segunda-feira, 25 de junho de 2012

Abraçar um novo começo


        Hoje eu acordei diferente, pois ontem peguei vários fios do seu cabelo que me levou a pensar, a contar os dias de cada amanhecer, aceitando apenas na minha memória as lembranças de um amor que jamais tinha provado, foram tantos momentos bons que vivemos intensamente, tenho que admitir, estava sendo tão bom enquanto durou.
         Queria entender o caminho que nos levou ao erro, ao abismo que caímos sem asas. Caminhos de incertezas surgiram, palavras erradas, pré-julgamentos, discordâncias, opiniões, de um ingresso para um mundo de ilusões e de repente, tulipas que viraram rosas.
         Desejo que esse novo caminho, não a leve para um mundo frio, sombrio e de incertezas! Pois o mundo desenhando por mim, era um rodeado de cumplicidade, ardente e de amor do meu jeito, será que fui egoísta? Mas digo, que ninguém te leve a um mundo de dissabores e, se por um instante alguém te fazer sofrer, lembre que poderá se levantar e dizer que é digna de um mundo melhor.
         Tenho que admitir, fui incapaz de abrir mão do meu mundo, o mundo da política, de viver cercado de pessoas que aprendi amar e querer dividi-los uns com os outros. Não sei se errei ou acertei a dizer não a um sentimento puro e verdadeiro, mas tenho que lembrar que te convidei para entrar no meu mundo, mas infelizmente, usou a chave errada para abrir a porta que poderia nos levar ao caminho da felicidade. Lamento por nós dois: eu porque perdi você e você por ter perdido alguém que procurou te respeitar sempre e te fazer feliz o tempo todo.
         Será difícil tentar te apagar da minha memória, de buscar nesse instante um novo caminho, pois meu coração ficou marcado com seu amor, com suas lembranças que me leva a todo instante a pensar no seu abraço carinhoso, dos seus beijos mágicos, de suas mãos encantadoras, do seu jeito meigo e mais do que nunca, um amor que jamais tinha conhecido, sendo assim, só tenho algo a te pedir: perdão e abraçar um novo caminho!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A Porto Velho Real ou Ideal?

           
           Lendo e relendo as fontes bibliográficas da nossa história regional, a capital Porto Velho se destaca como uma cidade que vivenciou intensamente os vários ciclos econômicos vividos por Rondônia e, na atualidade, a nossa capital figura como personagem principal de um novo ciclo econômico desencadeado com a construção das Usinas do Rio Madeira.
            As grandes cidades sempre foram modelo ideal de atração para as populações rurais e de outros centros, estas migram motivadas pela esperança e pelo sonho de deparar-se com um cenário que possibilite suprir as necessidades sociais e econômicas que almejam. Sendo assim, surge a periferia em volta da cidade, bolsões de miséria a partir da grande concentração populacional, formando uma franja urbana carente de infraestrutura básica urbana que venha garantira sensação de bem estar social aos seus moradores.
            O processo de urbanização de Porto Velho foi mais intenso a partir da última década, pois foi a capital que mais recebeu recursos do Programa de Aceleração do Crescimento idealizado pelo Governo Federal, bem como das compensações sociais das Usinas do Madeira. Portanto, visualizando os oito anos passados, temos uma cidade real bem distante da cidade ideal. Pois, percebemos que a nossa capital Porto Velho não teve seus espaços urbanos modificados substancialmente visando melhorar a vida de quem mais precisa.
            O dinheiro veio para se fazer o muito, mais esse muito pouco foi feito. Na verdade, falta esclarecimento a população onde foram investidos tantos recursos captados. Pois se percebe através da leitura dos relatórios das obras possivelmente realizadas e dos indicadores socioeconômicos, que a nossa cidade carece de planejamento e seriedade na execução de políticas públicas com que venha resolver a melhoria nas condições de moradia, educação, saúde, transporte, saneamento, coleta de lixo, espaços de lazer e criação de emprego e renda.
            Dessa forma, a cidade sem planejamento e políticas públicas sérias aplicadas, caminha para o descompasso do crescimento desordenado, comprometendo o processo de ocupação do espaço geográfico originalmente natural. Esse descompasso na verdade, compromete o modelo de cidade ideal, ou seja, vislumbrado a partir da melhoria da qualidade de vida da população do espaço habitado e de um desenvolvimento urbano alicerçado na sustentabilidade ambiental.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Os impactos socioeconômicos e ambientais negativos das Usinas do Madeira



              A rotina de Porto Velho e o cotidiano das pessoas mudaram radicalmente com a construção das Usinas do Madeira. Tanto o urbano como o rural, sofreram mudanças significativas e tiveram enormes impactos socioeconômicos e ambientais negativos.
         Desde os estudos de impacto ambiental, bem como dos projetos básicos ambientais e do licenciamento ambiental para implantação das usinas do Rio Madeira gerou-se muita polêmica. Pois para o Brasil, a utilização dos recursos hídricos para geração de eletricidade é uma prioridade principalmente devido a sua bacia hidrográfica ser privilegiada com rios caudalosos, escoando suas águas sobre planaltos e depressões, resultando em um grande potencial hidráulico a partir de determinado trecho do rio, pode-se construir barragens e consequentemente a formação do reservatório.
         A pesar das “vantagens comparativas ambientais” apontadas como alternativa de energia renovável e sustentável defendida diante dos grandes projetos hidrelétricos brasileiros, o país ainda possui uma legislação de uso do potencial hidráulico ultrapassada, a exemplo do Código das Águas que desde 1934 se encontra em vigor e da Lei n.9.433, de 08 de janeiro de 1997, que define a Política Nacional de Recursos Hídricos e os instrumentos do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, apresentando a água apenas como uma fonte energética “limpa, renovável e barata”.
         Desde o início do processo de industrialização do Brasil, o governo federal realizou investimentos pesados na exploração do potencial hidráulico a partir da apropriação da água dos nossos rios, estes desempenharam e desempenha um papel importante como fonte de energia para auxiliar o desenvolvimento econômico, social e ambiental sustentável para o nosso país. Sendo assim, o complexo hidrelétrico e hidroviário do Rio Madeira, o principal afluente do Rio Amazonas, é considerando entre um dos maiores projetos de infraestrutura planejada na América Latina, apesar das dúvidas que geraram e ainda gera no tocante a viabilidade econômica e ambiental dos impactos produzidos.
         Ambos os consórcios afirmam e reafirma que muito fizeram por Porto Velho, bem como nas éreas de entorno da construção das usinas. Somas aviltantes foram gastas com compensações social e ambiental, mas os efeitos produzidos por esses volumes de recursos ainda não foram sentidos pela população. Na verdade, os impactos socioeconômicos e ambientais negativos produzidos pela construção das usinas do Madeira, começam a serem sentidos agora, ou seja, o aumento do desemprego devido à despensa da mão de obra e consequentemente, o aumento nos indicies de criminalidade. Os problemas com o sistema de saúde frágil só aumentaram, o déficit de salas de aulas nas escolas e o trânsito cada vez mais caótico. Além é claro, do cenário desastroso criado a partir da abertura das primeiras comportas do Consórcio MESA – Santo Antônio que provocou um forte banzeiro, devastando a margem direita do rio, destruindo o patrimônio histórico a exemplo do Marco Rondon e fazendo desaparecer o Bairro Triângulo, modificando o habitat natural dos ribeirinhos. Lembrando, que os riscos de inundações abaixo do reservatório em decorrência das operações das comportas ainda não cessaram, continuar a por em risco a segurança da população.
         Muito foi dito e pouco foi feito até agora para se mudar a realidade produzida pelo avanço do banzeiro. As populações atingidas, ou seja, os ribeirinhos, tanto da área urbana e dos que vivem na área do entorno das usinas, ainda não levaram em conta a perda irreversível das condições de produção e reprodução social pelo impacto produzido com a construção das usinas, que hora representou o fim da memória de todo um projeto de vida a partir da expulsão do seu habitat, violentando as suas bases culturais e materiais de vida anteriormente existente. As indenizações irrisórias para o reassentamento e as compensações sociais e ambientais pouco proporcionou o bem estar social dessa população atingida e o mais recente estrago produzido, foram às perdas com a biodiversidade local a partir das inundações produzidas que ocasionou a morte de centenas de animais silvestres, fatos esses justificados pelo interesse público e do progresso.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Eu, simplesmente... único!


     Desde adolescente me destaquei por possuir uma personalidade forte, sempre expressando com verdade o que sinto e o que penso por frases ajeitadas ou desajeitadas, mas sempre sinceras! Desde cedo, meu coração fala mais alto, me mandando praticar a solidariedade, amar e ser generoso com o próximo. Sendo assim, com o passar do tempo, a razão vem me explicando às bases do meu comportamento como pessoa humana.
         Portanto, me considero uma pessoa com muita sorte por ser fiel ao que sinto e ao que defendo como ideias, causas e princípios da vida. Sinto-me muito feliz sendo assim, e não acredito que alguém venha sugerir que usei ou tenha usado pessoas para atingir aos meus objetivos, pelo contrário, sempre me usaram, me exploraram e, ainda vomitaram no prato que comeram, ou seja, como já dizia o poeta Augusto dos Anjos: “O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja”.
         Seria muito chato e sem graça da nossa parte, por alguma vez não se contradizer, desejar o mal, ser humano, “ser normal ou quase normal” como já dizia Fernando Mello em seus versus. Não me interessa quem não gosta de mim como um todo. Mais pra mim, já é suficiente quando gostam “por” ou “em” partes. Tenho defeitos por ser imperfeito, por ser um eterno aprendiz! Sou imprevisível às vezes por conta da minha impulsividade ser maior que a minha razão. Talvez louco ou quem saiba, muito louco, por tentar viver junto ou igual aos normais! Mais uma qualidade posso dizer que tenho: Coragem de lutar para vencer!
         Reconheço o fácil não é de bom grado, a contento me sinto feliz por não ter medo de reconhecer uma derrota, de arrepender-me pela palavra dita ou não dita, de expressar meus defeitos ou qualidades, mais muito me orgulho antes de tudo: Ser Gente Humana! Aquela gente que no mundo pós-moderno anda meia esquecida! Quero dizer ainda, que continuo aqui, firme, pronto pra combater o bom combate e, sem medo das lutas incansáveis. Por isso, digo a qualquer ou a quem quer que seja, pelo meio do mundo que ando e que vivo, é preciso sim, Ser Feliz!