

Lembrando

Os deputados estaduais que compõem a ALE/RO precisam refrescar a memória e lembrar a renovação que teve a Assembleia Legislativa na eleição de 2006, quando o seu ex-presidente Carlão de Oliveira foi envolvido na Operação Dominó.

Base

Teve deputado estadual da base cassolista na ALE/RO que nos revelou o motivo dos votos a favor do empréstimo do BNDES – PIDISE. Esses disseram que o senador Ivo Cassol estava usando os nomes dos mesmos sem ter nada combinado.

Vazio

Num verdadeiro discurso vazio, a deputada estadual Ana da 8, prometeu colocar uma emenda de 1 Milhão para construção de um hospital em Nova Mamoré. Estaria de bom tamanho se, na verdade, colocasse mais investimentos no que já existe.

Existente

Em Nova Mamoré possui uma Unidade Mista de Atendimento Hospitalar, um Posto de Saúde no Bairro Planalto, na terceira linha do Ribeirão, nos Distritos de Palmeira e Nova Dimensão, estes dois últimos foram reformados e conta com duas ambulâncias novinhas, tudo com recursos próprios da prefeitura.

Reforma

Este colunista teve o cuidado de efetuar uma ligação para o secretário de Saúde do município de Nova Mamoré, pastor Djalma, esse ainda nos certificou que nos próximos dias inicia a reforma da Unidade Mista com recursos próprios do município.

Investimento

O pastor Djalma ainda informou que as unidades de saúde de Nova Mamoré contam com remédio disponível para a população e em breve haverá contratação de novos profissionais, visando melhorar a prestação de serviço na rede.

Emenda

A população precisa saber que um deputado estadual no Estado de Rondônia pode destinar 2 milhões de emendas individuais e mais 2 milhões de emendas de bancada. Sendo essa última, uma união de partidos, formando um bloco partidário para então poder destinar tal valor em emendas.

Destaque

Quem vem se destacando entre os secretários de Estado, é a secretária Claudia Moura, da Ação Social. Está não tem medido esforços para levar a quem mais precisa o Plano FutuRO.

Transposição

Tomou conta das redes sociais e da mídia eletrônica o movimento independente pró-transposição dos servidores do Estado para os quadros da União.

Morosidade

Bem, todo mundo sabe que o secretário Rui Viera da SEAD já está com tudo pronto, faltando apenas o Ministério do Planejamento sair da morosidade e iniciar todo processo.

Interesse

Esse Colunista não é tão bobo como muitos pensam, mais se algo for feito pela transposição dos servidores, será feito sim, bem as vésperas das eleições municipais.

Objetivo

A transposição as vésperas da eleição tem por objetivo cacifar a presidenta Dilma junto ao eleitorado rondoniense, para então, a presidenta ter argumentos ao pedir votos para seus candidatos por ela apoiados.

Beneficio

No http://protransposicao.blogspot.com/ nos lembra de que os benefícios que virão junto com a transposição dos servidores, não serão apenas benéficos para a classe dos funcionários públicos, será também para a população em geral.

Economia

O http://protransposicao.blogspot.com/ ainda faz referência à economia que o Estado virá a ter, além de poder proporcionar aumento salarial, também poderá investir mais em educação, saúde, segurança pública, infraestrutura, etc.

A greve da educação, o que fazer?


"Se você acha que a educação é cara,
tenha a coragem de experimentar a ignorância."
(Derek Bok)

         Tenho o costume de madrugar todos os dias passando o olho nas manchetes de todos os sítios eletrônicos relacionados ao lado, para tristeza minha e dos demais internautas, creio eu, na sua grande maioria os espaços são reservados a notícias de violência doméstica, agressões, crimes brutais, combate às drogas, prostituição, um pouquinho de política e um tiquinho de boas iniciativas.
         Mais o combate à criminalidade se inicia por mais investimentos em educação, portanto, os profissionais da educação, tanto da rede pública de ensino estadual, quando da municipal de Porto Velho, estão em greve por motivos de reivindicação salarial e, mais alguns itens de pautas que norteiam a melhoria na educação, com mais iniciativa e investimentos por parte do Estado e a Prefeitura de Porto Velho no setor.
         Lembro que o radicalismo do movimento por parte dos grevistas ou extremismo do poder público podem trazer enormes prejuízos à comunidade escolar, pois o ano letivo ficará comprometido devido ao desgaste posterior ao fim da greve para ajustes no calendário escolar, visando o fechamento da carga horária como prevê a nossa LDB.
         É preciso sim, uma boa imediação de conflito, a ferramenta da greve é legitima e um direito assegurado por Lei, mas é preciso pensar que o Estado está para viver um novo tempo com a sonhada transposição, mais até lá, é preciso garantir os investimentos mínimos em saúde e segurança, portanto, é preciso garantir o equilíbrio nas receitas do Estado.
         Todos sabem que o governador Confúcio Moura está sensível aos problemas na educação do Estado. Este já demonstrou a sua boa vontade em promover a democratização das Escolas, ao abrir eleição para Diretores Escolares e repassar recursos direto para a escola, sendo a responsabilidade da comunidade escolar decidir no que é pra ser investido o dinheiro. Assim, temos um governo que realmente deu os primeiros passos visando a democratização do ensino no Estado, não se pode negar tais feitos.
         É preciso estar sensível aos investimentos que são necessários em educação, bem como nos que a fazem acontecer. Não são investimentos perdidos, pois o amanhã se constrói com educação, cultura, esporte e lazer. Todo esse conjunto permiti ir ao encontro da tão desejada paz social, pois povo educado é povo ordeiro.
         Não é com tolerância zero que se resolve um conflito, mais com o dialogo aberto e sereno. Pois a tolerância zero deve ser adotada na segurança pública, no combate ao crime como foi feito em Nova York e São Paulo. A final, mesmo com a educação que ainda temos num país com fortes raízes na exclusão social e mentiras propagadas sobre as falsas estatísticas do pleno emprego, é possível fazer muito mais para quem mais precisa. Assim, o passo inicial, é cuidar do hoje e das gerações futuras, ou seja, um verdadeiro investimento a longo prazo. Educação tem que ser prioridade do Estado, visando promover a universalização e qualidade no ensino.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Porto Velho, a cidade que precisa acontecer!


Mobilidade urbana, um desafio crescente!

         Quem é usuário de transporte coletivo em Porto Velho, sabem da carência de planejamento, investimentos e uma política pública levada a sério que vise à melhoria da mobilidade urbana.
         A capital rondoniense hoje, conta com apenas duas empresas de transporte público coletivo que presta serviço à população. Em toda campanha, os candidatos a prefeitos prometem a quebra do monopólio praticado por ambas as empresas, detentoras da concessão municipal para efetuarem a prestação de tal serviço.
          Mesmo o usuário dispondo da opção do taxi e moto-taxi, o sistema de transporte coletivo ainda é o mais utilizado na capital. Todas as faixas etárias de idades são usuários, principalmente os trabalhadores e estudantes em períodos escolares. Mas em todas as pesquisas realizadas, o indicie de reprovação ao sistema por parte do usuário é superior à média nacional.
         A administração petista vai para finalização do oitavo ano de mandato, até o presente momento, nada de novo foi apresentado ao usuário do sistema público de transporte coletivo da capital. Se houve, pouco foi feito, para realizar melhorias substanciais em termos da redução da idade média da frota, da expansão e manutenção dos corredores de circulação, integração e melhorias como um todo.
         Todos percebem o crescimento da frota de veículos e motos na circulação das ruas de Porto Velho. A cidade está crescendo para todos os lados, sendo assim, é preciso repensar urgente à mobilidade urbana da capital, proporcionar maiores investimentos para o sistema viário, adotando um modelo sustentável, aumento da frota, abrigos eficientes, com um deslocamento rápido e seguro até o destino final, contribuindo para melhoria na qualidade de vida dos usuários, principalmente de quem sai de casa todos os dias para o trabalho, escola e lazer. Na verdade, beneficiando a população de baixa renda, ou seja, quem mais precisa.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Alexandre Guedes, a vanguarda esquerdista jovem da Paraíba

O comunismo é a primavera da Humanidade.
 (Luiz Carlos Prestes)

Luiz Carlos Prestes e Alexandre Guedes

                Era de costume meu pai colocar o papo em dia com amigos e os politiqueiros de plantão das mais diversas correntes políticas no cafezinho São Braz, localizado no Ponto dos Cem Réis, Centro de João Pessoa, capital da Paraíba. Mesmo após de muitas reformas, até hoje o famoso ponto de encontro é conhecido por boca maldita pela classe política paraibana. Quem bem relembra dessas conversas e prosas com meu pai, o Coronel Lins, é o amigo de família, professor Maurício, nascido em Sapé, terra do abacaxi na Paraíba e hoje leciona na rede pública de ensino do município de Ouro Preto do Oeste, região central de Rondônia.

Luiz Carlos Prestes em visita ao
Centro de Estudos Políticos Olga Benário Prestes

         Sempre que meu pai voltava para casa ele passava na Padaria Fluminense pra comprar um pãozinho francês para o jantar em família, costume até hoje mantido pela minha mãe Elisete. Mais nesse dia, além do pão, ele trouxe algo diferente, com ele veio um livrinho de capa verde, com a foto de Lênin em preto e branco, tinha ainda uma foice e um martelo em vermelho e escrito: Centro de Estudos Políticos Olga Benário Prestes. Seu conteúdo era voltado para formação política Lenini-Marxista, ou seja, visava preparar as pessoas para a militância política em defesa da revolução comunista permanente. A frase que mais me chamou atenção era uma mensagem de Lênin a juventude que dizia o seguinte: a tarefa principal da juventude é estudar, estudar e estudar sempre.

Luiz Carlos Prestes, Aurélio Aquino e Alexandre Guedes

         Fui presenteado com esse livrinho que guardo comigo até hoje. Em seguida meu pai me orientou a procurar o saudoso Maia, este já falecido. Era um entusiasta dos ideais de Luiz Carlos Prestes e da sua companheira Olga Benário Prestes, fazia questão de passar horas me doutrinando. Minhas lembranças também se reportam a Batistão, Heleno Rota, Jonas Duarte, Valdomiro Cavalcanti, Aurélio Aquino, Sandra e Alexandre Guedes, todos fundadores e mantenedores do Centro de Estudos Políticos Olga Benário Prestes. Centro esse que tanto contribuiu com a formação política de muitos, o desenvolvimento de militância política de esquerda e campanhas em defesa da verdadeira redemocratização do nosso país.
         Também aprendi muito com o jovem advogado Alexandre Guedes, filho do saudoso Professor Guedes, que lecionava Biologia, uma pequena particularidade, fui seu aluno. Alexandre um militante de esquerda até os dias de hoje, na verdade um vanguardista da esquerda paraibana. Este teve numa breve passagem por Moscou, quando a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas ainda existia e que muito contribuiu para sua formação ideológica até os dias de hoje.

Luiz Carlos Prestes, Aurélio Aquino,  Alexandre Guedes e o Maia

         O velho amigo Alexandre Guedes é um advogado militante nos direitos humanos, filósofo e grande conhecedor de administração pública. Vez e outra nos correspondemos pelo mundo virtual, trocamos informações, opiniões, comentamos o nosso cotidiano e os fatos dos nossos campos de lutas, mesmo em campos diferentes, mais com ideais comuns, que visam acabar com as desigualdades e injustiças sociais ainda gritantes em nosso país.
         Nessa semana de carnaval, Alexandre me procurou pedindo para entrar em contato com minha mãe e meus irmãos, visando liberar cópias dos documentos pessoais do meu pai, este passou sete anos doente e veio a falecer em julho de 2008. Todos os companheiros de esquerda o respeitaram até a presente data, pois só agora elegeu um novo presidente para a Associação Cultural José Martí Brasil – Cuba, uma entidade de intercâmbio cultural com a Ilha Cubana que convive com a ditadura dos irmãos Castro, disfarçada de socialismo.

Luíz Carlos Prestes ao lado do Professor Valdomiro Cavalcanti 

         Quando perguntei quem substituiu meu pai? Alexandre me informou que a escolha recaiu sobre o nome do Professor Doutor Antonio Augusto de Almeida (Universidade Federal da Paraíba), casado com a famosa artista plástica Marlene Almeida. Assim, rendo as minhas homenagens ao amigo Alexandre Guedes que também assumi a presidência do Conselho Deliberativo da Associação Cultural José Martí Brasil – Cuba. Desejo que realizem uma boa gestão, sem cores partidárias, movidos pelo sentimento humanista e de verdadeira solidariedade ao povo cubano. Também não esqueça que Marx já nos ensinava que os filósofos interpretaram o mundo de várias maneiras, agora é hora de transformá-lo.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Coluna Falando Sério

O entusiasmo tomou conta no fim da semana dos muitos primeiros que encamparam a ideia da Lei da Ficha Limpa. O ex-deputado federal Miguel Martini (PHS-MG) que coordenou o grupo de trabalho na Câmara Federal da Lei da Ficha Limpa, nos revelou por telefone, “que com a validação da Lei pelo Supremo Tribunal Federal (STF), acredita que haverá uma mudança de comportamento dos políticos que possuem mandato e um grande impacto nas eleições municipais de outubro, pois muitos que já foram condenados por corrupção, serão barrados pela Lei da Ficha Limpa, mudando em muitos casos o cenário eleitoral de vários lugares”. Assim, a partir desse momento, o efeito imediato se dará na conduta de políticos que estão no exercício do mandato e, um único deslize, poderá ter sua carreira interrompida. Para os partidos políticos, a esses sim, sobrou à missão de vasculhar a vida pregressa de quem deseja filiar-se com a pretensão de disputar uma eleição como candidato a um mandato eletivo.
Esperança
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Alexandre Camanho, ao comentar sobre a aprovação da Ficha Limpa no STF disse o seguinte: “Está na hora de o velho dar lugar ao novo, dos líderes corruptos deixarem o poder, da sociedade consagrar aqueles que possam escrever uma história diferente, baseada em princípios éticos”.
Manobra
O procurador Alexandre Camanho se esqueceu das manobras dos políticos que perdem seus mandatos quando lançam na política as esposas, os filhos, os netos, os irmãos, os primos, os sobrinhos e por fim, os bajuladores de plantão, que se tornam apadrinhados.
Refrescando
Para refrescar a memória, ainda tem a compra de votos disfarçada pela famosa Boca de Urna. Sem falar na gasolina da semana para usar o adesivo com a cara do candidato e o entusiasmo dos eleitores que são contratados para trabalharem como formiguinhas.
Cenário
Com a aprovação da Lei da Ficha Limpa, muda o cenário regional para as próximas eleições municipais e estaduais, pois muitos políticos rondonienses estão enrolados na justiça.
Celeridade
 Agora é os homens de bem que compõem o judiciário, dar celeridade no julgamento dos processos dos políticos que praticou desvio de conduta moral e meteu a mão no dinheiro público.
Conscientização
Agora é preciso os partidos e as pessoas se mobilizem para formarem uma cadeia de união, no intuito de divulgar o histórico dos candidatos nas eleições, servindo de ferramenta para o surgimento de novos líderes comprometidos com a austeridade.
Greve
Reunidos em Assembleia na frente da Prefeitura, os trabalhadores em educação do Município de Porto Velho decidiram entrar em greve por tempo indeterminado por conta dos baixos salários. Lembrando, no Ranking, é um dos piores do país.
Rodoviária I
Quem passa pela Rodoviária de Porto Velho fica frustrado em não ver nenhuma ação concreta para tirá-la da foto pendurada numa placa.
Rodoviária II
A nova Rodoviária de Porto Velho será construída no espaço da velha, onde suas vias de acesso se encontram estranguladas, apresentando grandes congestionamentos de veículos, com péssimas de mobilidade para o embarque e desembarque do usuário, alta concentração de taxistas e moto-taxistas, bem como, dificuldade de carga e descarga.
Empréstimo
Após realização da Audiência Pública no inicio da semana na ALE para debater o pedido (PIDISE) de empréstimo do Governo do Estado junto ao BNDES no valor de R$ 542 Milhões, os deputados estaduais aprovaram o empréstimo, pois esses ficaram convencidos na necessidade de investimentos em infraestrutura e programas sociais do governo.
Desmonte
Durante a audiência pública para debater o financiamento junto ao BNDES do Plano Integrado de Desenvolvimento e Integração Socioeconômica (PIDISE), o secretário-chefe da Casa Civil, Juscelino Amaral, desmontou ponto a ponto o discurso do senador Ivo Cassol contra a aprovação do financiamento.
Pazinha
Ainda restou uma a pá de cal jogada pelo conselheiro político e econômico do governo Gilvan Ramos, na cara do ex-governador Cassol, fazendo uma excelente apresentação sobre a vitalidade financeira do Estado.
Carta
O presidente da Associação Rondoniense de Municípios (AROM), Laerte Gomes, pra terminar com a celeuma na Audiência Pública, apresentou uma carta assinada pela maioria dos 52 prefeitos do Estado, apoiando a aprovação do financiamento.
Capacitação
Sob o comando do secretário da Administração, Rui Vieira de Sousa e da adjunta Carla ITO, a SEAD promoveu essa semana o primeiro encontro de RH da pasta e contou com cerca de 40 representantes de RH das diversas unidades do governo.
Eleição
A eleição para Reitor da Unir, polemizou entre as candidaturas do ex-Reitor Ene Glória e da Reitora em exercício Maria Cristina. Pois os professores, técnicos e alunos perceberam que a candidata do “comando de greve” Berenice Tourinho, representaria a “mexicanização” da universidade.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

A imperfeição do amor, uma espécie de demônio?


Uma das coisas que mais me admirava em seu velho pai,
apesar de ser um militar,
era acurada a sua percepção das coisas,
das pessoas e do mundo...
Eu acho que dos seus filhos, você herdou isso...
(Alexandre Guedes)

         Nesse domingo de carnaval passei por um momento de profunda reflexão, devido a música Monte Castelo que tocou no rádio do carro. Logo me reportei aos meus verdes anos, quando passava horas ouvindo Legião Urbana. Portanto, senti o refrão - “ainda que eu falasse, a língua dos homens, e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria” - na minha alma, elevando meus pensamentos a pensar sobre a imperfeição do amor como uma espécie de demônio.
         A música ficou como uma tortura na minha mente. Busquei aprofundar minha reflexão no poema bíblico sobre o amor, na verdade, no capítulo 13, da epístola que Paulo, que fala grandiosamente sobre o amor: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria”.
         Então, comecei a me perguntar sobre a pessoa não acreditar no que sentimos um pelo outro, se realmente somos capazes de mudar por alguém e, quando nos esforçamos para mudar, essa pessoa não consegue acreditar que mudamos, muito menos acreditar no amor que sentimos por ela. Diante de tais interrogações, fico procurando respostas em mina mente sem encontra-las. Começo acreditar que a dor do amor, apenas essa dor é capaz de nos levar a conhecer a verdade. Essa tal verdade é como um paciente agonizando em seus momentos finais, pedindo misericórdia ao seu algoz incrédulo. Esse algoz parece sentir prazer ao ver a sua vitima chorando, com as cicatrizes abertas, o coração sangrando. Este impiedosamente, sentido o que eu não sei, defere o golpe fatal em sua vitima.
         Logo me pergunto o que fazer para provar a existência da possível perfeição do amor a essa pessoa. Sei que existi pessoas a aconselhando que o amor não é possível existir como uma divindade, mais sim como uma razão, apenas a razão. Pois o verdadeiro amor está sempre junto de nós como se fosse uma parte de nós, que nos completa, equilibra e nunca entra em desarmonia, decadência, devassidão, desequilíbrio, falta de companheirismo, solidariedade e compartilhação.
         Na verdade, eu desejo um dia ver as pessoas se amando, tendo a coragem de enfrentar todos os desafios, vencendo os demônios das imperfeições no amor, sem sentir inveja, vaidade, orgulho e competitividade. O amor tem que ser como o “Avatar” que contribui com sua energia para nosso “Eu” libertador de nós mesmos. Passando a não existir vitima e nem algoz, existindo na verdade a pessoa amada e vice-versa. É preciso ver o amor como uma completude, transubstanciante, holístico e sinergético. Se não tiver essas características, não é amor e sim, imperfeições demoníacas querendo se disfarçar de amor.

Co-autor: Alexandre Guedes

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Rondônia: estratégias e vantagens competitivas


           O Estado de Rondônia encontra-se na melhor localização geográfica da América do Sul, fazendo do sonho de alguns uma realidade para muitos, ou seja, com a recém inaugurada saída do pacifico através da Transoceânica, projeta o Estado como um possível centro de criação de oportunidades, mais para isso ser possível, é preciso urgente a captação de investimentos em infra-estrutura logística. Proporcionando a construção de um cenário de estratégias e vantagens competitivas em solo rondoniense, visando à integração regional através do modal de transportes integralizados a partir do rodoviário, hidroviário, aéreo e num futuro bem próximo, ferroviário.
            Os grandes financistas do mundo continuam apostando na globalização econômica, em que o fomento a tecnologia e o desejo de consumo buscam encurtar as distâncias. O futuro está chegando a passos apressados e com ele a necessidade de abrir novos caminhos sustentáveis com o objetivo de escoar a produção dos mais diversos setores produtivos, que se projetam a partir do aparecimento de novos cinturões agrícolas. Portanto, cresce a cada dia a importância de buscar investimentos em modelos de transportes mais baratos e sustentáveis. Assim, a navegação fluvial reaparece no cenário da Amazônia Legal como alternativa sustentável, visando escoar tudo que é produzido numa região onde se tenta associar o desenvolvimento e preservação do meio ambiente.
            Nesse contexto mencionado acima, entendemos que o Estado de Rondônia deve assumir uma posição de vanguarda e buscar aperfeiçoar-se nesse “nicho” de mercado. Pois, a sua localização geográfica o torna de vital para o novo cenário de desenvolvimento regional, devido a sua importância espacial no mapa da América do Sul e do Brasil. Tal posição geográfica privilegiada projeta o espaço rondoniense a ser detentor do eixo principal da Hidrovia do Madeira – Amazonas. Portanto, duas das principais vias fluviais no cenário econômico da região e que as faz, mola mestre do desenvolvimento e integração regional de mercados do continente Sul-Americano.
            Mais tal desafio só será possível se tiver a vontade política do Governo Estadual, ancorado pelo Governo Federal e parcerias com a iniciativa privada, visando proporcionar a geração de oportunidades, repito, alicerçado em estratégias e vantagens competitivas para promover a integração do mercado regional. Para esse grande salto, é preciso que a equipe de governo centre o foco na elaboração urgente de um Plano de Zoneamento e Desenvolvimento de Trabalho (PZDT) como parte de um projeto ambicioso, visando tornar a Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH) mais competitiva no cenário logístico de integração regional.
            Com a iniciativa de elaborar o Plano de Zoneamento e Desenvolvimento de Trabalho (PZDT), este servirá para traçar o plano de ampliação e expansão do Porto, centrando-se na avaliação permanente de tal projeto, bem como a geração de oportunidades, impactos, prevenção e soluções, além de ajudar a preservar culturalmente e economicamente as APP’S (Área de Preservação Permanente) no seu entorno e possivelmente, a partir de um estudo integrado, a exploração turística do lugar, criando uma ambiente favorável para o desenvolvimento de políticas públicas por parte do Governo Estadual - na atividade especifica já mencionada - a fim de gerar oportunidades de negócio e de trabalho.

Obs.: Publicado na Revista Painel Político, ANO I, N.º 05, 05 de Janeiro de 2012 - Porto Velho, RO.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Coluna Falando Sério

É incrível como a Universidade Federal de Rondônia (UNIR) se distancia da sociedade e vice-versa. Todas as universidades ou mesmo instituições de ensinos superiores privados ou filantrópicos, na sua maioria são considerados pólos de desenvolvimento cientifico e tecnológico. Também podem contribuir muito para responder as necessidades sociais a partir de uma articulação das potencialidades das regiões onde estão inseridas. Quem ilustra muito bem tais potencialidades é o Professor Doutor Dorosnil Alves Moreira em seu livro: Ética, Educação, Universidade, Sociedade: reflexões acerca de vivências e práticas como respostas às necessidades sociais no contexto da Amazônia. Nessa obra, o mesmo defende que o papel da universidade é “investir na construção de uma base de conhecimento e comunicação com informações precisa sobre a questão ambiental social, econômica e cultural, direcionadas para um planejamento prospectivo de médio e longo prazo, articulado com fatores da cadeia produtiva de outras localidades”. Assim, Caro Leitor, a Universidade deve oferecer uma enorme contribuição ao desenvolvimento sustentável do nosso Estado, bem como, se tornar uma ferramenta de luta da plena cidadania.

Eleição  

A eleição para escolha do novo reitor da Unir será nos próximos dias 01 e 15 de março. Cinco candidatos disputam o cargo, são eles: Maria Cristina (Reitora em Exercício), Ene Glória (Ex-Reitor), Berenice Tourinho (Comando de Greve), Júlio Militão (Moderados) e Júlio Rocha (Oposição).

Reflexão

É importante, o professor, o técnico e o aluno da Unir, refletir sobre as demandas e gargalos que a universidade exige como solução imediata, bem como, em longo prazo.

Papel

É importante cada personagem nesse processo sucessório da UNIR buscar caminhos longe da “politicagem” externa. É preciso sim, um modelo de gestão séria e altiva com vista à construção de políticas democráticas de acesso e permanência do aluno na universidade.

Palanque

Um passarinho preto próximo a atual Reitora em Exercício Maria Cristina, nos revelou que essa não nomeou o professor Adilson Siqueira como Chefe de Gabinete, alegando que este queria transformar a UNIR num palanque eleitoral.

Lembrando

Muitos professores e técnicos da UNIR, tanto do interior como da capital, confidenciaram a este Colunista, suas preocupações com a escolha do novo Reitor. Todos foram unanime em dizer, que a universidade não deve se resumir a um “comando de greve” ou mesmo “ficar de joelho” a “politicagem externa”.

Recado

O governador Confúcio Moura em despacho na SEDES comandada pelo secretário Edson Vicente, afirmou diante dos funcionários daquela pasta, a necessidade de fazer o Estado caminhar para um desenvolvimento sustentável.

Miolos

Ainda na SEDES, o governador Confúcio foi enfático em dizer que é preciso a soma de esforços de todos, pois recursos existem e estão se perdendo por falta de projetos e planejamento. A solução é cada um colocar seus miolos para funcionar, contribuindo com o desenvolvimento do Estado e consequentemente com a melhoria de vida das pessoas.

Trio

O trio parada dura da SEDUC formado por Isabel e Suely Aragão, sob o comandado do imortal Júlio Olivar, desejam dar inicio a grande revolução na educação do Estado, mudando o atual perfil de gestão, visando reduzir o percentual de 68% de alunos do ensino médio evadidos das Escolas Estaduais.

Negativo

Outro ponto negativo a ser vencido pela SEDUC são os alunos do ensino fundamental, estes recebem seus certificados de conclusão sem saber ler e escrever.

Correndo

Quem passou os primeiros dias da semana em Brasília correndo atrás da transposição dos servidores foi o secretário Rui Vieira da SEAD. Este vem trabalhando junto ao Ministério do Planejamento incansavelmente com o apoio da deputada federal Marinha Raupp e do Senador Valdir Raupp, ambos do PMDB.

Bancada

Bem que o governador Confúcio Moura (PMDB) deveria convocar a deputada federal Marinha Raupp para coordenar os interesses do Estado em Brasília, promovendo a integração das ações do escritório de representação do governo com o gabinete da parlamentar, a final, todos sabem que o governo é do PMDB.

Judas

O secretário da SEMDESTUR Agnaldo Nepomuceno vem sendo considerado pelos camelos como um Judas. Esse vem retirando os mesmo das ruas sem uma verdadeira política do dialogo e realocação desses trabalhadores informais para ganhar o seu sustento.

Manter-se

Todos sabem que Agnaldo Nepomuceno é filiado ao Partido Verde, é indicação dos quatro vereadores do PV da capital, para se manter no cargo, este vem tomando decisões a frente da pasta que vem desagradando aos vereadores do PV da capital e principalmente ao ex-deputado federal Lindomar Garçon (PV).

De quem é a responsabilidade de fazer a segurança do folião de rua de Porto Velho?


      Gosto de vivenciar o lugar que vivo, de respirar o cotidiano das pessoas, de frequentar passeios públicos, prestigiar manifestações culturais e de vez em quando, festar com amigos numa noite cheia de boemia. Mais nas semanas que antecede o carnaval de Porto Velho, vez ou outra, participo de algumas concentrações de ensaios dos blocos carnavalescos e de algumas escolas de Samba.
         Nessas minhas participações tímidas, muito tem me preocupado a segurança do folião de rua, pois em todos os eventos pré-carnavalesco até a presente data, só pude ver a presença do bombeiro no dia de hoje, nada de policiamento ostensivo, dos agentes de trânsito, tanto do DETRAN quanto da SEMTRAM, visando orientar os motoristas que se confundiam com as ruas interditadas, tendo que realizar manobras arriscadas e retornar na contramão.
          Todos sabem que no inicio da Avenida Pinheiro Machado, esse trecho mais conhecido por calçada da fama, ou seja, se transformou no principal ponto de encontro da capital dos “baladeiros de plantão”. Assim, aproveitando a concentração de bares e casas noturnas, é pra lá que marcam a saída ou passagem dos blocos de carnaval.
         Nesse contexto, o evento de rua que consta no calendário turístico do nosso país e que já virou tradição às prévias carnavalescas, faz necessário que sejam desenvolvidas ações e medidas de segurança. Portanto, é preciso urgente o envolvimento maior dos órgãos de segurança, dos que promovem tais eventos, bem como pelo público em geral que tanto prestigia a folia de rua da nossa capital.
         Nos locais por onde passei, pude identificar faixas com os patrocinadores, inclusive banner´s da prefeitura da capital e do governo do Estado. Mais senti a ausência do policiamento ostensivo de rua no local a fim de garantir a prevenção de ocorrências policiais relacionadas a delitos contra a pessoa humana, ao patrimônio público e privado, de preservar a ordem, a tranquilidade do folião e o bem estar de quem reside aos arredores das festividades.
         Ainda falta uma semana para o inicio do carnaval oficial, toda a semana que antecede o calendário oficial tem saída de Blocos Carnavalescos e concentrações de ensaio das Escolas de Samba. Sendo assim, os órgãos que promovem a segurança pública em nosso Estado precisa desenvolver medidas pró-ativas, preventivas e repressivas, visando promover a integridade física dos participantes da folia de rua ou daqueles que desejam aproveitar para descansar nesse período, se reservando em casa com a família.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Demência ou retardo amazônico da mão de obra em Porto Velho?

Pintura de Társila do Amaral       

       A minha passagem pelo SINE municipal foi muito rápida, mais tempo suficiente para desenhar no meu imaginário um cenário desolador da falta de políticas publicas sérias para quem busca o primeiro emprego ou mesmo a sua (re) inserção no mercado de trabalho.
         Quando nos debruçamos sobre os estudos, pesquisas, números, levantamento de dados e até mesmo pela observação do nosso cotidiano, verificamos que a mão de obra disponível no mercado de trabalho em Porto Velho é na sua grande maioria despreparada, de baixa escolaridade, sujeitos a toda ordem de exploração, aviltamento e com capacitada de aperfeiçoamento e atualização bastante distante da realidade de outras regiões do nosso país.
         A partir de observações simples a partir da visita a alguns estabelecimentos comerciais, tomando primeiro, por exemplo, uma sapataria localizada no Porto Velho Shopping, verificamos que tem meia dúzia de funcionários posicionados na frente das vitrines internas, impossibilitando o cliente de ver a exposição dos sapatos. Esses funcionários custam a perceber que o cliente deseja ver a exposição dos mesmos. O cliente pede pra alguém lhe atender, diz o tamanho do pé, depois de certo tempo, o funcionário volta com um só exemplar de par de sapatos, com o número menor ou maior do informado.
         Quando lhe perguntado sobre outros modelos parecidos e com o número certo, esse diz que não trouxe para não bagunçar as caixas do estoque nas prateleiras. Na sequencia você se levanta e vai a uma lanchonete de fast food famosa, pede um sanduiche padrão, quando abre a caixinha se depara com a carne de hambúrguer queimada ou sanduiche se apresenta montado longe da exigência de padronização da rede nacional ou internacional franquiada. Nem mesmo elas escapam do despreparo!
         Em outro exemplo, você liga pro entregador de água, pede dois garrafões com água mineral e troco pra cinqüenta reais. Esse chega com apenas um garrafão e reclama que não tem troco suficiente. Faz uma ligação para um restaurante que entrega refeições executivas, realiza o pedido de três refeições, sendo uma refeição com bastante salada, pouco arroz e feijão. Essa vem sem nenhuma salada e o arroz e feijão em dobro das outras conforme pedido.
         Os casos das repartições públicas são bem piores, ou seja, processos são perdidos, carimbos lançados errados, folhas perdidas, documentos com redações incompreensivas, informações incompletas ou destorcidas, predomínio de descontentamento, lamentações, pareceres contrários as conquistas garantidas, arquivamento de processos sem pareceres finais, realização de refeições nas mesas de expediente, perseguições desnecessárias aos colegas de trabalho e erros, muitos erros praticados ao longo da vida como servidor público.
         Percebemos que tanto na iniciativa privada, bem como, no serviço público, sofrem com a falta de qualificação, capacitação e formação continuada da mão de obra contratada. Abordando alguns colegas da geografia sobre o tema, muitos se reportaram a uma suposta demência ou retardo amazônico que atinge o trabalhador na nossa Região. Busquei fontes de estudos, referências ou bibliografia sobre tal afirmativa, mas nada encontrei. Portanto, prevaleceram as minhas idéias da necessidade de construir uma ampla articulação de saberes sob tão importante temática.
         É preciso sim, promover um planejamento de ações norteando uma política pública para criar espaços interinstitucionais com o intuito de elevar verdadeiramente a escolaridade do trabalhador, promovendo uma verdadeira revolução nas nossas escolas públicas a partir de um comprometimento maior dos gestores, dos professores, dos técnicos, da sociedade, da classe política e dos governantes.
         Sabemos que a realidade das nossas Escolas Públicas é bastante dura diante dos números, quando temos índices elevados de evasão escolar e certificação de alunos em todos os níveis de ensino sem saber ler e escrever. Esse caos também se repete nas nossas universidades públicas e privadas. Diante da modernidade e das exigências do mercado de trabalho, surge como grande desafio promover à qualificação, a capacitação e a formação continuada do trabalhador integrada à escolaridade, como forma de garantir a inserção ou a (re) inserção no mercado de trabalho. Assim, temos duas grandes perguntas: como conjugar a educação formal com a qualificação profissional? Como suprir a ausência de ações especifica que contemple a capacitação, treinamento e qualificação a quem possui baixa escolaridade? É esse o convite para um reflexão ampla por parte desse blogueiro!