terça-feira, 5 de abril de 2022

O que prevalece na política em Rondônia com a janela partidária?

O fechamento da janela partidária para mandatários trocarem de partido e o processo de filiações daqueles que almejam o primeiro mandato. Deixou a máscara de muita gente cair no “baile da hipocrisia” ao renegar a ideologia que sempre carregou dentro de si mesmo. Neste caso, revela que os representantes políticos preferem permanecer no poder do que manter sua coerência política.

A janela partidária deixou cair a máscara das deputadas federais Mariana Carvalho (PSDB) e Silvia Cristina (PDT), ambas tiveram sua carreira política iniciada em partidos de Esquerda. No caso da deputada federal Mariana Carvalho que se criou politicamente pela sigla da Social-Democracia (ideologia de Esquerda), era considerada como a queridinha dos Tucanos, ganhou um não do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, pela vaga ao Senado, legenda que o presidente Jair Bolsonaro vai tentar a reeleição. Desesperada e perdida como Alice no País das Maravilhas terminou abraçada com o partido de Direita Republicanos, pertencente a Igreja Universal de Edir Macedo.

A deputada federal Silvia Cristina que é cria do Senador Acir Gurgacz - estrela maior do PDT e do brizolismo em Rondônia (Trabalhismo – ideologia de Esquerda), teve uma atuação brilhante no início de seu mandato em defesa da luta contra o câncer, das questões de gênero em defesa dos grupos minoritário como LGBT. Porém, quem estuda Simbolismo de Dan Sperber percebeu que a deputada Silvia votando com as pautas neoliberais do Governo Bolsonaro, em especial, a Reforma Trabalhista e da Previdência, sabia que ela deixaria a legenda trabalhista para uma legenda que abriga forças reacionárias, ou seja, pulou da esquerda para o PL de Valdemar da Costa Neto e do presidente Jair Bolsonaro. Mas resta saber se perdeu a identidade ideológica ou seu movimento foi por conveniência eleitoral.

Entre os mandatários estaduais teve quem fez o movimento inverso, a deputada Rosângela Donadon que era do PDT, deixou a sigla brizolista de esquerda e migrou para o partido União Brasil (UB), sigla partidária com cunho ideológico de direita. Já o deputado Jhony Paixão que era do Republicanos – partido de Direita e pertencente a Igreja Universal de Edir Macedo, deixou a Direita e migrou para o PSDB, partido da Social-Democracia Brasileira, portanto, uma sigla de Esquerda.

Os pré-candidatos que desejam conquistar um mandato também fizeram movimentos inversos, por exemplo, o ativista político Moises Cruz que era do Cidadania – ex-Partido Popular Socialista (PPS) - sigla de Esquerda, presidido por Roberto Freire, migrou para um partido de Direita, ou seja, Republicanos pertencente a Igreja Universal de Edir Macedo. Já o médico Silmar Régis que disputou uma vaga de deputado federal em 2018 pelo partido PSL que elegeu o presidente Jair Bolsonaro, fez movimento inverso, migrou da Direita para a Esquerda no momento que se filiou no MDB de Ulysses Guimarães, Renan Calheiros e de Confúcio Moura. Diante deste cenário político indago: o que prevalece na política em Rondônia com a janela partidária?