sábado, 31 de março de 2012

É preciso fortalecer a nossa literatura regional


    Tenho sempre dedicado parte do meu tempo à leitura, principalmente aos nossos autores regionais. São contos, poesias, crônicas, narrativas, versos, cordel, romances, área motivacional, religiosidade popular, educação, documentário, revista em forma de livro, didáticos e de cunho cientifico.
    Identificamos que as publicações de livros com temas regionais em sua grande maioria são financiadas pelos próprios autores. Geralmente com tiragem de quinhentos a mil exemplares e, quando chega a duas mil tiragens na primeira edição, pode ser considerado um “Best seller” local. Com tudo isso, ainda existe aqueles talentos que muitas vezes são desperdiçados por falta de direcionamento e apoio, ou seja, por falta de uma verdadeira política pública das nossas autoridades competentes em favor do livro e do incentivo a leitura.
       Tanto o governo do Estado, as prefeituras municipais e a iniciativa privada presente na nossa economia regional, deveriam desencadear uma série de ações que visem o incentivo a publicação e a leitura dos nossos autores regionais. Tal objetivo levaria ao estimulo, o habito e o gosto pela leitura.
    A criação de bibliotecas, espaços literários comunitários, gibitecas, telecentros, exposições, eventos literários, distribuição de livros nas escolas e associações comunitárias, bem como, leis estaduais e municipais que incentive a publicação de títulos dos nossos autores regionais com a perspectiva de fortalecer a nossa cultura regional rondoniense e, estimular a formação de novos leitores e quem sabe até mesmo, revelar novos talentos.
     Nesse momento sublime que defendo a valorização dos nossos autores regionais, logo me vem à memória os seguintes renomados nomes que engrandecem a nossa cultura regional, são eles: Marco Antônio Domingues Teixeira Guerra, Dante Ribeiro da Fonseca, José Januário, Maria das Graças S. N. Silva, Amaral, Yêdda Pinheiro Borzacov, Neuza Tezzari, Dorosnil Alves, Alberto Lins Caldas, Francisco Matias, Confúcio Moura, Ovídio Amélio de Oliveira, Carlos Alberto Paragassu, José Lopes Oliveira, Carlos Alberto Paragassu, Flávio Rodrigues de Lima, Odenildo Gomes Veloso, Emmanoel Gomes, Nilza Menezes, Fabíola Holanda, Carolina Dória, Abnael Machado de Lima, Walmir Ferro de Souza, Lioberto Ubirajara Caetano de Souza e tantos outros que ainda não tive a oportunidade de lê-los.
     Rapidamente realizamos uma pequena pesquisa e concluímos que em muitos outros estados e cidades com mais de duzentos mil habitantes estão à frente da nossa Rondônia quando o assunto é incentivo à cultura regional. Até mesmo os nossos vizinhos Acre e Mato Grosso estão bastante a nossa frente quando o quesito é incentivo à leitura.
    Precisamos de políticas públicas sérias por parte do governo do Estado de Rondônia em favor da publicação, divulgação e distribuição de títulos produzidos por nossos autores regionais. É preciso dar um grande salto em favor na nossa cultural regional, pois estamos crescendo, crescendo muito no cenário econômico regional e, estamos sujeito a perder as nossas identidades culturais a partir das nossas raízes de quem aqui primeiro chegou, contribuiu com os capítulos da nossa história e que foram registrados pelos nossos autores regionais.
     Portanto, vamos dar um viva a nossa cultura regional!

O inventor da maior coleção de títulos do país


MOSSORÓ – O que você diria de um homem que toma dinheiro emprestado de agiotas para editar livros que não vende, mas doa? Isso no Brasil, um país onde se vende por ano menos de um livro por habitante e que registra um índice de analfabetismo funcional – pessoas incapazes de utilizar a leitura e a escrita para resolver situações do próprio cotidiano – de 30,5%.

Jerônimo Vingt-Un Rosado Maia montou assim, com empréstimos de agiotas, colaborações de amigos e vez por outra doações oficiais, a Coleção Mossoroense, a maior do Brasil, com 3 mil títulos.

'É um negócio de doido que começou em 1949', conta Rosado, hoje com 79 anos, morador ilustre de Mossoró, no Rio Grande do Norte. 'Um homem de juízo não faria isso', brinca.

Dentre os 3 mil títulos da coleção, mais de mil são livros – e mais de 700 dedicados à seca. A Coleção Mossoroense é responsável pela maior bibliografia do País sobre a grande praga do Nordeste. 'É a linha mais importante', explica o criador da coleção.

'É uma verdadeira biblioteca sobre a seca', atesta o geógrafo Aziz Nacib Ab'Saber, professor da Universidade de São Paulo e amigo de Rosado. 'É quase impossível encontrar textos antigos, como sobre a seca no fim do século 19, mas a coleção do Vingt-Un tem.'

Um dos destaques é O Livro das Secas, que reúne estudos antigos e os mais recentes sobre o tema, explica Ab'Saber.

Dinheirinho emprestado

Muitos dos autores que publicou, Rosado conheceu pessoalmente. Ele promoveu a estréia no prelo de mais de 260 escritores. Rosado conta que até professores universitários de São Paulo, que precisam publicar obras para manter o índice de produtividade, apelam para ele. Mas dinheiro, que seria bom, chega pouco.

'Não recebo ajuda da Secretaria da Cultura ou do Ministério', afirma. 'Dinheiro para a cultura neste País é uma desgraça.'

Para financiar suas edições – em média de 300 exemplares por títulos –, Rosado começa passando o chapéu entre os amigos. 'Eles doam R$ 10, R$ 20 cada', diz. 'São pessoas que respeitam a importância da coleção.' Quando a verba é insuficiente, ele apela para o inimigo número 1 do brasileiro endividado. 'Tomo um dinheirinho emprestado de agiotas e dou um jeito.'

Recentemente a Sudene doou R$ 18 mil para a Coleção Mossoroense. Com a verba, Rosado diz que pretende reeditar Sesmarias do Rio Grande do Norte.

Os livros não dão retorno comercial, já que são doados. 'Eles são distribuídos para estudiosos', diz Rosado. Só uma vez por ano, em 25 de setembro, data de seu aniversário, que foi transformada em Mossoró na Noite da Cultura, os exemplares são postos à venda, na loja maçônica Jerônimo Rosado, batizada em homenagem a seu pai.

Vinte e um

Vingt-Un Rosado é o filho mais novo de Jerônimo, um farmacêutico que a partir da sexta criança parece que ficou com preguiça de batizar a numerosa prole e passou a enumerar os descendentes, primeiro em português, depois em francês.

'Quando seu Rosado começou a fazer gente tascou esses nomes', conta o caçula, 21 em francês.

Com os mais jovens, o pai nem variava mais o primeiro nome. A partir do 15.º, todos os homens foram chamados de Jerônimo seguido do número correspondente, até Vingt-Un. Cinco mulheres, antes de seu ordinal, receberam o nome damãe, Isaura. Um dos homens, o nono, também foi chamado Isauro. A família teve ainda um Tércio, uma Maria, uma Vicência, Laurentinos – três ao todo, só um deles numerado – e uma Laurentina.

O nome nunca incomodou os Rosados. 'Na escola, a brincadeira era só na primeira semana', conta Vingt-Un. 'Depois os colegas se acostumavam.'

Graças a Jerônimo e ao sucesso político de sua prole o Rio Grande do Norte tem um município hoje com o curioso nome de Dix-Sept Rosado, batizado em homenagem ao 17, que foi prefeito de Mossoró em 1948 e governador do Estado em1950.

Os nomes ordinais foram passados às novas gerações e já circulam por Mossoró Dix-Sept, Vingt e Vingt-Un Neto.

Uma biblioteca

Vingt-Un Rosado conta que se apaixonou por livros depois de ouvir uma palestra em Mossoró de Luis da Câmara Cascudo. 'Ele envenenou todo mundo', lembra. 'Saímos todos apaixonados pela cultura.'

Aos 20 anos, Rosado escreveu sua primeiro obra, Mossoró, contando a história do município. A edição foi paga pela mãe. Apesar da paixão pelas letras, o caçula dos Rosados resolveu estudar agronomia. Formou-se em Lavras, onde conheceu a mulher, a socióloga América, de 78 anos.

De volta a Mossoró, ele deu uma importante contribuição à cidade. Convenceu o irmão Dix-Sept, candidato a prefeito, a incluir em seu programa a construção de uma biblioteca.

'Com cinco dias de empossado fez', lembra Rosado. 'Um homem que tinha só o primeiro grau.' Segundo o irmão caçula, o prefeito passava todos os dias por lá. A obra foi batizada em homenagem a um sargento da Aeronáutica, Nei Pontes Duarte, que não morava em Mossoró, mas todo mês, assim que recebia a aposentadoria, comprava um livro e mandava para a biblioteca. 'Ele doou mais de 4 mil', diz o editor.

Seguindo a tradição da família, que já se havia empenhado pela instalação de escolas no município, o Rosado mais novo fundou a Escola Superior de Agronomia de Mossoró, em 1967. Também candidatou-se a prefeito, um ano depois, mas não se elegeu. Foi derrotado por 94 votos.

'Não sei se a cidade perdeu, mas eu lucrei', brinca. 'Prometi na campanha fazer mil obras, eu ia me lascar.' A derrota foi para o currículo: candidato derrotado à Prefeitura.

Dois anos depois o editor candidatou-se a vereador. Foi o mais votado da história de Mossoró. 'Acho que a cidade quis fazer reparação', diz. Exerceu seu mandato de 1973 a 1977.

Nessa época a Coleção Mossoroense entrava em sua segunda fase. Quando começou, em 1949, era patrocinada pela Prefeitura. Em 1974 passou a ser vinculada à escola de agronomia, até 1994, quando passou para a Fundação Vingt-Un, dirigida por um dos cinco filhos dele.

Autores regionais

Nos últimos cinco anos, a Coleção Mossoroense tem editado em média 205 títulos por ano. Quando a obra é importante a tiragem é maior. 'Algumas chegam a ter 3 mil exemplares', explica Rosado. A coleção alcançou a marca dos 3 mil títulos com Viagem às Raízes, obra de Almino Affonso.

Além da reedição de obras importantes, como os estudos de botânica de Philipp Von Luetzelburg, Rosado orgulha-se de ter dado oportunidade a autores regionais que dificilmente teriam conseguido publicar um livro nas grandes editoras brasileiras.

'Ele é criticado porque não seleciona o que é publicado', diz Cid Augusto da Escóssia Rosado, de 28 anos, parente de Vingt-Un Rosado e considerado por ele como um dos expoentes da nova geração de escritores de Mossoró. Cid Augusto considera a crítica injusta. 'No Brasil não há espaço para novos talentos', diz. 'Bom ou ruim é relativo, em arte você pode dizer que gosta ou não.'

Como exemplo da contribuição de Rosado, Cid Augusto cita a edição das obras de Raimundo Nonato da Silva, um nome que o editor da Coleção Mossoroense cita com a mesma emoção e admiração que o jovem escritor da família. Silva chegou a Mossoró como retirante em 1919. Analfabeto, começou como engraxate. Terminou a vida como juiz. Escreveu 30 títulos na série Minhas Memórias do Oeste Potiguar. Entre os favoritos de Rosado está Memórias de um Retirante, em que Silva conta sua história. 'Foi o maior memorialista de Mossoró', diz Rosado.

Pé de boi

O inventor da Coleção Mossoroense mora em uma casa ampla, próxima à escola de agronomia. Ali está instalada sua biblioteca. Com problemas auditivos, não fala ao telefone, mas pessoalmente se comunica sem problemas. 'É uma pessoa de cultura múltipa', resume o professor Ab'Saber.

Em setembro de 1999, quando completou 79 anos, ganhou toda a edição de um jornal em sua homenagem. Empresas instaladas no município, como a Petrobrás e a concessionária da Volkswagen, e as prefeituras da região fizeram anúncios publicitários especiais para a publicação. Sua foto não está em todos porque alguns políticos resolveram aproveitar a ocasião para aparecer. Mas seu nome não faltou.

A criatividade de algumas propagandas é digna do pai de 'seu' 21. A revendedora de automóveis chamou-o de 'veículo da cultura'. Uma loja de materiais de construção descreveu-o como 'a chave do sucesso da cultura mossoroense'. A Granja São Camilo declarou-o 'mossoroense da gema'; a Câmara Municipal, 'o legislador de nossa cultura'; e um posto de gasolina, 'o carro-chefe de nossa história – Há 79 anos abastecendo de cultura os mossoroenses, movido pelo combustível da abnegação'.

Famoso pelos generosos elogios que faz a terceiros, Rosado devolve com humildade a homenagem. 'Sempre teve muita gente inteligente em Mossoró', diz. 'Mas eu não estou nessa categoria', afirma. 'Sempre fui pé de boi.' 

Fonte: O ESTADO DE SÃO PAULO - 14/05/2000 - Por Rebeca Kritsch 


terça-feira, 27 de março de 2012

Coluna Falando Sério

A presidenta Dilma depois de impor uma reforma ministerial através da desconstrução da imagem dos seus ex-ministros, estes deixaram o governo pela porta dos fundos, a propósito, todos envolvidos em escândalos de corrupção. Agora vem com a estratégia de desconstruir junto com a mídia, a imagem do Congresso Nacional, ou seja, de abrir o jogo para população da política do toma lá, da cá! Usando de adjetivos que a base aliada estaria chantageando o governo por cargos e concessão de benesses. Bem, a presidenta Dilma teve sua origem a partir da guerrilha urbana, poderia está apostando num levante popular, como apostou Jânio Quadros e, consequentemente, uma Bastilha no nosso Congresso Nacional, devido ao clima de combate a corrupção. Por outro lado, os partidos que um dia tiraram o presidente Collor do poder, dando posse ao seu vice, a época Itamar Franco, que se criou no PMDB, possa está desejando ver o vice-presidente Michel Temer, empossado como presidente de fato e de direito. Bem, todos conhecem ao longo da história, os atores envolvidos no jogo da barganha do poder e, talvez os interlocutores do Palácio do Planalto não desejando ficar refém da política tradicional, estejam impondo um novo ritmo no relacionamento com a base aliada no Congresso Nacional. Poderá sim, tentar criar um novo capítulo na história do nosso país. “Quem viver verá”!
Desindustrialização
O governo pretende desonerar a folha de pagamento de setores da indústria, em especial dos exportadores, para frear o processo de desindustrialização, em curso, hoje, no nosso país.
Isenção
Segundo o governo, o objetivo é reduzir o custo do trabalho, isentando os exportadores do pagamento da contribuição de 20% sobre os salários para a previdência social, a exemplo do que tem sido feito em outros países. Bem como, manter o direito dos trabalhadores e a contrapartida dos empresários será a manutenção dos empregos.
Dialogo
O governo Confúcio Moura (PMDB) vem demonstrado ser um governo aberto ao dialogo com os sindicatos que representa as suas categorias. Mais alguns líderes desejam se promover politicamente, já estão partindo para o caminho inverso. O prejuízo ficará mesmo com seus filiados, haja vista, que não precisa radicalizar os movimentos reivindicatórios.
Papelão
O deputado estadual Ribamar Araújo (PT) fez uma “lambança” em renunciar a presidência da Comissão Processante que vai apurar o envolvimento dos deputados na Operação Termópilas. O mesmo vive pregando moralidade pública, como sempre, nas horas de demonstrar a população pra que foi eleito, o deputado sempre se ausenta! Que papelão deputado!
Mudos
É impressionante o silêncio mordaz dos vereadores da capital diante dos problemas enfrentados pela população de Porto Velho. Parecendo até que todos tiveram aula com a “mudinha” do espetáculo teatral encenado pelo Pastoril Profano.
Presentão
Teve vereador da capital que andou ganhando carro de presente de uma empresa de refrigerantes. Generosidade sem tamanho, você não acha caro leitor? Estamos de olho!
Transposição I
Passou do prazo de conclusão das obras da transposição do Rio São Francisco em pleno semiárido nordestino e, ainda registrou um aumento de R$ 3,4 bilhões, ou seja, 71% do seu custo em relação à previsão inicial.
Transposição II
 A mais recente estimativa divulgada pelo Ministério da Integração Nacional diz o seguinte: desde o início do governo Dilma Rousseff, o custo total da obra pulou de R$ 4,8 bilhões para R$ 8,2 bilhões e o ex-presidente Lula previa inaugurar a obra em 2010.
Desincompatibilização I
Os candidatos nas próximas eleições devem ficar atentos aos prazos de desincompatibilização de funções. Segundo tabela divulgada pelo TSE, os pré-candidatos devem se desincompatibilizar em período determinado para pleitear o cargo que almejam (prefeito, vice e vereador).

Desincompatibilização II
Para a Justiça Eleitoral basta somente um simples protocolo do pedido de afastamento para que seja concretizada a desincompatibilização requerida pela legislação.

Prazo I

Os prazos para desincompatibilização de algumas funções são: Autoridades Militares (comando) e Civis, além de comandante da PM, Delegado, secretários municipais, presidentes da OAB, diretor de banco estadual, defensor público e magistrado, por exemplo, tem que se desincompatibilizar no período de 04 meses para prefeito e vice, e 06 para vereador.
Prazo II

Servidor Público em cargo comissionado, vice e diretor de escola, policiais militares, civil, rodoviários federais e médico do INSS, tem o prazo de 03 meses para prefeito e vice, mesmo período para pleitear o cargo de vereador.

A sustentabilidade ambiental em debate

       
        O cineasta Charles Chaplin ao escrever O Grande Ditador (1940), afirmou que “todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades”.
         A partir da citação acima, nos provoca a refletir sobre a convivência do homem em sociedade e os cenários geográficos construídos a partir das pressões exercidas desse sobre a natureza. Tal discussão dominará a mídia nacional e internacional até junho deste ano com a realização da Rio+20 – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
         A cidade do Rio de Janeiro após vinte anos de ter sido palco da Rio-92, conferência essa que ficou mais conhecida por ECO 92, proporcionou um amplo debate e mobilização da comunidade nacional e internacional em torno da necessidade de uma agenda positiva para o meio ambiente, ou seja, proporcionar uma efetiva mudança de comportamento do homem sobre a vida na terra, com um único fim, atingir a preservação do planeta e das espécies.
         A Rio-92 teve um papel importantíssimo e histórico, pois conseguiu reunir o maior número de chefes de Estados numa só conferência. Mobilizou a mídia local, nacional e internacional, tendo um papel importantíssimo ao lavar conhecimento de todos, as discussões em pauta. Também buscou em grande escala, as ONGs locais, nacionais e internacionais para o debate e, por fim, trouxe os agentes produtivos de toda a parte do mundo para discutir a agenda que se formou em torno da preservação do meio ambiente.
         É preciso remorar que a Rio-92 foi um dos maiores eventos mundiais que serviu para intensificar as discussões sobre o meio ambiente, tornando-se cenário para negociação e assinatura de uma série de protocolos, sendo o maior deles, a Agenda 21. Em suas linhas gerais, priorizou temas relevantes em torno do desmatamento, da destinação final dos resíduos sólidos, das mudanças climáticas, do uso e preservação dos solos, dos desertos, da água, da biotecnologia etc. Na verdade, se tornou o primeiro documento de compromisso internacional que norteou os primeiros princípios de sustentabilidade ambiental, gerando um clima de otimismo e fortalecimento de forma ampla do conceito de desenvolvimento sustentável.
         É preciso saber a grande relevância histórica que teve a propositura da Agenda 21, pois essa deu inicio ao que podemos chamar de amadurecimento do debate da comunidade internacional a respeito da convivência harmônica entre desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente, bem como da sustentabilidade da vida na terra. Contendo um amplo programa e ações que deveriam ser implementadas pela ONU, agências de desenvolvimento e governos, lavando em conta, as diversas diferenças existentes da atividade humana que afeta o meio ambiente nos países e regiões.
         Assim, com a chegada da Rio+20, o Brasil novamente será palco de um dos mais importantes eventos ambientais a nível mundial neste ano de 2012 e, provavelmente entrará para a história sobre o debate em torno de temáticas importantes sobre o desenvolvimento sustentável e possivelmente a criação de novos modismo em torno de teses que visam à preservação do meio ambiente, como os da economia e emprego verde, já tão divulgados pela mídia. Lembrando, o debate sobre o meio ambiente não se encerra por aqui!

Referência: Publicado na Revista Painel Político, ANO I, N.º 06, Março de 2012 - Porto Velho, RO.

Não vamos enterrar um homem, vamos plantá-lo – Parte IX

 
Fazenda Ourucuri - Pilões/PB

         Em Nova Mamoré, na casa do Zé Renato e Socorro que nutro o maior carinho, respeito e gratidão, é comum todo fim de tarde me reservar no alpendre do terraço deitado numa rede. Esse ambiente é refugio pra mim até hoje quando chego ao meu berço rondoniense.
         Sempre deitado à rede, meus pensamentos me levam ao passado, faço perguntas a mim mesmo, questiono-me, fico matutando e querendo decifrar ou quem sabe mesmo, antecipar os caminhos preparados para mim no livro da vida.


         Mergulhei nas minhas lembranças da época de adolescente quando passava fins de semana e férias em companhia da família na Fazenda Ouricuri, propriedade adquirida pelos meus pais no início da década de 1980. A casa construída no fim do século XVIII pertencia a herdeiros de uma família tradicional do município de Pilões na Paraíba. Viviam bem enquanto cultivavam o açafrão, a castanha de caju, a pimenta do reino e a mandioca pra fazer farinha. A decadência econômica atingiu essa família quando a febre da cultura do agave tomou conta de suas terras.


         Logo que meu pai, o Coronel Lins adquiriu Ouricuri, bem em frente à casa, tinha uma casa de farinha. Como meu pai sempre foi criador de gado leiteiro da raça holandesa e do gado de solta nelore, este logo resolveu doar todo o maquinário para o departamento de história da Universidade Federal da Paraíba – UFPB, campus João Pessoa.
         Na calçada da casa grande sentimos a brisa do vento o tempo todo em nossas faces. Diante da beleza do vale cavado pelo Rio Araçagi, cercado pela Serra do Espinho, com suas corredeiras e cachoeira do mesmo nome da fazenda, se faz um lugar de rara beleza. Essa casa nos tempos de adolescente fez-me assumir o lugar de vários personagens de passados o qual não vivi, mas que gostaria de ter vivido.


         Meu imaginário contemplava as belezas daquele mundo rural, um cenário que tinha o fundo musical composto pelo chocalho da vaca, o mugido do boi, o rinchado do cavalo, o berro da cabra, o cocoricó das galinhas e o zumbido das abelhas. Observava os guinés se embrenhando no capim, os patos descendo a ladeira em direção ao rio, a corrida de um ou outro camaleão que aparecia saindo do mato, a briga das lagartixas por suas presas e a noite, tinha a proteção dos gansos soltos no terreiro.
         E assim, como sempre digo: recordar é viver!

terça-feira, 20 de março de 2012

Coluna Falando Sério

Tanto a economia Brasileira como a dos EUA vem sofrendo com a falta da mão de obra especializada. Ao contrário dos EUA que teve uma alta na sua taxa de desemprego, o Brasil hoje com as obras do PAC em andamento e os investimentos privados tanto no urbano como rural, tem gerado várias oportunidades de negócios, faltando mesmo o profissional especializado para ocupar as convocações visando preencher as ofertas de vagas. A primeira economia versus a sexta economia do mundo, coincidentemente, são carentes de especialistas em mineração, indústria manufatureira, técnicos agrícolas, serviços em saúde, engenharias e tecnologia da informação. Ambos os países com tanta oferta de vagas nessas áreas, percebe-se que as empresas de ambos os países vem enfrentado uma “guerra de talentos”. Essa guerra na verdade representa o descarte de profissionais que não são considerados os melhores em suas áreas, a propósito, essas empresas estão procurando operar com menos profissionais em seus quadros de funcionários, ou seja, aprenderam a contratar profissionais para projetos específicos ou temporariamente como prestadores de serviço. Sendo assim, a economia capitalista começa a descartar os bons e estão em busca dos melhores, portanto, para quem ainda está dormindo é preciso despertar para o novo mundo do trabalho.

Terceirização

Por conta dessa busca pelos melhores, tanto parte do serviço público como os setores produtivos, tem buscado adotar em escala crescente a terceirização de suas atividades, podendo no futuro ocasionar mais um grande problema global.

Oferta

Na atualidade, a demanda de mão de obra especializada também tem empurrado muitos profissionais para o mundo do desemprego ou subemprego.

Papel

É papel do Estado planejar investimento em parceria com a iniciativa privada e instituições acadêmicas, visando a capacitação, a profissionalização e também promover a colocação desses beneficiados no mundo do trabalho.

Anulados

Por conta de irregularidades e vícios no certame nos municípios de Nova Mamoré e Vilhena, os dois concursos públicos para provimentos de cargos efetivos tiveram sua nulidade decretada pelo Ministério Público Estadual.

Audiência

O deputado estadual Luizinho Goebel (PV) participou na quinta-feira de uma audiência pública realizada na Câmara de Vereadores de Vilhena. O tema foi sob uma área de terras que o Exército reivindica, onde estão assentadas cerca de 150 famílias nas Glebas Corumbiara e Iquê.

Cobrança

Em discurso no Plenário do Senado no início da semana, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) cobrou mais atenção do governo federal à transferência dos servidores do ex-território de Rondônia para os quadros da União, a regularização fundiária e a restauração da BR 364.

Florestal

O novo líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), após reunião com os líderes da base aliada, informou que terá uma reunião nos próximos dias com a bancada ruralista para definir um acordo para votar o novo Código Florestal.
Transposição
O senador Valdir Raupp (PMDB) bateu o pé engrossou o pescoço em relação da transposição dos servidores estaduais para os quadros federais. Os primeiros sinais foram vista com a derrota do governo no Plenário do Senado Federal e emperrando durante toda semana a pauta de votação.
Coragem

O deputado estadual Hermínio Coelho (PSD) abriu os trabalhos da Escola do Legislativo e vem conduzindo com coragem os trabalhos na Casa de Leis.

Sede

É preciso saber se o deputado Hermínio Coelho (PSD) vai ter a mesma coragem e, determinação para terminar e inaugurar a nova sede do poder legislativo do nosso Estado.

Agenda

O governador Confúcio Moura (PMDB) vem se tornado um verdadeiro papa-léguas. Neste sábado o homem estará em Ji-Paraná lançando 30 km de asfalto e visitará as obras de aterro da ponte do anel viário daquele município.

Buraco

O buraco aberto na BR.364 na chegada de Porto Velho tem causado grandes transtornos aos moradores da Zona Leste da Capital e mesmo com a promessa da colocação de uma ponte móvel, o problema continuará até o seu reparo definitivo.

Rodoviária

Vai ser difícil a atual administração petista da capital entregar a nova Rodoviária a população, pois se descobriu que o terreno tem dono. Pertence a um advogado e a questão se arrasta na justiça.

Reclamação

A população de Porto Velho vem usando as rádios e meios eletrônicos para dizer que encontrasse insegura por falta de policiamento na rua. Bem, assaltos nas ruas têm aumentado, furto a residências e arrombamento de carros tem crescido e, por fim, são poucas as viaturas nas ruas da capital. Com a palavra, o comandante geral da Briosa Policia Militar do nosso Estado.

Reunidos

Estiveram reunidos na tarde de quinta-feira para discutir a formação de uma aliança partidária em torno de candidaturas proporcionais na capital os seguintes dirigentes partidários: Reinaldo Rosa (PHS), Wagner de Souza (DEM) e Jair Montes (PTC).

A imutabilidade das pessoas


        Meus pensamentos foram bastante longe hoje, tão longe que por um momento senti meu espírito se desprendendo do meu corpo. O motivo principal foi uma viagem no tempo, devido as cobranças que a vida nos impõe, dos atos que praticamos e das atitudes que tomamos as vezes e, muitas vezes muda o caminho traçado anteriormente, que muitas vezes comemoramos o sucesso alcançado e outras vezes abatidos pela tristeza do fracasso.
         Meu imaginário buscou pessoas que nunca mudam, mas são bons em cobrar mudanças nos outros. São pessoas que apenas sua opinião é válida, altera sempre o seu humor e sempre se sente como dono da razão. Dedicadas o tempo todo a tentar manipular as pessoas com um único objetivo, atingir os seus fins, respeitando ou não o semelhante.
         Sempre digo e reafirmo que não existe um bom sem defeito, sejam bons ou maus, com defeitos ou sem defeitos, nos deparando com situações na qual passamos a fazer uma profunda reflexão dos nossos atos e atitudes, ao fim, nos propondo a mudar pra fazer bem a nós mesmo.
         Sabemos que apenas Deus é imutável, mais nós que somos a sua semelhança, todos os dias nos tornamos pessoas mutáveis em nossa essência. Situações são colocadas no nosso cotidiano a fim de buscarmos o nosso aperfeiçoamento como grande prova da verdade e, da certeza de encontrar o caminho do amor e compaixão pelo próximo.
         Assim, é a partir do nosso interior, do nosso desejo de uma proposta válida para vivermos melhor e livre das nossas prisões espirituais, procuramos nos tornar um ser concreto e real contido na compreensão do perdão. Para isso, nunca devemos negar a nós mesmo e muito menos no credo que acreditamos. Pois negá-lo, é negar a graça, o amor e o perdão, por isso, a pergunta: podemos nos tornar imutável?

segunda-feira, 19 de março de 2012

O Discurso do tolo



            Mais uma vez a Rede Globo de Televisão levou ao ar uma matéria em sua revista eletrônica Fantástico, com um tema que atualmente virou moda na mídia e mote de combate por cada contribuinte que se preze em defender o seu pleno exercício de cidadania.
         O conteúdo revela a prática de empresários tentando fraudar os processos licitatórios de um hospital público no Rio de Janeiro, tanto na contratação de serviços como na aquisição de material hospitalar e de remédios, através do oferecimento de propinas.
         Sempre me posicionei em favor da ética e da austeridade no exercício da atividade política. Por várias vezes reafirmei que o problema do Brasil não é corrupção, mas impunidade, a final, as punições para políticos desonestos são muito brandas em nosso país.
         É preciso que a sociedade se mobilize para cobrar leis mais rígidas que proporcione a aplicação correta das penas, que a nossa justiça se torne mais rápida na apuração dos fatos e nas condenações.  Mudanças urgentes são necessárias nesse sentido e a maior essência, é a participação de cada um de nós, contribuindo com ingredientes focados na moralidade pública, inspirados na honestidade e na consciência do amor ao próximo.
         Às vezes desejamos possuir vantagens auferidas a partir de práticas que nos pode levar a praticar atos desonestos, como uma simples cola numa prova, sim, isso mesmo, pois estaremos roubando a nossa própria consciência. A vantagem de furar uma fila ou tirar vantagens de políticos em período eleitoral. Lembrando, esse ano é um ano de eleição, a grande maioria, não importa a classe social, mas esquece de que as nossas escolhas recai para quem vai comandar ou fiscalizar nossos destinos por longos quatro anos pela frente, para isso, desde já é preciso fazer uma reflexão profunda e tentar fazer a escolha certa.
         Pois bem, uma atitude positiva como a proposta citada anteriormente, evitará para um futuro bem próximo, matérias jornalísticas como a citada, não serem mais vinculadas na mídia eletrônica. Não é sonhar com o país de Alice nem com o perfeito, mais é sonhar no mínimo com o possível de ver uma sociedade mais distante da meia culpa, da desculpa esfarrapada ou sendo tolos em continuar acreditando nos falsos discursos.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Coluna Falando Sério

Mesmo tendo declardo não querer tecer comentários sobre o descaso para com o patrimônio histórico, cultural e arqueológico de rondônia e Porto Velho, o Prefessor Doutor Marco Antonio Teixeira Guerra, revelou que encontrasse estarrecido diante da enormidade do descaso para com o patrimônio histórico, cultural e arqueológico que Rondônia, em especial, Porto Velho. Declarou ainda que esse acervo está sendo sistematicamente destruído sob o olhar indiferente ou mesmo conivente dos poderes estabelecidos para preservá-los e protegê-los. E pior, a sociedade pouco tem se manifestado. Conclui-se a partir do desabafo desse grande conhecedor da nossa história regional, a indignação ao ver a memória e bens patrimoniais tratados com tamanho descaso e descuido pelas autoridades competentes. Portanto, é preciso a tomada de providências urgentes sobre tudo isso que está acontecendo.
Revelação
O professor Doutor Marco Antonio Teixeira Guerra relatou o fato da transformação dos antigos paredões de pedra do Jirau, cobertos de petroglifos, pinturas rupestres e outras manifestações artísticas e culturais de sociedades indígenas ancestrais, sendo transformados em brita para o avanço das barragens daquela UHE.
Relevância
Nas palavras do mesmo pesquiador, este afirmou que o MPF o interpelou para saber da importância histórica do “CASARÃO DOS INGLESES” ou Casarão de Santo Antônio, uma vez que, segundo o próprio MPF e o IPHAN, declararam que o mesmo edifício não teria relevância histórica alguma.
Problemas
É preciso pensar a soma de problemas ambientais, sociais e cultural trazido com o progresso ocasionado pelas Usinas do Madeira, bem como as providências urgentes que devem ser tomadas para saná-los.
Aliança I
A aliança formalizada inicialmente entre o PSDB, PR e PV para lançar um pré-candidato a prefeito, ganhou o reforço do PSD do deputado federal Moreira Mendes.
Aliança II
O pré-candidato a prefeito desse grupo de partidos que aparece bem colocado nas pesquisas é o ex-deputado federal Lindomar Garçon (PV). Agora resta saber se a Direção Nacional do PSDB vai permitir o partido numa capital, coligar-se como simples coadjuvante.
Aliança III
Lembrando que a Direção Nacional do PSDB determinou o lançamento de candidatos a prefeitos em todas as capitais e nas principais cidades tidas como centro regional para dar palanque ao pré-candidato da legenda à presidência da República, o senador mineiro Aécio Neves.
Fora
Quem está fora do páreo nas eleições de 2014 a presidência da República é o ex-governador José Serra. Este vem liderando a intenção de voto e poderá torna-se prefeito novamente de São Paulo.
Macho
O prefeito Gilberto Kassab (PSD) de São Paulo mostrou-se um político de pulso firme em não ceder uma vírgula ao movimento grevista dos transportadores autônomos de carga.
Tendência
Segundo Kassab, a tendência na cidade é que as entregas sejam realizadas apenas no período noturno "como é no mundo todo". Bem, se em Nova York é assim e deu certo, porque não adotar pelas bandas de cá?
Julgamento
O TRE-RO marcou para a próxima segunda-feira (12/03), o julgamento da representação ajuizada pela Procuradoria Eleitoral pedindo a cassação do mandato do deputado estadual Valdivino Tucura (PRP – Cacoal).

Motivo

O deputado Tucura foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral por infringir a legislação eleitoral que proíbe o comparecimento de candidatos nas inaugurações de obras públicas em período eleitoral.

Lamentação

O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) lamentou mais um acidente ocorrido na BR.-364 envolvendo um ônibus e uma carreta e que vitimou 9 pessoas próximo ao município de Ariquemes.

Explicação

A bancada federal deve uma explicação ao povo de Rondônia quanto às afirmações do DNIT, pois este órgão veio afirmar que foi investido no ano de 2011, a bagatela de R$ 92 Milhões de reais na recuperação da BR. 364, essa ultimamente, tornou-se a rodovia da morte.

Transposição

O secretário Rui Viera esteve apresentando ao Senador Valdir Raupp (PMDB) o ambiente preparado para realizar a recepção dos servidores beneficiados pela transposição. “A parte do Estado foi feita, agora falta o governo federal fazer a sua parte”, declarou o secretário Rui Vieira.

Troca

O presidente da ALE, o deputado estadual Hermínio Coelho mais uma vez trocará o novo secretário geral daquela Casa de Leis. A indicada é conhecida por Dorinha, ligada ao advogado Nelson Canedo.

Diárias

Decisão acertada do presidente da ALE, deputado Hermíno Coelho em convencer aos seus pares a retroceder pelo o aumento de suas próprias diárias.

É fácil dizer que não gosta de política?


        É contagiante o ano eleitoral, o processo sucessório em todos os níveis entusiasma todos aqueles que militam na política. As discussões fervem, ideias surgem, propostas mirabolantes são feitas, promessas prometidas que jamais serão cumpridas. A realização de obras faraônicas virtuais que só ficam no imaginário, fofocas, discórdias e intrigas não pode faltar nesse cardápio.
         Para muitos a esperança aumenta, os olhos brilham ao acreditar numa possível renovação dos quadros e das ideias. Para outras, demonstram o seu descrédito com a maior parte dos nossos representantes políticos. Ficando evidente, que de um lado está à verdade dos sonhos e do outro, a possibilidade do pesadelo na cabeça de muitos, por conta dos fatos corriqueiros de um país que ainda está aprendendo a lidar com a democracia, com os oportunistas e com o bom combate a corrupção.
         Sempre tenho dito que é preciso refletir sobre nossas próprias ações, é preciso olhar de dentro pra fora, avaliando o que estamos fazendo como agente político, como cidadão e por fim, como eleitor. Como tratamos os outros e como queremos ser tratado, a final, como vamos cobrar dos nossos agentes políticos uma postura ética, quando muitos, simples mortais eleitores, chega com propostas foram dos padrões da austeridade.
         A introspecção proposta acima assusta muita gente, mais é preciso se conter na verdade dos fatos e nos pautar pelo caminho da retidão na política. Não é fácil ouvir de alguém que não gosta de política, que prefere abster-se de todo processo por conta dos cenários atuais que se desenha no cotidiano dos noticiários da mídia sobre o assunto. Não devemos continuar jogando em outros as nossas próprias culpas, dos nossos próprios atos quando erramos nas nossas razões de escolhas.
         Nos últimos dias ouvi uma entrevista numa rádio de nossa capital, de um agente político com um belo discurso, um palavreado um tanto difícil para quem está do outro lado em casa ouvindo. Metáforas bem empregadas, frases bem rebuscadas, mais vestidas com um manto de hipocrisia para afirmar que a culpa da miséria séria dos políticos desonestos e, que a maioria da sociedade se matinha ausente nos processos decisórios que podem mudar os destinos de todos.
         Esse político deve ser um daqueles que precisam avaliar o seu quadro clínico, pois, é preciso sim, a definição de projetos voltados a pesados investimentos em educação, cultura, ciências e tecnologia. Ai sim, vamos ter a verdadeira solução para os grandes problemas sociais que afligem os indicadores sociais do nosso país como um todo.

sexta-feira, 9 de março de 2012

A Rio+20, até onde vamos?


          O Brasil será palco de um dos mais importantes eventos ambientais a nível mundial neste ano de 2012. Acontecerá na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 13 a 22 de junho, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. A propósito, qual seria a contribuição do Estado de Rondônia nessa conferência?
         É sabido pela comunidade cientifica do Estado, da vontade do governador Confúcio Moura em promover um grande salto quando a questão é desenvolvimento sustentável. Este sempre tem sido enfático nos seus discursos ao defender investimentos maciços pelo poder públicos na produção interna de pesquisa, ciência e tecnologia.
         Pensando nesse grande salto, o governo da Nova Rondônia criou a Fundação de Amparo da Pesquisa a nível estadual. A comunidade acadêmica e cientifica está eufórica a espera da sua funcionalidade de verdade. Essa terá um papel importante no fomento ao desenvolvimento de pesquisas, resultando na produção de ciência e desenvolvimento de tecnologias com o objetivo principal de contribuir com o desenvolvimento sustentável do Estado.
         Essa fundação de amparo à pesquisa, dependendo de como será conduzida, poderá dar uma grande contribuição nas discussões e propostas quanto às políticas públicas a serem adotadas em favor do meio ambiente, ou seja, na conservação da natureza, o que pode ser feito para mitigar os impactos ambientais em decorrência dos grandes investimentos públicos e privados. Além é claro, de contribuir com as discussões em torno das mudanças climáticas e defender a prática de uma economia mais verde para o Estado.
         Nesse contexto, os pesquisadores do nosso Estado terão como maior desafio, construir todo o embasamento técnico, planejamento e execução de uma política estadual em favor da pesquisa, que vise contribuir com discussões em torno da nossa biodiversidade, do clima, da energia e outras temáticas de grande relevância no tocante ao meio ambiente.
         Por enquanto, posso está até enganado, mais nosso Estado ficará fora das grandes discussões que serão travadas na Rio+20. Portanto, é preciso avançar, ter pressa, pois a muito pra se fazer!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Coluna Falando Sério

O Ministério da Educação no início da semana anunciou o novo piso salarial nacional no valor de R$ 1.451,00, para um professor que exerce uma carga semana de quarenta horas. Mesmo com o aumento de 22%, o valor do piso continua ridículo para uma profissional responsável pela formação de todos os profissionais. A reação foi imediata dos governadores e prefeitos contra o reajuste, pois todos alegaram que seus Estados e Municípios não dispõem de dinheiro em caixa para conceber o reajuste anunciado pelo MEC. Sabe que o Brasil é o país do carnaval, pouco se cumpre a Lei e muito menos ações eficazes no combate a corrupção.  Sabe-se também que metade do ano, os brasileiros trabalham para pagar impostos, que a maioria das prefeituras não dispõe de receita própria proveniente de arrecadação tributária e sobrevivem do repasse do FPM e FUNDEB. Já a receitas dos Estados são proveniente de impostos e tributos calculados a partir da inflação. Assim, os governadores argumentam que a correção salarial dos professores deveria ter o mesmo critério de correção, ou seja, pela inflação.
Lembrando I
Os países que formam os Tigres Asiáticos hoje possuem uma indústria moderna e competitiva por investirem 40% de sua receita em educação, pesquisa, ciência e tecnologia.
Lembrando II
Quem no passado adotou a mesma prática de investimentos maciços em educação foi o Chile e a Argentina. Esses países no início do século XX deram um grande salto industrial e teve bons reflexos em suas economias.
Eleição
Após um processo de ruptura na UNIR por conta de papel higiênico no banheiro, houve a eleição para reitor no primeiro dia desse mês. Quem saiu com uma votação esmagadora e uma vitória incontestável foi a professora Berenice Tourinho apoiada pelo “comando de greve”.
Soma
A soma dos votos da vice-reitora Maria Cristina que por hora é reitora em exercício, dos professores Ene Glória, Júlio Militão e Júlio Rocha, não chegam a 50% dos votos em todos os segmentos sufragados a professora Berenice Tourinho que expressaram a vontade de mudança.
Mídia
A campanha da professora Berenice Tourinho contou com uma forte campanha nas redes sociais, panfletos, adesivos em carros, corpo a corpo e ganhou visibilidade nos meios de comunicação local e regional.  Um grande diferencial que os demais candidatos se esqueceram de explorar.
Piscinão I
A Prefeitura de Porto Velho visando combater as áreas endêmicas de malária deu inicio da obra de canalização do Igarapé Grande que passa no Bairro do Areal. Tal obra tinha um prazo de execução de sete meses e uma previsão de gastar ‎R$ 3 milhões.
Piscinão II
No popular, toda a área de sua influência se transformou num piscinão criadouro de mosquito. A propósito, a dúvida que paira é se a obra tinha só essa finalidade de alargá-lo, se tinha um projeto, tirar à lama e colocar cascalho, no tempo das águas a correnteza levar e, finalmente, o que a prefeitura da capital vai dar como concluída e/ou que vão fazer ali mesmo?
Trocando
Trocando em miúdos, a obra do Igarapé Grande com custo estimado de quase três milhões de reais, daria para comprar vinte e três caminhonetes equipadas com fumacê. Além de usar no local ainda daria para ser usada na cidade toda no combate aos mosquitos da malária e da dengue.
Frente
Os partidos de base cristã como o PTC (Jair Montes), PSDC (Edgar do Boi), PHS (Reinaldo Rosa), estão tentando atrair o DEM (Vagner de Souza) para compor a Frente Democrática Cristã com vista às eleições proporcionais desse ano na capital.
Encontro
Nos próximos dias os dirigentes partidários do PTC, PSDC, PHS e DEM estarão se reunindo para lançar a data do encontro que culminará com o lançamento da Frente. Esse encontro também poderá lançar um nome como pré-candidato a prefeito da capital.
Oposição
A oposição à administração petistas na capital vem se organizando em torno de seis nomes que já figura como pré-candidatos a prefeitos: o deputado federal Mauro Nazif (PSB), o ex-deputado federal Lindomar Garçon (PV), vereador Mário Sérgio (PMN), o ex-deputado federal Miguel de Souza (PR), o pastor Vidal (PSOL) e o grupo Cassol que poderá apostar nos nomes do Dr. Amado (PP) ou César Licório (PRP).
Grandes I
Os partidos considerados grandes como o PSDB e o PMDB, poderão ficar fora a disputa a prefeitura da capital. Pois quem vem trabalhando bem para compor uma aliança com o PT é presidente municipal do PMDB, o empresário Dirceu Fernandes, este figuraria como possível vice numa chapa encabeçada pela ex-senadora Fátima Cleide (PT).
Grandes II
Os nomes que o PSDB tem a disposição pra concorrer à prefeitura da capital, o único que se destaca em meio ao eleitorado é o do ex-deputado estadual Alexandre Brito, sendo o melhor em musculatura, mais não conta