quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

A diferenciação entre Marketing Político e Marketing Eleitoral

Quem deseja se lançar no mundo político como pré-candidato, candidato e fazer parte da assessoria parlamentar – gabinete, regional ou de rua, precisam compreender a diferenciação entre Marketing Político e Marketing Eleitoral. Tal compreensão, possibilita definir estratégias políticas e posicionar corretamente o produto ao seu consumidor em potencial (nesse caso, os eleitores). Assim, compreender a diferenciação entre os conceitos em Marketing Político e Marketing Eleitoral é de suma importância para uma campanha vencedora ou um mandato de sucesso.

O marketing político é aplicado durante o exercício do mandato e tem como base o uso de ferramentas do marketing tradicional nos espaços de poder e de tomada de decisões. Desse modo, faz necessário observar e adequar estratégias políticas no exercício do poder, ou seja, posicionando e definindo uma imagem ao mandatário que poderá ser usada em futuras disputas eleitorais, como também em situações em que é preciso o apoio da opinião pública para se tornar um vencedor no pleito eleitoral.

A aplicação do Marketing Político é fundamento em estratégias a longo prazo e na investidura do cargo eletivo para o exercício do mandato bem como antes da campanha eleitoral. É com o marketing político que se estabelece relações com o público-alvo, com a construção da imagem, do posicionamento político e o fortalecimento da relação com o eleitorado. Já o Marketing eleitoral é uma variável do Marketing Político e a sua principal diferença é que as ações são programadas, tem data de início e fim, logo, é voltado a pré-campanha e campanhas eleitorais.

O Marketing Eleitoral tem como objetivo a construção da imagem e o posicionamento do pré-candidato junto ao público-alvo no território político, fazendo do candidato um vencedor no pleito eleitoral. Essa diferenciação entre o marketing político e eleitoral é o que dá sentido às estratégias a serem definidas em cada cenário. Enquanto o marketing político foca na consolidação da imagem, na linguagem do discurso e no posicionamento estratégico no exercício do mandato, o Marketing Eleitoral foca na meta de conversão de votos, ou seja, a eleição e o resultado esperado para fazer do candidato um vencedor.

O marketing político e o marketing eleitoral não poderiam sobreviver sem o pré-candidato, candidato e o político em si. É o indivíduo político quem dá o norte para definição da construção da imagem, linguagem do discurso e a definição de estratégias para o posicionamento durante uma campanha eleitoral e exercício do mandato. Portanto, o investimento no marketing eleitoral se faz necessário para se ganhar uma eleição. Já o marketing político, por sua vez, tem o intuito de criar uma imagem forte do parlamentar perante o público-alvo no exercício do mandato. Para isso, é preciso criar e desenvolver ações e estratégias a longo prazo - Plano de Atuação Parlamentar, adotadas dentro do conceito de marketing político.

terça-feira, 9 de maio de 2023

Reflexões aos moços - fome de crescer

A semana vai começa e toda noite de domingo penso, reflito, imagino e por delivery, faço o pedido de uma pizza ou sanduiche, estando ou não acompanhado, prefiro não fazer nada na cozinha, mesmo gostando de cozinhar. Mesmo que o ato de ficar sozinho - solidão crônica, pode levar a desenvolver doença cardiovascular, obesidade, ansiedade, depressão, mal de Alzheimer, hipertensão, entre outros.

Quando estou sozinho, me obriga a parar um pouquinho para analisar aspectos do passado para avaliar erros, acertos, deslizes, bênçãos e vislumbrar o que está por vir. Mas quando recebo visita, deixo a fantasia e a criatividade fluir nos diálogos, inclusive, procuro aconselhar os mais moços, sobretudo a quem tem fome de crescer. Em muitos diálogos, percebo moços ansiosos, tensos e um pouco perdido nos propósitos de vida.

No aguardo da pizza, conversa vai, conversa vem, um moço me confidenciou que deseja seguir a carreira militar por ser simpático ao militarismo e está estudando para atingir esse objetivo. Daí fiz algumas perguntas e tentei aconselhá-lo, mas não consegui por ele não possuir a habilidade de ouvir.

 A maioria desses moços que não sabem ouvir, tentam convencer os outros das suas ideias e convicções, como se fossem dono da verdade. Tais moços não querem ouvir porque têm receio de serem aconselhados a mudar suas estratégias, sair da zona de conforto e serem tirados da posição que sabe de tudo. Esses moços se tornam arrogantes e se distanciam do mundo real porque só enxergam apenas a sua realidade.

Da minha parte e na minha meia idade, já vivenciei situações e adversidades que me permite aconselhar alguns moços com aptidão para ouvir. Mas para quem não sabe ouvir, eu tenho algo a dizer: Ninguém é tão bom e autossuficiente a ponto de nunca precisar da orientação de alguém mais experiente.

sexta-feira, 31 de março de 2023

É preciso dialogar com evangélicos

É um desafio escrever sobre religião e política num país polarizado por duas grandes forças políticas antagônicas, principalmente, quando temos uma força empurrada pelo fundamentalismo religioso evangélico tropical. No presente texto e a véspera do governo Lula completar cem dias, percebemos que o campo evangélico ainda parece estar em dificuldades para reorganizar suas bases em torno de um projeto político comum após a Esquerda voltar a ocupar o Palácio do Planalto e a Esplanada dos Ministérios na capital federal.

O fato é que os ventos políticos progressistas das primeiras décadas do atual século, em especial, ocorridos durante os governos Lula e Dilma, deixou em ebulição os evangélicos no país. Em face disso, evangélicos da posição que crente não deve se meter em política, passou a adotar uma postura mais militante defendendo um projeto de poder de querer converter as instituições sociais e políticas do país em difusores do cristianismo fundamentalista com o seguinte lema: “O Brasil é do Senhor Jesus”.

Desde a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas urnas, a ocupação da frente dos quarteis pedindo a volta da Ditadura Militar e da tentativa de Golpe de Estado em 8 de janeiro, os evangélicos têm procurado deixar de lado o envolvimento político por conta dos desgastes criando no ambiente interno das igrejas, o que fez com que alguns pastores e líderes adotassem um caráter mais pragmático, ou seja, preferindo retornar ao estilo tradicional do que dobrar a aposta bolsonarista.

Contudo, não pode negar a força ideológica que a extrema-direita desperta nas mentes e nos corações dos evangélicos brasileiros. Em face disso, o campo progressista brasileiro precisa aprender a dialogar com os evangélicos como forma de vencer a bipolarização, o discurso do ódio e acabar com a espera de um “Novo Messias”.