O fechamento da janela partidária
para mandatários trocarem de partido e o processo de filiações daqueles que
almejam o primeiro mandato. Deixou a máscara de muita gente cair no “baile da
hipocrisia” ao renegar a ideologia que sempre carregou dentro de si mesmo. Neste
caso, revela que os representantes políticos preferem permanecer no poder do
que manter sua coerência política.
A janela partidária
deixou cair a máscara das deputadas federais Mariana Carvalho (PSDB) e Silvia
Cristina (PDT), ambas tiveram sua carreira política iniciada em partidos de Esquerda.
No caso da deputada federal Mariana Carvalho que se criou politicamente pela
sigla da Social-Democracia (ideologia de Esquerda), era considerada como a
queridinha dos Tucanos, ganhou um não do presidente do Partido Liberal (PL),
Valdemar da Costa Neto, pela vaga ao Senado, legenda que o presidente Jair
Bolsonaro vai tentar a reeleição. Desesperada e perdida como Alice no País das
Maravilhas terminou abraçada com o partido de Direita Republicanos, pertencente
a Igreja Universal de Edir Macedo.
A deputada federal Silvia
Cristina que é cria do Senador Acir Gurgacz - estrela maior do PDT e do
brizolismo em Rondônia (Trabalhismo – ideologia de Esquerda), teve uma atuação
brilhante no início de seu mandato em defesa da luta contra o câncer, das questões
de gênero em defesa dos grupos minoritário como LGBT. Porém, quem estuda
Simbolismo de Dan Sperber percebeu que a deputada Silvia votando com as pautas
neoliberais do Governo Bolsonaro, em especial, a Reforma Trabalhista e da
Previdência, sabia que ela deixaria a legenda trabalhista para uma legenda que
abriga forças reacionárias, ou seja, pulou da esquerda para o PL de Valdemar da
Costa Neto e do presidente Jair Bolsonaro. Mas resta saber se perdeu a identidade
ideológica ou seu movimento foi por conveniência eleitoral.
Entre os mandatários estaduais
teve quem fez o movimento inverso, a deputada Rosângela Donadon que era do PDT,
deixou a sigla brizolista de esquerda e migrou para o partido União Brasil (UB),
sigla partidária com cunho ideológico de direita. Já o deputado Jhony Paixão
que era do Republicanos – partido de Direita e pertencente a Igreja Universal
de Edir Macedo, deixou a Direita e migrou para o PSDB, partido da Social-Democracia
Brasileira, portanto, uma sigla de Esquerda.
Os pré-candidatos que desejam
conquistar um mandato também fizeram movimentos inversos, por exemplo, o ativista
político Moises Cruz que era do Cidadania – ex-Partido Popular Socialista (PPS)
- sigla de Esquerda, presidido por Roberto Freire, migrou para um partido de Direita,
ou seja, Republicanos pertencente a Igreja Universal de Edir Macedo. Já o
médico Silmar Régis que disputou uma vaga de deputado federal em 2018 pelo
partido PSL que elegeu o presidente Jair Bolsonaro, fez movimento inverso, migrou
da Direita para a Esquerda no momento que se filiou no MDB de Ulysses Guimarães,
Renan Calheiros e de Confúcio Moura. Diante deste cenário político indago: o
que prevalece na política em Rondônia com a janela partidária?
Nenhum comentário:
Postar um comentário