quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Reflexão de final de ano

 Os festejos de final de ano nos deixam mais reflexivos que o normal, os pensamentos se elevam e ajudam a construir propósitos para uma vida melhor com alicerces sólidos capazes de suportar qualquer adversidade. Na busca da construção dos propósitos de vida, exige de cada um de nós o crescimento individual para lidar com realidades e verdades, mesmo que elas não sejam muito agradáveis.

É preciso lembrar que temos o livre arbítrio para fazer escolhas e decidir, e engana-se quem pensa que escolhas e decisões são sinônimos de estar sempre certo. Acertar ou errar, faz parte do processo do crescimento pessoal, da construção do conhecimento e do desenvolvimento da inteligência emocional.

O livre arbítrio deve considerar o “sim, como sim” e o “não, como não”, ou seja, sermos firmes em nossas palavras. Entenda que não se trata de ser inflexível, mas de ser firme consigo mesmo e de realmente se comprometer com o que foi dito, portanto, se disser que vai fazer algo, faça! Nada de mentiras, nada de enganação.

Enquanto você seguir respirando jamais deixe de acreditar na possibilidade de conquistar os propósitos de vida estabelecidos. Mesmo que o livre arbítrio imponha as mais duras derrotas, são o desfecho da história de quem quer que seja. Erga a cabeça, infle o peito, potencialize sua alegria de viver e siga decidido rumo aos seus sonhos com ousadia e alegria.

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

O desgaste da classe política

O primeiro passo para quem envereda pela política é ampliar os horizontes de conhecimento da epistemologia da palavra política, estudar o cenário político, identificar os personagens políticos e o jogo de poder no território político. Mas não pense que apenas a situação se prepara para o embate político, os adversários também se preparam para o enfrentamento no território político.

A imagem do político e da classe política se desgastam devido uma série de causas, a principal delas sãos os escândalos de corrupção, desvio, apropriação e roubo de recursos públicos, operações policiais e prisões de agentes públicos, empresários e mandatários. Por conseguinte, mediante a inércia de gestões que demoram a responder os anseios e problemas enfrentados pela população. Exemplo simples, como a falta de um médico no posto de saúde, a coleta de lixo que não passa, a reposição de uma tampa de galeria pluvial e muitos outros que deixariam o texto muito longo. 

Em geral, a população e o eleitor que considera as notícias negativas que aparecem no noticiário e na mídia, causa ao político e a classe um desgaste natural. Entretanto, aquele político de maior desempenho no exercício do poder, ou seja, que possui uma enorme capacidade de trabalho e de entrega, além de princípios éticos e transparência na condução da sua vida pública, não sofre desgaste e nem revés político, pelo contrário, esses são reconhecidos e reconduzidos ao cargo eletivo pelo eleitor quando busca renovar seus mandatos.

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Evangélicos e forças reacionárias unidos pelas pautas de costumes

A aproximação dos evangélicos com as forças reacionárias no Brasil não é um fenômeno recente, mas desde a década de 1950 com a chegada dos movimentos missionários evangelistas nas periferias das grandes cidades e nas áreas rurais do país. Esse movimento de cruzadas evangelistas resultou na formação de comunidades evangélicas com aculturação dos valores e ideais ultraconservadores norte-americanos.

O movimento missionário evangelista forjou uma visão religiosa de mundo carregada de dogmas e posições políticas de cunhos proféticos, ou seja, a ideia de um “fim dos tempos apocalíptica” como se fosse uma guerra espiritual do bem contra o mal. O bem seria representado pelas forças reacionárias com pautas de costumes e não de ideias, já o mal seria as forças progressistas que representa a “Grande Perseguição” que a Igreja de Cristo sofrerá antes da “batalha final”.

A pauta política de costumes das forças reacionárias sempre esteve associada a possível ameaça comunista, defesa da família, contra a ideologia de gênero, ampliação dos direitos civis a casais homossexuais, a descriminalização das drogas e do aborto, o “marxismo cultural”, a militarização da sociedade, dentre outros. As pautas políticas reacionárias são combatidas por uma linguagem do discurso moralista e puritano.

Esse discurso é rotineiramente compartilhado nas mídias e redes sociais por perfis de influenciadores cristãos, conservadores, reacionários, extremistas ou por meio de perfis falsos. Tais pautas política de costumes também domina o cenário dos eventos promovidos por igrejas e movimentos evangélicos neopentecostais, com conteúdo essencialmente antiesquerdista e antiprogressista. Diante do exposto, surge a seguinte pergunta: como dialogar com esse público alvo tão fortemente engajado em pautas antiesquerdistas? Até a próxima reflexão.


terça-feira, 12 de julho de 2022

Quem poderá vencer as eleições para o Senado Federal em Rondônia?

Nas próximas eleições de outubro, servirá para renovar um terço do Senado — 27 senadores ou senadoras ao todo, um por unidade da Federação. O primeiro turno (único turno, no caso da eleição para o Senado) ocorrerá em 2 de outubro. Por Rondônia, a disputa pelo senado conta com dez pré-candidaturas para substituir o senador Acir Gurgacz (PDT) no Senado Federal, portanto, será uma das eleições mais disputadas ao Senado se comparadas a pleitos eleitorais anteriores.

 No campo das forças reacionárias, conservadora e de direita em Rondônia, quatro candidatos disputam o mesmo eleitorado do presidente Jair Bolsonaro (PL). A deputada federal Jaqueline Cassol (PP) representa os interesses dos clãs familiares mais tradicionais na política rondoniense; a deputada federal Mariana Carvalho (Republicanos) representa os próprios interesses das empresas da família Carvalho, em especial, faculdades; já os candidatos Jayme Bagatolli (PL) e Dr. Léo Fachin (Avante), representam o campo das forças reacionárias de Rondônia. Com essa fragmentação do território político, repito: a competição eleitoral será acirradíssima.

Os veteranos Expedito Júnior (PSD) e Amir Lando (MDB), que já foram senadores e bastante conhecidos pelos eleitores rondonienses, representam o campo democrático e projetam seus nomes para se lançar na disputa. No caso de Expedito, ele pode optar em ser o segundo voto no palanque do pré-candidato bolsonarista ao Governo de Rondônia, Senador Marcos Rogério (PL); Se lançar avulso na disputa, ou seja, sem figurar em nenhum palanque majoritário ou disputar ao lado de Vinicius Miguel (PSB). Já o ex-senador Amir Lando, seu destino político está nas mãos dos caciques do MDB rondoniense.

A Frente Democrática (PT, PV, PCdoB), PSB e SDD, conta com dois pré-candidatos ao senado, ex-governador Daniel Pereira (SDD) e Dr. Mauro Nazif (PSB), porém, seria muito mais sensato se ambos abrirem mão da postulação e atrair para o arco de alianças o ex-senador Expedito Júnior (PSD), o que ampliaria o leque de apoio à candidatura do ex-presidente Lula em Rondônia.

Por fim, existem pré-candidaturas nanicas ao Senado Federal como a do Pastor Josinélio Muniz (PMB) e da Dra. Rosangela Lazaro (AGIR), ambas candidaturas disputam os eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e não possuem densidade eleitoral. No campo da Esquerda, podem surgir pré-candidaturas ao Senado pelo PSOL e PSTU, porém, sem capilaridade eleitoral. É aguardar para assistir os desenrolar das políticas de alianças das forças políticas nas convenções eleitorais dos partidos para escolha de candidatos.

terça-feira, 5 de abril de 2022

O que prevalece na política em Rondônia com a janela partidária?

O fechamento da janela partidária para mandatários trocarem de partido e o processo de filiações daqueles que almejam o primeiro mandato. Deixou a máscara de muita gente cair no “baile da hipocrisia” ao renegar a ideologia que sempre carregou dentro de si mesmo. Neste caso, revela que os representantes políticos preferem permanecer no poder do que manter sua coerência política.

A janela partidária deixou cair a máscara das deputadas federais Mariana Carvalho (PSDB) e Silvia Cristina (PDT), ambas tiveram sua carreira política iniciada em partidos de Esquerda. No caso da deputada federal Mariana Carvalho que se criou politicamente pela sigla da Social-Democracia (ideologia de Esquerda), era considerada como a queridinha dos Tucanos, ganhou um não do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, pela vaga ao Senado, legenda que o presidente Jair Bolsonaro vai tentar a reeleição. Desesperada e perdida como Alice no País das Maravilhas terminou abraçada com o partido de Direita Republicanos, pertencente a Igreja Universal de Edir Macedo.

A deputada federal Silvia Cristina que é cria do Senador Acir Gurgacz - estrela maior do PDT e do brizolismo em Rondônia (Trabalhismo – ideologia de Esquerda), teve uma atuação brilhante no início de seu mandato em defesa da luta contra o câncer, das questões de gênero em defesa dos grupos minoritário como LGBT. Porém, quem estuda Simbolismo de Dan Sperber percebeu que a deputada Silvia votando com as pautas neoliberais do Governo Bolsonaro, em especial, a Reforma Trabalhista e da Previdência, sabia que ela deixaria a legenda trabalhista para uma legenda que abriga forças reacionárias, ou seja, pulou da esquerda para o PL de Valdemar da Costa Neto e do presidente Jair Bolsonaro. Mas resta saber se perdeu a identidade ideológica ou seu movimento foi por conveniência eleitoral.

Entre os mandatários estaduais teve quem fez o movimento inverso, a deputada Rosângela Donadon que era do PDT, deixou a sigla brizolista de esquerda e migrou para o partido União Brasil (UB), sigla partidária com cunho ideológico de direita. Já o deputado Jhony Paixão que era do Republicanos – partido de Direita e pertencente a Igreja Universal de Edir Macedo, deixou a Direita e migrou para o PSDB, partido da Social-Democracia Brasileira, portanto, uma sigla de Esquerda.

Os pré-candidatos que desejam conquistar um mandato também fizeram movimentos inversos, por exemplo, o ativista político Moises Cruz que era do Cidadania – ex-Partido Popular Socialista (PPS) - sigla de Esquerda, presidido por Roberto Freire, migrou para um partido de Direita, ou seja, Republicanos pertencente a Igreja Universal de Edir Macedo. Já o médico Silmar Régis que disputou uma vaga de deputado federal em 2018 pelo partido PSL que elegeu o presidente Jair Bolsonaro, fez movimento inverso, migrou da Direita para a Esquerda no momento que se filiou no MDB de Ulysses Guimarães, Renan Calheiros e de Confúcio Moura. Diante deste cenário político indago: o que prevalece na política em Rondônia com a janela partidária?