terça-feira, 27 de março de 2012

A sustentabilidade ambiental em debate

       
        O cineasta Charles Chaplin ao escrever O Grande Ditador (1940), afirmou que “todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades”.
         A partir da citação acima, nos provoca a refletir sobre a convivência do homem em sociedade e os cenários geográficos construídos a partir das pressões exercidas desse sobre a natureza. Tal discussão dominará a mídia nacional e internacional até junho deste ano com a realização da Rio+20 – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
         A cidade do Rio de Janeiro após vinte anos de ter sido palco da Rio-92, conferência essa que ficou mais conhecida por ECO 92, proporcionou um amplo debate e mobilização da comunidade nacional e internacional em torno da necessidade de uma agenda positiva para o meio ambiente, ou seja, proporcionar uma efetiva mudança de comportamento do homem sobre a vida na terra, com um único fim, atingir a preservação do planeta e das espécies.
         A Rio-92 teve um papel importantíssimo e histórico, pois conseguiu reunir o maior número de chefes de Estados numa só conferência. Mobilizou a mídia local, nacional e internacional, tendo um papel importantíssimo ao lavar conhecimento de todos, as discussões em pauta. Também buscou em grande escala, as ONGs locais, nacionais e internacionais para o debate e, por fim, trouxe os agentes produtivos de toda a parte do mundo para discutir a agenda que se formou em torno da preservação do meio ambiente.
         É preciso remorar que a Rio-92 foi um dos maiores eventos mundiais que serviu para intensificar as discussões sobre o meio ambiente, tornando-se cenário para negociação e assinatura de uma série de protocolos, sendo o maior deles, a Agenda 21. Em suas linhas gerais, priorizou temas relevantes em torno do desmatamento, da destinação final dos resíduos sólidos, das mudanças climáticas, do uso e preservação dos solos, dos desertos, da água, da biotecnologia etc. Na verdade, se tornou o primeiro documento de compromisso internacional que norteou os primeiros princípios de sustentabilidade ambiental, gerando um clima de otimismo e fortalecimento de forma ampla do conceito de desenvolvimento sustentável.
         É preciso saber a grande relevância histórica que teve a propositura da Agenda 21, pois essa deu inicio ao que podemos chamar de amadurecimento do debate da comunidade internacional a respeito da convivência harmônica entre desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente, bem como da sustentabilidade da vida na terra. Contendo um amplo programa e ações que deveriam ser implementadas pela ONU, agências de desenvolvimento e governos, lavando em conta, as diversas diferenças existentes da atividade humana que afeta o meio ambiente nos países e regiões.
         Assim, com a chegada da Rio+20, o Brasil novamente será palco de um dos mais importantes eventos ambientais a nível mundial neste ano de 2012 e, provavelmente entrará para a história sobre o debate em torno de temáticas importantes sobre o desenvolvimento sustentável e possivelmente a criação de novos modismo em torno de teses que visam à preservação do meio ambiente, como os da economia e emprego verde, já tão divulgados pela mídia. Lembrando, o debate sobre o meio ambiente não se encerra por aqui!

Referência: Publicado na Revista Painel Político, ANO I, N.º 06, Março de 2012 - Porto Velho, RO.

Nenhum comentário: