quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Quando somos territórios dos outros



            Mulher de meia idade, Maria estava sensibilizada na noite de Natal e fez uma introspecção de si mesmo. Logo descobriu não ser uma pessoa feliz por ter casado com o namorado que não amava, de ter feito a faculdade que não desejava e de atuar numa área que não a realiza profissionalmente.
            A personagem Maria vive arrodeada de pessoas e ao mesmo tempo se sente sozinha, por viver num território de emoções construído por outras pessoas. Ou seja, vivência um espaço que não é seu. Essa pessoa se transformou num território da vontade dos outros e da satisfação alheia. Vivendo para corresponder as expectativas das outras pessoas e não de si própria.
            Maria não viveu seu próprio sonho! Não lhe foi dada a oportunidade por seus pais de viver o sonho que a mesma tinha para ela. Nesse caso, seus pais confundiram orientação com realização de si no espelho mais próximo, que foi a filha Maria. Esse tipo de caso não é de hoje, muitos pais fazem isso, não deixando os filhos descobrirem e vivenciar seus próprios sonhos.
            Por isso, não se deve fazer dos filhos, territórios de emoções de si próprio, ou seja, invadido, dominado e o escravizando para sempre. Então, é preciso descobrir o verdadeiro sentido para ser feliz. Nesse caso, a felicidade deve se acompanhar de amor, sentimento esse que significa construção, aperfeiçoamento, realização pessoal e viver com qualidade humana.
            Infelizmente, Maria é um personagem que se deixou ser invadida, é ausente de si mesmo, vivendo uma história que não é sua, e pior, achando que não dar tempo refazer sua trajetória no mundo líquido moderno o qual vivenciamos. É correr um risco, mas um risco que se leva ao verdadeiro caminho da felicidade.
            Assim, é preciso está sempre aberto a ouvir bons conselhos, a receber a luz que iluminará os caminhos que se deseja seguir. Receber conselhos de pessoas que verdadeiramente nos ama, é possuir um bom referencial para não continuar vivendo a emoção do outro em si mesmo.
            Existem motivos reais para se viver em plena felicidade, sem se deixar viver a felicidade dos outros. Ter a coragem de assumir com virtude o recomeço de uma nova caminhada sem estar ausente de si mesmo. Se permitir a fazer escolhas que não o leve a caminhar em círculos a vida toda. Então, se faz necessário desconstruir tudo de uma só vez, vencendo a miséria de não ter vivenciado o seu próprio sonho, por não saber dizer sim ou não para si mesmo.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O Futuro Climático da Amazônia e de Rondônia

Entre um espaço e outro visando à finalização dos trabalhos acadêmicos, pude ler dois relatórios importantes para o debate ambiental da nossa Região Norte, principalmente quanto a Rondônia figurar como primeiro lugar no ranking do desmatamento.
O primeiro relatório lido foi o Boletim do Desmatamento da Amazônia Legal produzindo pela ONG – IMAZON. Nesse Boletim divulgado agora em setembro de 2014, o desmatamento concentrou em Rondônia (33%), Pará (23%), seguido pelo Mato Grosso (18%) e Amazonas (12%), com menor ocorrência no Acre (10%), Roraima (4%) e Tocantins (1%).
Portanto, Rondônia aparece em primeiro no ranking do desmatamento na Amazônia. Curiosidade maior fica por conta do município de Nova Mamoré, pois esse é apontado como o que mais desmatou no último período analisado. Deixando para trás os municípios Nova Progresso e Altamira, ambos eram campões no Estado do Pará em desmatamento nos períodos anteriores analisados.
No relatório produzido sobre o futuro climático da Amazônia pelo renomado pesquisador PhD Antônio Nobre do INPE, apresenta um estudo com linguagem bastante acessível, esse e sua equipe de estudo descreve os efeitos do desmatamento e do fogo sobre o clima. No caso, o desmatamento na floresta considerada um oceano verde gera um clima dramaticamente inóspito quando desmatada.
Ainda sobre o relatório de Antônio Nobre, o mesmo aponta urgências para desenvolver ações no sentido de proteger e restaurar a Floresta Amazônica. Pois os impactos gerados sobre o meio ambiente na Amazônia, gera grandes impactos climáticos tanto na Região Norte como em outras regiões do país, ou seja, atribui a seca enfrentada atualmente pela Região Sudeste, principalmente, os estados mais atingidos pelo efeito climático de longa estiagem, São Paulo e Rio de Janeiro, ao desmatamento crescente na Amazônia Legal.
Mas existem fatos curiosos! O primeiro dele é a falha de ambos os relatórios não apresentar os índices de desmatamento nas demais regiões do Brasil e seus biomas. O segundo caso seria não propor o mesmo reparo, proteção e restauro da Mata Atlântica e demais biomas do nosso vasto país, sabendo que, o desenvolvimento industrial de São Paulo e Rio de Janeiro, fez desaparecer a floresta verde, em seu lugar, fez surgir uma floresta cinza e de concreto que domina a sua paisagem.
No terceiro caso, é bastante particular, seria no nosso quintal, ou seja, o ranking que coloca Rondônia como o principal vilão no quesito desmatamento na Amazônia. Vale lembrar que a secretária de estado do desenvolvimento ambiental é funcionária de carreira do IBAMA, o principal órgão fiscalizador do meio ambiente. Trata-se da temida Nanci Rodrigues, na verdade temida pelo setor madeireiro do nosso Estado até o ano de 2010. Depois que a mesma foi nomeada secretária de Estado para cuidar do meio ambiente, não se ouviu mais falar em operações de fiscalização, controle do desmatamento, combate a queimadas e na boca miúda, se fala na rede de propinas montada dentro da própria SEDAM para financiamento de grupo político e de um esquema forte de consultorias para desvio de recursos da própria pasta executiva.

Pelo seu passado combativo, é muito estranho, mas muito estranho mesmo, a temida Nanci Rodrigues que é assessorada também pelo temido Osvaldo Pitaluga – funcionário de carreira da SEDAM, ambos quando esteve à frente do IBAMA, projetou Rondônia no cenário nacional quanto ao controle rigoroso do desmatamento e na defesa de uma politica sustentável para o convivo do homem com a floresta. Por isso, é de estranhar muito a posição de Rondônia como sendo a primeira no ranking do desmatamento na Amazônia, quando a proposta era outra para ambos estarem à frente da SEDAM.

sábado, 25 de outubro de 2014

Liberdade e Beleza

         Com o passar dos anos, as coisas ficam velhas, nós envelhecemos, maduramos e o passar dos tempos, faz mudar o nosso olhar sobre muitos significados acumulados da vida. Quando há dez anos vim para Rondônia com o intuito de esfriar a cabeça, pois como pequeno empresário do ensino privado, fui a falência devido a recessão econômica imposta nos últimos anos do governo Fernando Henrique Cardoso a classe média brasileira, que fez aumentar a inadimplência das mensalidades escolares.
Nesse caso, quem é pequeno que se parta ao meio!
          A princípio não pensava ficar na querida Rondônia, tinha vindo mesmo de férias. Mas veio a decisão, causando perplexidade nos amigos que aqui me acolheram para umas férias rápidas e a minha família na Paraíba.
Sempre digo, Rondônia foi uma mãe para mim! Deu-me oportunidades e abriu muitas portas. Sou muito grato a essa terra e a sua gente acolhedora, na grande maioria, migrantes como eu. Não vou com frequência ao Nordeste, sempre uma vez ao ano para rever a minha família e amigos. Nessas idas, aproveito para conversar com populares nas feiras livres, com pessoas nos mercados de peixe, vendedores ambulantes, profissionais liberais e então, descubro outro Nordeste, bastante diferente de dez anos atrás.
          Pois bem, descubro que as obras públicas de infraestrutura urbana que as pessoas não veem porque estão enterradas, tem gerado emprego local, fazendo com que melhore a qualidade de vida da família dos nordestinos, fazendo com que ele não precise abandonar o seu lugar, a sua família e a sua gente.
            Dez anos se passaram! Os nordestinos hoje tem um emprego assegurado junto a sua família, diferente dos tempos passados que se precisava migrar para outras regiões do nosso país a procura da sua sobrevivência, na verdade, como um fugitivo da seca, do fantasma da fome e do desemprego.
            A oportunidade que se gerou no governo Dilma as camadas mais pobres - tanto nas Regiões Norte e Nordeste de ter acesso ao ensino técnico profissionalizante, ao ensino superior, as escolas de educação básica, a transferência de renda, o sonho realizado da casa própria, poder viajar de avião, comprar seu próprio transporte, mobiliar sua casa, credito disponível para o pequeno produtor rural e aumento do salário mínimo - mesmo esse ter perdido parte do seu poder compra, pelos depoimentos, essas mudanças, garantiram uma vida mais humana ao brasileiro de baixa renda, fazendo com que a base da nossa pirâmide etária se estreite.
            Do outro lado, temos uma Minas Gerais comparada como alternativa ao eleitor, ou seja, a Minas que foi governada por Aécio Neves e seu sucessor Anastásia – um ciclo de doze anos e que agora, rompido ao eleger no primeiro turno, o petista Fernando Pimentel para governar os mineiros por quatro anos, e ainda, os mineiros fizeram Dilma chegar em primeiro no primeiro turno nas urnas de Minas Gerais.
Para quem não sabe, Aécio é o governo da meritocracia, do enxugamento da máquina pública, dos cortes em programas sociais, da terceirização, da não realização de concursos públicos, da correção nos rumos da economia, tais correções defendidas por Ermínio Fraga como futuro Ministro da Economia, significa recessão econômica e menos investimento do estado em obras públicas de infraestrutura, que são grandes geradoras de emprego e renda, geradora da empregabilidade e da melhoria na qualidade de vida as camadas de baixa renda.
A visão que se tem nas palavras de Aécio é de não proteger a indústria nacional, ele diz que deseja mudar os rumos dos setores produtivos para gerar riqueza e trabalho, mas não diz como vai fazer. O mesmo também defende uma ampla privatização do que resta, não sou contra privatização ou leilão de serviços, mas é preciso dizer o que vai ser desonerado do estado brasileiro.
Diferente de Dilma, Aécio é bem melhor de retórica por ser um político profissional. Vem de um berço político, ou seja, nascido e criado no Solar dos Neves em São João Del Rey, Minas Gerais. Isso lhe coloca a frente do discurso técnico e didático da candidata Dilma.
Agora, o mais impressionante é que o Brasil vive uma eleição competitiva, dividindo mineiros e paulistas. Além de um discurso separatista culturalmente do quem sabe mais, se repetido, se torna verdade e esse sentimento pode levar a nossa nação a um abismo jamais visito em toda nossa história.
Ambas as chapas, são encabeçadas por candidatos a presidentes nascidos em Minas Gerais e seus respectivos vice-presidentes, são paulistas. A verdadeira política do café-com-leite! Valendo salientar que Dilma não escondeu durante toda campanha o seu vice-presidente Michel Temer (PMDB), diferente de Aécio que escondeu o tempo todo o seu vice, o senador paulistano Aloysio Nunes (PSDB). Fato que pode custar a Aécio a derrota, pois Aloysio foi o senador mais bem votado na história política do estado de São Paulo. Portanto, é esperar o resultado das urnas amanhã!

O FANATISMO - por Rui Leitão

     O fanatismo se assemelha à burrice. Forte a expressão? Claro que não, é a pura verdade. O fanático age na irracionalidade, julga-se sempre o dono da verdade, é prisioneiro de obsessões provocadas pela falta de discernimento, não mede as consequências no que faz e no que diz.
     Essa manifestação de comportamento é muito comum por motivações de ordem religiosa, política, esportiva, artística, etc. O fervor excessivo na defesa de uma ideia, de uma opinião, de uma causa, ou por qualquer coisa de forma insistente, revela-se um radicalismo. Essa posição extremada de atitude leva o fanático à ausência de ponderação quando se faz necessário, a falta de respeito para com pessoas do seu convívio no dia a dia e o desprezo até do amor próprio.
     O problema é que resistimos a fazer uma autoanálise quando nossos procedimentos assumem a característica do fanatismo. A paixão cega pelo que defendemos e acreditamos nos impede de encontrar a humildade de admitirmos as divergências, o contraditório, os pontos de vista discordantes. Alcançamos um estágio de exaltação exagerada em que nos achamos donos da verdade, senhores da razão.
  O fanatismo é responsável, muitas vezes, pelo cometimento de atos insanos, transtornos mentais, desvio de personalidade. Ter a consciência dos seus sintomas ajuda a frear os ímpetos da intolerância, os impulsos da intransigência, a resistência em aceitar o pensamento contrário. Uma coisa é defender uma ideia, uma causa com entusiasmo, com perfeito conhecimento do que faz, com convicção; outra coisa é deixar que a paixão sobreponha a razão e cause cegueira na visão do mundo, numa ótica maniqueísta de que a verdade, o bem, está no seu pensamento.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.


FONTE: https://www.facebook.com/ruicleitao?fref=ts

Será que entendo tudo errado?

  Antes de ser paraibano, sou nordestino. Antes de ser nordestino, sou brasileiro. Sabe gente, meus pais servidores públicos e com a renda da vacaria que eles possuíam, deu a chance  aos três filhos de estudar nas melhores escolas particulares de João Pessoa. A minha base sólida de ensino e aprendizagem veio do Colégio Arquidiocesano Pio XII, ou seja, tive bons professores naquele colegial e também, a oportunidade de aprender muito com os sermões do Padre Marcus Augusto Trindade. Pense num homem a frente do seu tempo.
    Do meu pai herdei o gosto pela leitura, ele me ensinou a ler livros aos meus quatorze anos que nunca pensei que iria ler na minha vida. Ele sentava comigo e tínhamos discussões calorosas. Nessas discussões, ele aproveitava para combater meu extremismo e fanatismo dizendo: “são os impulsos da juventude e vai chegar o tempo que você saberá ponderar”.
  Minha mãe, mulher de uma grande sabedoria e coração generoso, me abraçava e sempre me pedia para largar a política. Afirmando sempre que a política “só tinha proporcionado perseguição à vida do meu pai”, esse por ter ido a Cuba e logo depois, ter sido preso e perseguido pelos bajuladores do regime militar ditatorial. Mesmo assim, chegou ao topo máximo da sua carreira dentro da Polícia Militar do Estado da Paraíba, se tornou comandante geral.
    Ambos me ensinaram um princípio, sonhar e perseguir meus objetivos! Meu pai quando em vida, defendia os ideais de Luíz Carlos Prestes, Francisco Julião, Irineu Joffily, Pedro Teixeira, Nego Fubá, Antônio Mariz, José Maranhão, José Fernandes de Lima, Wilson e Lúcia Braga, Leonel Brizola e Luiz Inácio Lula da Silva.
  A Associação Cultural José Martí Brasil – Cuba com seção na Paraíba, a qual meu pai presidiu, teve a oportunidade de receber o poeta cubano Félix Contreras, ele que foi filho da miséria, do abandono da mãe aos cinco anos de idade e vitima da repressão da ditadura do general Fulgêncio Batista. Muito me marcou esse encontro, pois conversamos horas sobre movimentos sociais, socialismo, ditadura do proletariado, das lutas dos povos tradicionais, a exemplo dos nossos indígenas, das causas dos trabalhadores e da juventude, marxismo, leninismo, trotskismo, capitalismo, coerência e posicionamento político.
   Nesse caso, quando caminhando nas ruas para pedir votos, senti na carne o distanciamento das minhas raízes e da minha capacidade de lutar pelo que acreditava. Será que me tornei uma pessoa contraditória? Será que acordei de uma coma profunda? Olhava para o povo e me perguntava: a onde foi parar os meus sentimentos que justifica a minha existência, as minhas bandeiras revolucionárias que norteava a minha luta por um Brasil sem tantas desigualdades, mais justo e solidário?
   Assim, apesar de todos os erros que cometi na minha trajetória de militância política, me coube uma profunda reflexão da minha própria história de vida. Portanto, na década de 1990, como estudante de geografia, vivi o sucateamento das universidades públicas. Como professor, vivenciei a dificuldade que o pobre enfrentava para estudar e se manter em sala de aula. Observava a dificuldade que enfrentava o cidadão para se emancipar e a dificuldade que um produtor rural tinha para encontrar subsídios a sua produção mediante a dificuldade de acesso ao crédito rural.
  Pior de tudo nesse processo eleitoral, foi levantar um sentimento no Brasil de separação, ao afirmar que os nordestinos não sabem votar porque deram uma votação expressiva a Dilma. Parte da grande imprensa conservadora do nosso país, preconceituosamente, tenta transformar o nordestino no responsável por todas as mazelas que ocorrem no nosso país.
  Mas me mostrem qual o político nordestino brasileiro que desnacionalizou o nosso país em toda a nossa história brasileira? Revelem-me o político nordestino que esqueceu no seu vocabulário as palavras: gente, miséria, inclusão social, empego ou desviou seu olhar em favor do povo e das pessoas.
  Pois bem, apesar dos erros do PT, o governo Dilma se aproxima muito mais de tudo que fazia sentido no meu passado e no que ainda acredito, ou seja, na construção de um estado do bem estar social. Respeito quem tem posição contrária a minha, de pensar e votar diferente ao meu voto, mesmo desagradando a pessoas que quero bem, prefiro ser criticado por votar em Dilma que persegue o caminho de fazer do Brasil um estado do bem estar social, do que retroceder a época da República do Café-com-leite, que representou o poder oligárquico, a barganha, a compra do voto, o voto de cabresto, os favores políticos, as eleições fraudulentas, ou seja, origem de todas as mazelas do nosso desvirtuado sistema político atual.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O meu orgulho de ser nordestino

     Eu não tenho vergonha e muito menos omito em dizer que nasci em João Pessoa, capital do estado da Paraíba a trinta e nove anos atrás. Mas a aproximadamente dez anos fui adotado por Rondônia, isso também me deixa muito orgulhoso.
      Nunca deixei de ter orgulho da minha origem nordestina e também não me envergonha em defender a região de fronteira da nossa querida Rondônia. Em especial, Nova Mamoré, Guajará-Mirim e Porto Velho.
     Sempre digo que o povo brasileiro é um povo heterogêneo e multicultura, por isso, devemos deixar de lutar para que esse povo não perca o espirito de solidariedade e com muito amor, derrotar a intolerância e o preconceito.
      E venho externar a minha indignação quando os resultados das urnas se tornou conhecida no último domingo depois de um processo eleitoral resultante de uma democracia em construção, aflorou o preconceito se afirmando que o nordestino não sabe votar.
    Sempre digo que o eleitor é livre, livre para fazer as suas escolhas, inclusive de vender a sua consciência na véspera ou na hora do voto. Mas não se deve caracterizar o nordestino como ignorantes ou desinformados pelas escolhas que fizeram na urna. Na verdade, fruto de um preconceito.
     Esse tipo de discurso preconceituoso ao nordestino perdura desde o Brasil colonial, é lastimável, pois foi com a força dos nordestinos que esse país foi desbravado e construído. Quem escreve e fala assim, demonstra desconhecimento profundo sobre a realidade do nordeste brasileiro.
Quem faz afirmações deste tipo imagina o nordeste da década de setenta a noventa, ou de antes, onde reinavam a fome, o desemprego e a falta de oportunidade. Por isso muitos, como eu, tiveram que abandonar sua terra natal e migrar para outras regiões em busca de melhores condições de vida e quando anuncio que desejo voltar, meus colegas professores logo avisa que o mercado de trabalho se encontra fechado, muita concorrência devido ao exército de reserva.
Hoje, o nordestino anda de cabeça erguida porque não é mais tratado pelo governo como cidadão de segunda categoria. Das dezoito universidades criadas nos doze anos de governo petista, a classe política nordestina, por mais tradicional que seja, conseguiu levar sete para o nordeste.
A região conta hoje com sessenta extensões universitárias. Mais de dezesseis mil estudantes dessas universidades foram estudar no exterior com o Ciência sem Fronteiras. Dos vinte milhões de empregos criados no país, quase 20% foram no nordeste. 141 escolas técnicas foram implantadas na região, representando 33% do total no país.
A mortalidade infantil, que era um dos principais problemas da região caiu a menos da metade. Os nordestinos, hoje, não são mais personagens de tristes reportagens sobre as migrações para os grandes centros urbanos. Eles podem viver nas suas terras de origem com dignidade e oportunidade.
Somos todos brasileiros e temos que nos unir para continuar construindo um país mais solidário, mais justo, com mais oportunidades para todos. Independente de cor, crença, religião ou região do país em que cada um tenha nascido.
As pessoas deveriam ser agradecidas pela diversidade do nosso grande país. Essa é a nossa riqueza e logo aviso aos colegas de imprensa que defendem o voto em Aécio, que não é esse discurso preconceituoso que pode leva-lo a presidência da República.

sábado, 4 de outubro de 2014

Afirmei ao Uelinton Vitor que vou defender a recuperação dos espaços culturais públicos

 O meu ex-aluno Uelinton Vitor foi um dos maiores incentivadores dessa minha empreitada como candidato a deputado federal. Como grande colaborador de caminhada, quando parávamos numa sombra para retomar o folego retirado pelo sol, a nossa conversa era sobre a recuperação dos espaços culturais públicos na nossa capital Porto Velho e na multiplicação desses espaços nas demais cidades rondonienses.
 É só passar o olhar sobre os espaços culturais públicos em toda Porto Velho que constatamos o abandono, a má utilização e os poucos existentes, sem condições alguma de uso pela população. Assim, quando eleito deputado federal, vou fazer gestão junto ao Ministério da Cultura e incluir no orçamento da União, emendas para recuperação e multiplicação desses espaços.
  Acredito que quando se investe em cultura, logo percebemos os reflexos positivos e imediatos, em todas as idades e camadas da sociedade. Portanto é importante a defesa desses espaços voltados a cultura, em alguns casos, se necessário for, que seja feita a parceria pública privada entre governo e sociedade civil.
 Também estaremos comprometidos em defender na Câmara de Deputados, a transparência, ampliação e democratização dos recursos do Ministério da Cultura. E vou defender junto aos prefeitos de Porto Velho, Nova Mamoré e Guajará-Mirim, a promoção do acesso a cultura, estimulando a indústria criativa, a arte na escola, a formação do artista e por fim, a integração entre a Secretaria de Cultura e Educação.

   Nessa caminhada em favor da cultura, vamos defender políticas públicas que permita através de patrocínio, apoios culturais por meio de incentivo fiscal, permitindo o compartilhamento entre governo e empresas privadas, fazendo com que a população tenha acesso aos produtos, serviços e mobilidade aos espaços culturais.

Destaquei para Patrícia March a importância do investimento na pesquisa para o desenvolvimento de Rondônia e do nosso país

   Como estudante e pesquisador bolsista do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) – Mestrado em Geografia, na minha visita a colega do mestrado Patrícia March em Guajará-Mirim, afirmei que sei bem a importância dos investimentos em pesquisa cientifica para promover o desenvolvimento de um estado, de uma região e de um país.
   É com pesquisa científica que se melhora a vida das pessoas, os lugares por elas vivenciados bem como garante a melhoria dos índices socioeconômicos. Sendo assim, quando eleito deputado federal, estaremos comprometidos em defender maiores investimentos a CAPES e ao CNPQ, com o objetivo único de promover o empreendedorismo, a inventividade e a pesquisa cientifica.
   Expliquei que só com educação e pesquisa poderemos dar o grande salto que Rondônia e o Brasil precisa para vencer a pobreza e as desigualdades sociais. Por isso, de imediato quando deputado federal, vamos cobrar do Ministério da Educação, ampliação dos valores de recursos destinados para concessão de bolsa de pesquisa de iniciação cientifica, mestrado e doutorado bem como reajustes dos valores da bolsa que se encontra defasados.

      A iniciativa de ampliar a concessão das bolsas é garantir a inserção de estudantes de graduação em atividade de pesquisa e também a acessibilidade aos programas de pós-graduação das nossas instituições de ensino superior. Com essa iniciativa, estarei chamando a atenção do governo federal para melhorar os investimentos no ensino superior por meio de estimulo aos alunos da iniciação cientificas, garantindo assim, a integração do ensino, aprendizagem e pesquisa.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Fernando Tavares e uma cidade para as pessoas

      Tive a oportunidade de ganhar nessa eleição um grande colaborador de campanha, na verdade um amigo que se fez presente no momento mais importante da minha vida, ou seja, nessa disputa por um cargo eletivo. Não por vaidade pessoal, mas por uma resignação de vida e pela minha capacidade de trabalho se eleito deputado federal.
     As limitações financeiras nos permitiu dar uma única grande volta em alguns municípios de Rondônia para rever a base do PHS e visitar alguns amigos. Na oportunidade durante a viagem, realizamos comparações da realidade urbana desses munícipios do interior com a nossa capital.
      Ao chegar nessas cidades, procuramos ouvir mais as pessoas sobre a contextualização da cidade, buscando dos moradores uma breve explicação histórica da cidade. Instigando para que ressaltasse as mudanças mais recentes decorrentes de ações de planejamento urbano, mostrando como a cidade se organizou a partir dos rios, de grandes avenidas e dos marcos arquitetônicos.
Procuramos verificar como essas cidades estão crescendo, como se dá a mobilidade urbana, ou seja, as pessoas se locomovem a pé, de carro, de ônibus, de bicicleta etc. Na estrada de uma cidade a outra conversava sobre os elementos estruturais que organizam essa mobilidade, a exemplo de semáforos, placas, faixas de pedestres, calçadas, guias, ciclovias e avenidas.
Agora o mais frustrante para nós, era quando fazíamos comparações dos projetos de planejamento urbano das cidades visitadas no interior rondoniense com o da nossa capital Porto Velho. Ficamos nos perguntando ou buscando explicações sobre as obras estruturantes não conseguir sair do papel, ficar abandonadas e sem finaliza-las em Porto Velho.
Foram tantos projetos de compensação e investimentos do governo federal canalizados para Porto Velho, é vergonhoso dizer a verdade, mas tais obras se tornaram tacanhas para uma capital. Não se priorizou o embelezamento da nossa capital, no sentido de promover o orgulho das pessoas que a vivencia bem como elevar a autoestima do contribuinte.
Hoje temos uma cidade abandonada e esquecida. Escura, suja, entupida, esburacada e alagada. Tudo bem que grande parte dos problemas urbanos foi herdada de gestões anteriores, mas os serviços necessários para recolocar Porto Velho nos trilhos do desenvolvimento no sentido de parecer uma capital, é preciso que a atual gestão agilize respostas cobradas pela maioria da população no sentido de fazer Porto Velho acontecer para se tornar uma cidade para as pessoas.

Discutindo com Luan Vasques a geração de emprego e renda na fronteira

        O jovem Luan Vasques é mais um ex-aluno de quando fui professor da graduação em gestão ambiental no campus da UNIR em Guajará-Mirim. É outro que sempre nos encontramos e travamos bons diálogos, principalmente sobre a geração de emprego e renda na fronteira.
Por desempenhar a minha atividade de professor nos municípios de Nova Mamoré, Guajará-Mirim e Porto Velho, muito me preocupa a geração de emprego e renda aos jovens desses municípios bem como a formação profissional.
Nesse caso, é preciso assegurar recursos no orçamento da União para implantação de um campus da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) no município de Nova Mamoré e o fortalecimento do campus do IFRO de Guajará-Mirim. Nesse caso, a atuação do mandato parlamentar estará direcionada na defesa de contratação de professores, concessão de bolsas de pesquisas e efetivação de novos cursos de acordo com a vocação geoeconômica dos municípios.
E não para só por ai, é preciso está consciente para defender a saída para o Pacífico, cobrando do governo federal a construção da ponte Binacional Brasil-Bolívia entre o município de Guajará-Mirim do lado brasileiro e Guayará-Merim do lado boliviano, visando promover a integração comercial com a Bolívia, Peru e Chile.
Eleito deputado federal também vamos defender a implantação do Polo de Modas da Fronteira. O sonho deixará o papel ao garantir por emendas a construção do polo através da prefeitura local, promovendo a aproximação do Instituto Federal de Rondônia (IFRO - Campus Guajará-Mirim), Federação das Indústrias (FIERO), SEBRAE, Associação Comercial de Guajará-Mirim e bancos oficiais, no sentido de estimular o empreendedorismo no ramo de confecção e moda visando revitalizar economicamente o lugar e promover o turismo de negócio.
Para finalizar, vamos propor a revitalização da Estrada de Ferro-Madeira-Mamoré (EFMM) fazendo gestão junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) - Superintendência do Patrimônio da União em Rondônia (SPU/RO), Ministério Público Federal e Estadual, para viabilizar a revitalização o trecho entre a estação de Guajará-Mirim e o Distrito de Vila Murtinho em Nova Mamoré por emenda parlamentar e parcerias-públicas-privadas (PPP).


Pedro Melo e o ser entre esquerda ou de direita?

As aulas que ministrei na graduação em gestão ambiental como professor visitante no campus da Unir em Guajará-Mirim, além de ter sido prazerosas, também foi uma experiência que nos levou a criar bons laços de amizades.
São muitos alunos que até hoje mantemos contatos, travamos diálogos e vínculos de amizade saudável. Quando nos encontramos, treinamos nossos conhecimentos adquiridos na academia através de uma boa prosa.
Na minha última visita a Guajará-Mirim, entre uma visita e outra, veio à pergunta direta do meu ex-aluno Pedro Melo sobre meu posicionamento político, pois até então, ele não tinha conseguido identificar se eu seria um político de esquerda ou de direita?
Sorri para ele e dei uma volta enorme para lhe esclarecer sobre a minha posição política. Disse-lhe que na minha adolescência militei na União da Juventude Socialista – UJS, um braço do PC do B. Com a influência do meu pai e abrangência nas leituras de outros pensadores que forjaram o mundo moderno, tive a oportunidade de conhecer o trabalhismo e fazer militância na Juventude Socialista do PDT de Leonel Brizola.
Mas algo me incomodava muito, ainda não era ainda essa base política que aquietava meus pensamentos e satisfazia as minhas ideias. Por situação do grupo político ao qual eu seguia na Paraíba, tivemos uma passagem breve pelo extinto Partido da Frente Liberal (PFL), sendo na atualidade Democratas (DEM). Naquele ambiente tive a oportunidade de ler publicações, análises e estudos dos mais variados temas ligado a politica e economia.
Nesse caso, minhas inquietações continuavam a dominar a minha mente nesse campo estéril sobre ser esquerda ou direita. Na verdade, é como dizia a canção de Cazuza, nós precisamos de uma ideologia para viver. Principalmente o ser político! E quando se afirma que não existem ambos os lados, isso é uma afirmativa puramente de direita.
Pois bem, em poucas palavras e sobre a influência de Ariano Suassuna e da minha avó Cícera que era muito religiosa, comecei a me perguntar o que é ser direita e esquerda no Brasil? Assim, a minha posição ideológica na atualidade, foi construída na graduação de geografia, quando meu olhar recaiu sobra as franjas urbanas que cerca as grandes cidades. Quando penso nos desvalidos, necessitados e injustiçados que são vistos como desgraçados pela sociedade.
 Sigo meu pensamento olhando para trás, considerando Herodes e Pilatos como políticos de direita. Jesus e João Batista como políticos de esquerda. Judas inicialmente era de esquerda e depois passou para o outro lado por trinta moedas. Quanto ao criminoso Barrabás, com apoio da direita e do povo, na primeira grande assembleia geral da história moderna, numa eleição crucial, ganhou de Jesus a preferência popular.
Finalizo afirmando que os políticos brasileiros na atualidade que defende a emancipação do cidadão através de uma gestão social, do orçamento participativo, da proteção a nossa economia, do desenvolvimento sustentável, na justiça social visando à diminuição das desigualdades e a soberania nacional, são considerados de esquerda. Os de direita são aqueles com uma visão social que defende uma economia sem proteção as nossas empresas, um mercado totalmente livre, o povo lançado à própria sorte e seus princípios políticos se baseia na eficácia, no lucro e na minimização do estado.

Logo Pedro matou a charada e disse: então professor Herbert, o senhor é um político de esquerda!

terça-feira, 30 de setembro de 2014

A pergunta de Pedro Manvailer?

       Caminhando num bairro da franja urbana de Porto Velho com a companhia do jovem estudante de direito Pedro Manvailer e também membro da Primeira Igreja Batista, de repente, tivemos que interromper o trabalho de visitação as residências por conta da chuva.
          Abrigamo-nos na barraca de churrasco do senhor João Alves e ai Pedro sai com, deputado Herbert, o que faz um Deputado Federal?
      Parti do princípio de esclarecer ao Pedro que o Poder Legislativo do Brasil é formado pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados. Portanto, o Deputado Federal é o seu representante no Congresso Nacional e com um mandato de quatro anos, podendo concorrer a sucessivas reeleições.
Lembrei ao Pedro que muitas vezes, votamos nos nossos representantes e nem sabemos sequer as tarefas que eles desempenham. Por isso, se deve antes de pedir o voto, dizer o que um Deputado Federal faz bem como é dever nosso fiscalizar e cobrar pelo trabalho deles.
A chuva intensa e continuei explicando que o papel a desempenhar pelo Deputado Federal é de elaborar leis, emendas ao Orçamento da União, alterar, revogar e derrogar leis. Fiscalizar o Poder Executivo e a aplicação do dinheiro público, eleger membros do Conselho da República e entre outras coisas, também participa de votações que autorize a instauração de processos contra o Presidente e Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado, a tomada de contas do Presidente da República quando não apresentadas no prazo constitucional e propor a formação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) ou participar das mesmas. Também é ainda preciso saber que a Câmara dos Deputados atua em conjunto com o Senado Federal na esfera legislativa.
Reforcei o debate ilustrando com o exemplo de atuação da população através do projeto Ficha Limpa, do qual um parlamentar do PHS foi o relator. Assim, graças à pressão e fiscalização popular, a Lei da Ficha Limpa foi devidamente votada no Congresso Nacional, lei que proíbe políticos condenados em segunda instância possam se candidatar, garantindo mais idoneidade e credibilidade aos candidatos.
Lembrei ao Pedro que os Deputados são nossos representantes, portanto, deve acompanhar o trabalho das pessoas que você escolheu para tomar decisões por você. Então, é por isso, que proponho fazer diferente ao conquistar a confiança do voto. Pois desejo representá-lo com alegria no coração por tamanho gesto de grandeza, pois a vida não se resume a um mandato, mas a felicidade de fazer amigos para sempre.

domingo, 21 de setembro de 2014

Reflexões numa manhã chuvosa de domingo

Amanheci pensando sobre muitos valores acumulado nessa minha caminhada de vida em direção aos quarenta anos de idade. A cada dia aprendo mais sobre o ser humano, às vezes o sentimento de desistir tenta dominar a minha alma.
Mas de um tempo pra cá, estou me deixando ser reconstruído por gestos e palavras. Nesse caso, as pessoas que me cercam nessa minha nova caminhada, é como se fosse muros, existindo aquelas que não permitem ultrapassá-los e aquelas que me deixa vivenciar o existente do outro lado com elas.
Antes eu tinha uma preocupação muito grande de viver com muitas pessoas no dia a dia, telefonava, visitava e escrevia. Não é que eu tenha perdido esse hábito, mas aprendi o quanto é importante deixar a natureza se encarregar de trazer as pessoas para o nosso convívio desprendido de interesses materiais.
Em relação ao olhar para o espelho e me preocupar como antigamente como as pessoas me olhavam, principalmente o que falavam de mim na minha ausência, inventando inverdades, aprendi que vale muito a seguinte máxima: fale de mim de bem ou de mal, mas continuem falando, pois o importante é ser sempre lembrado.
Não me preocupo mais com elogios e críticas, apenas absolvo, reflito, procuro não deixar a vaidade e a soberba tomar conta das minhas emoções como antigamente. Procuro pautar meus sonhos, realizações e objetivos sem olhar para os lados, focando no presente e seguindo em frente sem demasia nas emoções.
Muitos pensam que as conquistas sólidas da vida parte do principio que é fácil. Obter sucesso na vida e realização dos sonhos imaginados é preciso muito planejamento, renúncia, sacrifício, sofrimento, concentração, fé, ousadia e alegria, pois nada na vida é fácil e do contrário, logo desconfie. Pois, a tendência ao fracasso, é enorme.
Vou continuar trabalhando, apostando na minha intuição, com os pés no chão e não vou me importar muito com aqueles que me puxam para baixo, com os conselhos pessimistas, essas pessoas são amarguradas por deixar seus fracassos continuar dominando as suas emoções. Entenda, não tenho culpa se desistiram na primeira derrota, essas pessoas precisam entender que a vida não significa só vitórias, as derrotas também nos ajuda a crescer e nos leva a outras vitórias.
Devemos deixar de lado as pessoas que se esquecem de viver as suas vidas para prestar atenção na vida dos outros. São pessoas que perdem o foco da sua própria vida, gastando seu valioso tempo para prejudicar seu semelhante, quando deveriam está procurando dedicar o seu tempo na construção da sua felicidade interior.
Assim, vai o meu recado final, vou continuar gastando o meu tempo para ser feliz, viver uma vida honesta, sem precisar prejudicar ninguém e muito menos, usar as pessoas como degrau para alcançar meus objetivos. Portanto, não vou desistir das pessoas e de ser feliz.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Um escritor nasce e morre três vezes

Eu nasci há trinta e nove anos atrás na maternidade Roberto Granville localizada no centro de João Pessoa, nas proximidades do Parque Sólon de Lucena, mais conhecido como a famosa Lagoa arrodeada de palmeiras e como ponto de encontro, o tradicional restaurante Cassino.
Quando criança estudei no Educandário Sagrada Família que tinha como diretora a Professora Emília. Boa parte da minha infância foi estudando em tempo integral, ou seja, dividido entre a própria casa da Professora Emília e a escola que ficava na rua detrás. Residíamos em João Pessoa no bairro de Jaguaribe, minha mãe trabalha no posto do INPS de Cabedelo e todo dia precisava fazer um percurso de ida e volta para seu trabalho, o que lhe tomava muito tempo.
Como ela precisava cumprir uma jornada de quarenta horas semanais e como sou o filho caçula de três, tinha que ficar em tempo integral na escola, mas como não tinha, o tempo se dividia com acolhida da Tia Emília. Minha memória até o presente momento é marcada por boas lembranças desse tempo de inocência de criança.
A minha imaginação crescia a cada descobrir das letras na alfabetização, até o dia que levei uma reguada da professora por trocar o “n” pelo “m” antes de p e “b” no famoso ditado de antigamente em sala de aula. Desse momento em diante, não acompanhei mais a turma na escrita, apenas na leitura e na retórica.
Minha mãe me fez repetir a alfabetização devido ao baixo rendimento que apresentei nesse ano escolar. No retorno as aulas, eu tinha uma nova professora e tudo aconteceu tão rápido, que logo fui promovido para série seguinte e pude ficar na companhia dos coleguinhas da minha turma anterior.
Na minha adolescência, quando estudando no Colégio Arquidiocesano Pio XII, redescubro o prazer em escrever nas aulas com o professor João Condado. Mas chegando ao Colégio 2001 Cepruni, com o episódio do cancelamento da minha matrícula devido à militância na política estudantil, morre novamente o homem que brinca com as letras.
Quando me tornei aluno do saudoso professor Euno Lucena, mendei toda minha tristeza embora do meu coração e voltei a escrever com fé, alegria e ousadia. Com Euno, aprendi a lição de escrever para que as pessoas simples pudessem fazer a leitura, interpretar e refletir.
Tudo sempre foi muito difícil para mim, mas a esperança por dias melhores esteve todo tempo presente no meu coração através da fé.  Nos momentos de dificuldade, nunca deixei a tristeza me sufocar totalmente, Pelo contrário, deixei que a felicidade sempre dominasse a minha alma. Até hoje, ninguém conseguiu calar a minha voz, me convencer de deixar de acreditar que amanhã é outro dia e os tantos sofrimentos tem dia e hora para acabar. Por isso, levanto o olhar pra ser feliz, bato no peito e mando sempre a tristeza embora!

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Pastor Carlos Alberto e sua esposa Valdeli

        Na companhia do irmão em Cristo Jesus, tive a oportunidade de visitar o Pastor Carlos Alberto e a sua esposa Valdeli. Visita essa que rendeu uma boa prosa em torno de princípios cristãos, dos princípios bíblicos e da família.
            Nessa visita reafirmei o meu testemunho que após a tragédia na minha vida da qual tentaram assassinar a minha reputação com a famigerada farsa por nome de Operação Apocalipse, hoje batizado em Cristo Jesus, posso dizer que tenho qualidade de vida.
            Expliquei nessa visita que antes já tinha um compromisso histórico desde o movimento estudantil em defender princípios que rompem com a política tradicional. E essa nossa candidatura a deputado federal no presente, é uma maneira de reafirmar esse compromisso histórico com os meus princípios éticos e morais que sempre caminharam ao meu lado, ou seja, ao lado dos bons, das pessoas que promovem o bem comum, pessoas boas, honestas, eficientes e competentes.
            Na prosa, tive a oportunidade de lembrar que em todos os lugares existem pessoas boas, tanto no trabalho, como na família, como nas indústrias, empresas, órgãos públicos, igrejas e nos movimentos sociais. São essas pessoas boas que de forma livre e independente, que farão a mudança que o Brasil e Rondônia tanto precisam.
            Não existe uma nova formula para a política, deve existir sim, um desejo único no sentido de promover a gestão social, construída pelo dialogo, com o objetivo único de unir todos em defesa das reformas de base que tanto o nosso país precisa bem como as franjas urbanas das nossas cidades rondonienses.
            A prosa seguiu seu rumo, entramos no assunto família, foi nesse ponto que reafirmei o meu compromisso com as famílias brasileiras no sentido de lutar por um país mais igual, mais justo, mais livre, mais humano e solidário.
            Sendo assim, entendendo que defender a família não significa desrespeitar as pessoas ou pregar a homofobia, mas trabalhar pelo resgate dos valores da família, monitorando a tramitação de projetos em comissões e no plenário que chocam princípios bíblicos.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Conversando com Ernandes

          Chamei meu amigo Ernandes para nos ajudar nas nossas caminhadas. Para quem não o conhece, é o homem que me apresentou Rondônia numa férias, essa já dura há dez anos (risos). De pronto, lhe disse que a nossa campanha é na sola do pé, na visita, no aperto de mão e olho no olho do eleitor. Sendo esse o nosso jeito de fazer a nova política que defendemos.
            Diferente de outros, eu poderia ter vendido o meu mandato, mas se tivesse feito isso, estaria vendendo a esperança do eleitor que vê em nós a mudança que ele procura. Pois bem, não desejo depender das grandes estruturas, de poderosos dizendo o que temos que fazer depois de eleito, ou seja, com um cabresto na boca, sendo direcionado ou manipulado como uma marionete.
            Afirmei ao Ernandes que precisava dele nessa campanha como voluntário e como colaborador. Na verdade, tem sido assim, na base do gesto de solidariedade de todos os nossos amigos que estão como voluntários e colaboradores. Ao definir esse rumo para nossa campanha, todos devem refletir sobre essa nossa vontade de não está atrelada as velhas práticas de contratar ou comprar a consciência das pessoas, ao realizar a troca do voto por gasolina ou por favores pessoais.
            Esse nosso jeito de fazer política, resgata o compromisso cívico de lutar por um país cada vez melhor, na prática, o exercício de uma gestão social que emancipe o cidadão. Pois é chegada a hora de aposentar as velhas práticas políticas e os de quem dela se utilizam.
            Sendo assim, ao queremos ser a mudança que as pessoas procuram, desejamos ser diferente daqueles políticos que fazem de tudo para estar no poder, custe o que custar ou a qualquer preço. Não importando o tamanho das mentiras, manipulações e uso das instituições democráticas, com o desejo feroz de manipular a consciência livre de todos os cidadãos.
            A nossa campanha representa a indignação do eleitor, representa o sincero desejo de ver Rondônia um estado forte nas conquistas sociais, na sua produção industrial e na sua economia. Portanto, quero ser um representante das pessoas que amam Rondônia de verdade como eu, para no Congresso Nacional, discutir com lucides a reforma política, tributária, trabalhista, judiciária e muitos outros temas de relevância federativa.

domingo, 7 de setembro de 2014

A decepção de João Zélio com a política

Na Rua Xangrilá, localizada na Zona Sul de Porto Velho, mora seu João Zélio, um senhor de meia idade que nasceu e se criou no Distrito do Iata pertencente a Guajará-Mirim. Ao bater a porta da sua casa, me identificando que era candidato a deputado federal e desejava pedir a força do seu voto, o homem não queria me receber de jeito nenhum e nem mesmo saber o que eu tinha a dizer.
Sorri para ele, disse que pelo menos me desse a chance de ouvir o que tinha a dizer a ele, até mesmo por uma questão de boa educação. Com esse argumento, consegui trazê-lo até o portão e comecei a contar a minha história.
Logo descobri que o mesmo se criou no Distrito do Iata e jogava bola com o ex-prefeito Zé Brasileiro de Nova Mamoré. A prosa se alongou e muitas histórias sobre a sua infância foram contadas.
Mas depois da boa prosa sobre seu passado, seu João me perguntou o que tinha me motivado a sair candidato a deputado federal e quais eram as minhas pretensões. Curto e direto afirmei que “na política é preciso ter responsabilidade nos atos e ações, não apenas repetir insistentemente um discurso vazio, apresentar ideias ultrapassadas e praticar atos da velha política clientelista, assistencialista e paternalista, como se verifica na fala e na conduta de muitos pretensos candidatos que pleiteia a mesma vaga como eu”.
- Seu João Zélio intrigado, me pergunta o que seria esses discursos vazios?
- Logo lhe respondo: Seu João, muitos acham que basta apenas se lançar   candidato sem se preparar, sem mostrar serviço e simplesmente sem conseguir dizer para que veio, o que pretende fazer e como fazer quando eleito deputado federal!
- Novamente seu João pergunta: mas o que seria um candidato despreparado?
- Afirmo que os candidatos despreparados não tem a mesma coragem que nós, de ser um de nós, de ir a porta da casa das pessoas ouvir suas necessidades, apresentar propostas e soluções! Portam-se como um saco vazio, com um discurso vazio, dizendo que é o novo, porque representa o novo, que deseja fazer o novo, mas se pauta pela prática dos velhos políticos e com ideias ultrapassadas que já vi em toda a minha vida.

            Finalizamos a nossa prosa e ganhei a força do voto do seu João Zélio, pois em seu coração, plantei a semente da esperança de dias melhores, assumindo o compromisso de não decepcioná-lo, pois vim para fazer diferente, com ideias propositivas, com novas práticas políticas e se propondo ser a mudança que ele procura. Pois desejo fazer e realizar por ser o tempo de mudança com coerência e de novos avanços pelo bem do nosso povo.