domingo, 24 de abril de 2011

Sustentabilidade Ambiental

Desenvolvimento Sustentável: atual contexto contemporâneo

            O tema é de grande relevância para ser abordado em poucas palavras e seduzir alguém a leitura. Mas sabemos que não é de hoje que a mídia nos coloca para refletir sobre os problemas ambientais que vem ocorrendo em nosso planeta. A pressão do homem exercida sobre a natureza e seus impactos alarmantes, nos coloca a refletir sobre as batalhas de argumentos dos cientistas quando se falam em meio ambiente, sejam eles, alarmistas ou céticos. Pois recentemente o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA, órgão ambiental principal da ONU, divulgou novos dados dos estudos e levantamentos feitos a partir do aquecimento do planeta e que nos leva a uma reflexão profunda sobre a crise ambiental global, que se apresenta como grande desafio do milênio para o homem e a natureza.
            Os dados são temerosos quando nos debruçamos sobre levantamentos que tratam da crise mundial da água - mais especificamente da diminuição catastrófica de geleiras no mundo todo. As mesmas são responsáveis por abastecer rios de regiões ultra-populosas, como o Sudeste Asiático, afinal, as geleiras desaparecendo, poderá deixar bilhões de pessoas com sede. Relatos como esses e outros sobre as alterações climáticas quando divulgado nos meios de comunicação, têm aumentado a preocupação das pessoas com o tema e até levado a indústria do entretenimento a abordar a questão ambiental.
            Constantemente os meios de comunicação numa extensão global, deixam claro que houve poucos avanços para aplicação de um desenvolvimento sustentável em nosso planeta e os atores envolvidos, poucos fizeram a sua parte, apesar da notoriedade sem precedentes que se ganhou nos últimos tempos. As informações que constantemente são alarmadas diante das ameaças de mudanças climáticas bruscas ficam claras e provadas que o homem precisa repensar o seu comportamento quanto aos padrões de produção e consumo, pois continuam distantes do que se convenciona a chamar de desenvolvimento sustentável.
            A preservação ambiental nas últimas décadas tornou-se uma preocupação da maioria das populações e de seus líderes pelo mundo todo, reconhecendo a emergência para solucionar os problemas ambientais em todas as suas escalas. São comuns em nosso dia-a-a-dia, abordagens sobre os temas relacionados ao meio ambiente. São temas principais à destruição da camada de ozônio, acidentes nucleares, alterações climáticas, desertificação, armazenamento e transporte de resíduos perigosos, poluição hídrica, poluição atmosférica, enchentes, tsunami, pressão populacional sobre os recursos naturais e perda de biodiversidade. Os atuais problemas ambientais apresentados vêm provocando grandes tragédias, fazendo vitimas em todos os lugares do nosso planeta. Sempre a atividade produtiva mais atingida é a agrícola, que provoca alta nos preços dos alimentos e como conseqüência maior trágica é o aumento da pobreza mundial.
            O desenvolvimento sustentável se se apresenta como alternativa as nações do mundo, segundo suas respectivas especificidades e as questões ambientais devem ser tratada de forma global, afinal, a degradação ambiental é resultado de um processo social, determinado pelo modo como a sociedade apropria-se e utiliza os recursos naturais.  E não é de hoje, que os meios de comunicação em todas as escalas, nos faz refletir que não é possível resolver os problemas ambientais de forma isolada, se faz necessário pensar o processo de desenvolvimento sustentável a serem adotados pelas nações de forma global no contexto contemporâneo do nosso planeta.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Não vamos enterrar um homem, vamos plantá-lo – Parte I
Frase do ex-vice governador Raymundo Asfora (PMDB/PB),
 em seu discurso de homenagem a João Pedro Teixeira durante seu velório.


                Quando cheguei a Rondônia de férias, mas passado vinte dias, decidi ser mais um pioneiro, fixando residência no município de Nova Mamoré, devido à ligação de amizade criada com Alexandre e Ernandes Soares, quando estes ainda moravam em João Pessoa a fim de estudar. Ambos são filhos do José Renato Soares do Nascimento e da Socorro Costa Soares, ele funcionário a mais de trinta anos da EMATER – RO e Socorro comerciante nata por natureza, construíram sua vida no lugar desde quando se chamava Vila Nova do Mamoré e ainda era distrito de Guajará-Mirim.
            Conheci o Alexandre e o Nando por serem amigos de Ravi, filho da Cláudia, todos moravam no mesmo condomínio do bairro populoso de Mangabeira. Eu desejava fazer do Ravi uma liderança em seu bairro com o objetivo de desenvolver um trabalho em favor da candidatura do ex-prefeito de Cabedelo Sebastião Plácido a deputado estadual nas eleições gerais de 2006. Afinal, Ravi era muito conhecido no meio jovem do bairro. Assim, no início do mês de dezembro de 2005, o Nando me convida para conhecer Rondônia, na época estava no auge o seriado Mad Maria da rede globo de televisão, que contava a história da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. De pronto aceitei o convite e no dia 19 de dezembro de 2005 cheguei a Rondônia, debaixo de muita chuva e um vôo com muita turbulência por conta do mal tempo.
            Do Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira, fui de taxi até o Hotel Tereza Raquel, localizado na Rua Marechal Deodoro da Fonseca, centro de Porto Velho, pois teria que ficar dois dias esperando Nando chegar à capital rondoniense por conta de trajetos diferentes que realizamos até Rondônia, para então rumarmos à Nova Mamoré. No dia que fiquei sozinho em Porto Velho, aproveitei bastante para descobrir o lugar, comer de suas iguarias, conhecer o artesanato local, o sistema de transporte urbano, os locais históricos da cidade, a rodoviária e ainda deu tempo fazer uma visita ao “Colégio Classe A”, para rever o professor Carlos, meu conterrâneo de Campina Grande e que na minha juventude tinha dado algumas aulas a mim no pré-vestibular do “Colégio CA” em João Pessoa, que pertenceu aos professores Alencar, Pompeu e Américo.
            No dia 21, Nando chegou a Porto Velho, rumamos para Nova Mamoré num transporte alternativo, durante a viajem não parei de falar sobre a minha impressão da capital rondoniense, uma cidade no meio da “floresta” e que nasceu da beira do imenso Rio Madeira em direção as planícies da Amazônia ocidental. Além é claro, que seu crescimento se deu através dos ciclos econômicos em que viveu desde o período das drogas do sertão, passando pela exploração de borracha, posteriormente da cassiterita, em seguida do ouro, da pecuária e atualmente das usinas hidrelétricas do “madeira”. No caminho, fiquei contemplando a floresta, as fazendas e o gado ao longo da BR. 364 e BR. 425 que dão acesso aos municípios de Nova Mamoré e Guajará-Mirin, que fazem parte da região de fronteira com a Bolívia.
            Me chamou ainda mais a atenção, os vestigios da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré ou melhor, as pontes de ferros pertencentes ao seu conjunto histórico e que encontra-se sem manutenção, abandonada, ou seja, as estações de parada em ruínas, em alguns trechos os trilhos e a rede de telegráfico desaparecendo, afinal, a EFMM pertence ao nosso patrimônio histórico e cultural devido a sua importância no contexto ecnômico que vivia o mundo na metade do século XIX por conta da necessidade do latex, surgindo assim, a idéia de construir uma ferrovia que possibilitasse superar os trechos encachoeirados do alto rio Madeira que compreende na atualidade os municípios de Porto Velho, Nova Mamoré e Guajará-Mirin. A construção da EFMM, foi com o intuito de levar à borracha produzida na Bolívia e na região de Guajará-Mirim, além da provincia de Santo Antônio do Madeira que pertencente ao Mato Grosso, por conta da próximidade com a Europa e os Estados Unidos da América.

segunda-feira, 11 de abril de 2011


A batalha de Valverde

            Hoje completa um mês da partida do nosso amigo Eduardo Valverde, que teve sua vida ceifada num trágico acidente automobilístico na BR-364, precisamente no Km 355, saída de Ji-Paraná com sentido a Ouro Preto d’Oeste. Ao lado dele estava Ely Bezerra de Salles, adjunto da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sócioeconômico e Turismo da prefeitura de Porto Velho, que tive a oportunidade conhecer pelos poucos dias que fiquei como Diretor do Trabalho e Qualificação – Sine Municipal, que é subordinando a SEMDESTUR.
            Ambos morreram trabalhando pela construção do Partido dos Trabalhadores – PT, Valverde que era presidente regional da legenda e Ely Bezerra que recentemente teria assumido a Coordenação de Organização Política da legenda visando as eleições municipais de 2012. Assim, na primeira viagem de Ely Bezerra e Eduardo Valverde ao interior do Estado, suas vidas foram tiradas do nosso convívio repentinamente. O pouco que conheci Ely, vi nele uma pessoa da maior simplicidade possível, porém muito inteligente e de uma habilidade política gigante, homem de boa vontade, comprometido com o bem público e determinado a superar os obstáculo que não lhe parecia invensivel, mesmo diante de um grande desafio.
            Mas Valverde, que tive a oportunidade de conhecer desde o primeiro ano de minha chegada ao Estado de Rondônia, em especial no município de Nova Mamoré, não conheci um deputado federal ou mesmo um homem público que militava na política, conheci um homem idealista, voluntarioso, de uma inteligência viva, de personalidade humilde, solidário com as causas do próximo, com ponderações sábias e elevada exigência moral.
            As qualidades reunidas em Valverde, desde o seu comportamento como filho, estudante, profissional, pai de família e militante político na sua prática diária, que sem dúvida, o norteou por boa parte de sua vida. O homem começou a fazer história quando ajudou a fundar o Sindicato dos Urbanitários (Sindur) de Rondônia. Logo mais presidiu a CUT em Rondônia, participando diretamente da fundação da maioria dos sindicatos de profissionais urbanos, bem como do Partido dos Trabalhadores no estado.
            Em seu primeiro mandato na Câmara Federal, Valverde destacou-se como parlamentar atuante e propositivo. Nos primeiros dois anos de trabalho, o deputado já apresentava 33 projetos de lei, 14 projetos de lei complementar e 14 propostas de emenda à Constituição. Além disso, Valverde é autor do requerimento de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Banestado, que vem apurando a saída ilegal do País de, pelo menos, U$S 30 bilhões. Reeleito em 2006, para cumprir seu segundo mandato, apareceu na lista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), intitulado como “Cabeças do Congresso”, ou seja, estava entre os 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional.
            Com esse perfil, Valverde de forma enérgica e corajosa, com invulgar talento guerreiro, decidiu construir uma candidatura própria do Partido dos Trabalhadores ao Governo do Estado de Rondônia, sendo sua principal batalha em sua carreira política. Mas mesmo com a clareza de propósitos, a ponderação como prática da disciplina diária e a inteligência nas decisões que o guiaram para construir boas ações que praticou enquanto vida teve. Sempre se mostrou um político necessário no momento exato, no lugar certo. Reuniu e empregou com acerto, mesmo com escassos meios e vontades disponíveis, por vezes contra a opinião geral, o legado que realizou será o exemplo que persistirá no meio de nós e dos que ainda virá a nascer, ninguém duvide disso. Assim, rendo a minha homenagem a essa pessoa humana, que era sincero, verdadeiro, honesto e de grande espírito público.

segunda-feira, 4 de abril de 2011


             Os homens da travessia              

            Muitos homens falam que o sentem na atualidade, em respeito aos próprios semelhantes, é estranho, mas é verdade, ou seja, o frio tomou conta das relações, das amizades, do seio familiar, com amigos, nas escolas, no trabalho, nas paixões, enfim, em tantas coisas que não deveriam perder o calor maior que é o sentimento da generosidade.
            É estranho como os homens perdem a fé diante dos obstáculos tão pequenos, que podem ser vencidos com determinação e coragem, a partir de uma simples reflexão no intuito de rever conceitos.
            O fato de se perguntarem a respeito das coisas, há homens que acham estranho, já outros, gostam de ser perguntados, pois geram oportunidades de descobrir novas sensações, novas idéias, novos conceitos, quebrando a barreira do frio interno que existem hoje cravada nas suas vértebras que fazem mover os sentimentos aqui refutados.
            Como é difícil falar desses sentimentos a respeito do que se sente, é triste olhar para trás e mais difícil é esquecer um nome que lhe marcou nesse passado, pois, algumas, tantas ou quantas vezes nós sentimos que o frio foi tão curto. Achamos que não fomos alvos da frieza e logo quando pensamos nisso, buscamos as forças interiores para esquecer algo que foi vivido de forma tão intensa.
            Mas sabemos que o prazer foi muito curto, os sentimentos algumas vezes se tornaram tão curto. E pensando a respeito de tudo, é tão estranho ficar a dúvida se houve a mesma frieza do contrário. Não é estranho sussurrar um sentimento, não é difícil exprimir as dores da alma, não é simples viver de forma tão intensa o frio.

Diga Sim, Cabedelo!

 
            Foi com essa frase que construímos uma militância no município onde vivi toda minha infância. Todos sabem que sou neto de Luiz da Caixa, homem de uma generosidade invejável. Toda minha família por parte de mãe reside na cidade, tem história, tem amigos e serviços prestados à cidade.
            Meu pai, o Cel. Lins quando comandante geral da briosa Polícia Militar do Estado da Paraíba construiu a 6º CIA, onde abriga até hoje o Batalhão do Choque. Minha mãe por trinta anos de sua vida se doou ao posto do antigo INPS local.
            Em 2004, filiado ao PSB em João Pessoa, estava cotado como pré-candidato a vereador ao lado do prefeito Ricardo Coutinho e de minha grande líder, combatente e guerreira Nadja Palitot. Mas não somos dono do nosso destino, dentro dos prazos legais fui convidado para sair candidato a vereador em Cabedelo, pelo então ex-prefeito Sebastião Plácido de Almeida, pois poderia ser o nome de consenso para família ter um candidato único a vereador, mais uma vez fui ao sacrifício de um sonho, disse NÃO a João Pessoa para dizer SIM a Cabedelo.
            Já não bastasse a decepção de 1992, quando o PDT não mandou minha filiação ao TRE-PB e não pude disputar uma vaga a Câmara Municipal de João Pessoa, mas a resposta foi dada, elegemos Marco Antonio Cartaxo Queiroga Lopes, considerado o azarão nas eleições de 1992.
            Não foi muito diferente quanto ao PSB de Cabedelo, que Nadja Palitot assegurou que apoiaria Sebastião e de última hora lançou uma candidatura própria sem expressão. E dentro do PSB Cabedelense defendi até o último momento o Padre Noberto, para ser o Vice na chapa encabeçada por Sebastião, seríamos vitoriosos, mas o PSB preferiu o caminho da derrota.
            Encerradas as eleições, Sebastião não eleito em 2004, devido ao rolo compressor financeiro do Grupo Cunha Lima em favor de Zé Régis, que tinha como Vice Cláudio Lucena. Enrolei a bandeira e pendurei as chuteiras.
            Em 2005 o sentimento pela vida pública me leva a conhecer o PHS e desde então fomos organizá-lo em Cabedelo. Fui surpreendido duas vezes repentinamente, ou seja, de uma simples férias em Rondônia, em especial a minha cidade acolhedora, NOVA MAMOR, me tornei mais um bandeirante de RONDÔNIA e aqui recebi a confiança de Paulo Roberto Matos e de todos os membros da Comissão Executiva Nacional do Partido Humanista da Solidariedade - PHS, para reorganizá-lo no Estado de acordo com seus Princípios, Programa e Estatuto.
            Fiquei nesta última quinta-feira (10/04/2008) lisonjeado pelo convite de Sebastião Plácido (PTB), em retornar ao posto de seu articulador político e trabalhar a indicação do Vice-Prefeito, num possível arco de aliança com sete partidos, mas fica o meu desejo que o povo de CABEDELO DIGA SIM, AO GRANDE HOMEM QUE É SEBASTIÃO, POIS FOI PREFEITO POR DUAS VEZES E FEZ MUITO PELA CIDADE E TRABALHOU DE VERDADE PELA CIDADANIA DOS CABEDELENSES!

            DESSA VEZ NÉGO A MINHA VOLTA A PARAÍBA!
            MAS DIGO SIM A RONDÔNIA!
            AQUI EU FICO PARA CONSTRUIR UM NOVO SONHO!

sábado, 2 de abril de 2011

O charme do Pontão, tudo num só lugar
            Era fim de tarde, antes da hora de deixar os amigos baianos Miguel Rehem e o Ex-vereador sotero-napolitano Valdenor Cardoso no Aeroporto JK. No hall do Hotel Nacional, o nosso anfitrião Luiz França nos convida a todos para conhecer o charme do Pontão do Lago Paranoá, lugar que deu o nome ao charmoso Lago Sul, região nobre de Brasília.
            Todo o caminho, o nosso amigo explica os detalhes do caminho, o Valdenor ficava encantado com Brasília, afinal, o mesmo afirmou que suas passagens por Brasília quando Presidente da Câmara de Vereadores em Salvador, não dava tempo para dar-se ao luxo de passear e descobrir os recantos de lazer da capital federal.
            Quanto a mim, narrei à última vez que estive no Pontão do Lago Sul, acompanhado do meu amigo e professor Willian e gostaria muito reviver nessa a tarde o belíssimo por do sol, ouvindo uma boa música popular brasileira e saboreando um delicioso e gelado chopinho que é servido no Bier Fass do Lago.
            Nesse mesmo dia que estive com Willian no Pontão do Lago Sul, tive a oportunidade de sentar na mesma mesa com um conterrâneo que me viu crescer. Homem inteligente, que naquele momento estava presidindo o Tribunal de Justiça da Paraíba, nossa, a sua simplicidade era a mesma de sempre de quando éramos vizinhos, fiquei impressionado com Dr. Júlio Paulo Neto ao receber-me em sua mesa e passarmos um bom pedaço de tarde fazendo recordando lembranças do cotidiano da terrinha onde o sol nasce primeiro.
            Meus pensamentos foram logo interrompidos com a nossa chegada. Perguntei ao França sobre a distância para o Aeroporto JK, afinal, nossos companheiros não poderiam perder o vôo de volta a capital baiana. Foi quando o França nos informou que estávamos no resultado do Projeto Orla, uma obra planejada e executada no governo de Joaquim Roriz, visando revitalizar o Pontão do Lago Paranoá e o resultado desse projeto para Brasília, foi criar o maior centro de entretenimento e lazer da cidade. Nosso amigo França apaixonado por Brasília, ao narrar os caminhos de Brasília, seus olhos brilhavam, nos tranqüilizou a todos informando que o Aeroporto JK fica apenas a dez quilômetros do ponto em que estávamos, quatro quilômetros da Esplanada dos Ministérios e sete do Memorial JK.
            Conversa vai, conversa vêm, o França narrou-me sua passagem por Porto Velho como repórter do Jornal Estadão, em meados da década de 1980 e sua passagem na Câmara de Deputados como assessor do deputado federal Mauricio Calixto. Logo conversas foram surgindo contemplando a beleza natural do Pontão, das lanchas mais parecidas com iates, as manobras radicais de Jet Ski, a segunda ponte e o contraste do outro lado do Lago devido à paisagem concretada. Logo perguntei sobre um prédio bonito a nossa frente, de imediato descobri que se tratava de uma obra que teria custado R$ 470 Milhões aos cofres públicos e abrigava o TST.
            Minha mente começou a dividir o montante desse valor, convertendo em construção de casas populares, pavimentação e esgotamento sanitário em bairros pobres, quantas escolas poderiam ser construídas para abrigar as nossas crianças que precisam estar nas escolas etc. Assim, concluo que realmente, tudo está num só lugar!
Na poltrona ao lado
            Tenho que concordar com o mais novo colunista da Revista TAM nas nuvens, o Bruno Pesca, que tem a Economia como profissão, o surf como esporte favorito e gostar de se aventurar percorrendo países em guerra. Lendo seu primeiro artigo na citada revista, o mesmo afirma que viajar de avião pode ser um ato recorrente em sua semana, ou pode ser um grande evento em sua vida. Além que os pensamentos que surgem vendo o mundo do alto podem mudar sua trajetória.
            Toda vez que sento a poltrona do avião e afivelo o sinto, já comprimento quem esta ao lado e desejo uma boa viagem, é apenas o começo de longas conversas no trajeto que o avião irá realizar. Desses instantes de idas e vindas, percorrendo trechos de vôo a vários destinos do nosso país, seja missão particular ou em atividade política, conquistei alguns amigos ou mesmos conhecidos. Desses amigos ou conhecidos sempre surgem histórias fantásticas de ambos os lados e logo em seguida surge à troca de e-mail e o convite nas redes sociais para firmar um novo convívio de amizade.
            Já conheci diversas pessoas, das mais diversas áreas, mas uma me chamou atenção nessa minha vinda a capital federal para participar de mais uma convenção partidária, mesmo sendo em um dia de sábado e num vôo bate e volta, por conta de compromissos assumidos para o domingo, afinal, poderia visitar vários amigos que existe em Brasília, mas o tempo tem pressa em Rondônia.  No 3595 da empresa aérea TAM, conheci o jovem de 19 anos, que já possui o Ensino Médio e com apenas 19 anos já tem a profissão de soldador.
            Perguntei onde ele trabalhava, o mesmo me respondeu que trabalhava na construção da Usina de Santo Antonio e que teria sido recrutado pela Odebrecht, estava indo visitar a família em Ipatinga, que fica a uma distância de aproximadamente 210 km de Belo Horizonte e seu relevo compreende a mesorregião do Vale do Rio Doce e tem aproximadamente mais de 200 mil habitantes.
            O jovem Wender brilhou os seus olhos quando perguntei sobre sua cidade, este logo tratou de construir um cenário descritivo de como seria Ipatinga, desde os encantos de suas cachoeiras, do Lago da Usipa, da região rica em aço e ferro, por isso a cidade é a sede da Usiminas, além de possuir várias outras indústrias ao seu redor por esta situada na Região Metropolitana do Vale do Aço e por ela passar a Estrada de Ferro Vitória a Minas.
            Fiquei perguntando sobre Ipatinga, Wender ainda foi mais longe ao afirmar que sua cidade tem um grande potencial turístico cultural, histórico e natural. Afinal, é por lá os melhores acessos para a Serra dos Cocais, localizada na cidade vizinha de Coronel Fabriciano e para o Parque Estadual do Rio Doce, situada entre os municípios de Timóteo, Marliéria e Dionísio.
            No embalo da conversa, o mesmo perguntou-me onde teria arrumado tanta paciência para ler um livro tão grosso e foi nesse instante que ensinei a ele a técnica ensinada pelo meu pai, que por coincidência era Economista como o Bruno Pesca que o citei no inicio. Expliquei a ele que devemos reservar uma página para o primeiro dia de leitura. Já no segundo dia de leitura, devemos ler apenas duas páginas, no terceiro dia, três páginas e assim sucessivamente até chegarmos de oitenta a cento e vinte páginas por dia. Pronto, essa seria a fórmula para uma boa leitura e vencer um livro tão grosso que estava em minhas mãos segundo o jovem soldador Wender da cidade mineira de Ipatinga. O comandante da aeronave interrompe a nossa conversa avisando que iria preparar-se para pouso e logo sem seguida, cheguei ao meu destino, Brasília, cidade lúdica atualmente para os nossos congressistas e os que fazem uso da toga.

Brasília, 02/04/2011.