Eu
não tenho vergonha e muito menos omito em dizer que nasci em João Pessoa,
capital do estado da Paraíba a trinta e nove anos atrás. Mas a aproximadamente
dez anos fui adotado por Rondônia, isso também me deixa muito orgulhoso.
Nunca deixei de ter orgulho da
minha origem nordestina e também não me envergonha em defender a região de
fronteira da nossa querida Rondônia. Em especial, Nova Mamoré, Guajará-Mirim e
Porto Velho.
Sempre digo que o povo brasileiro
é um povo heterogêneo e multicultura, por isso, devemos deixar de lutar para
que esse povo não perca o espirito de solidariedade e com muito amor, derrotar
a intolerância e o preconceito.
E venho externar a minha
indignação quando os resultados das urnas se tornou conhecida no último domingo
depois de um processo eleitoral resultante de uma democracia em construção,
aflorou o preconceito se afirmando que o nordestino não sabe votar.
Sempre digo que o eleitor é livre,
livre para fazer as suas escolhas, inclusive de vender a sua consciência na véspera
ou na hora do voto. Mas não se deve caracterizar o nordestino como ignorantes
ou desinformados pelas escolhas que fizeram na urna. Na verdade, fruto de um
preconceito.
Esse tipo de discurso
preconceituoso ao nordestino perdura desde o Brasil colonial, é lastimável,
pois foi com a força dos nordestinos que esse país foi desbravado e construído.
Quem escreve e fala assim, demonstra desconhecimento profundo sobre a realidade
do nordeste brasileiro.
Quem faz afirmações deste tipo imagina o nordeste da
década de setenta a noventa, ou de antes, onde reinavam a fome, o desemprego e
a falta de oportunidade. Por isso muitos, como eu, tiveram que abandonar sua
terra natal e migrar para outras regiões em busca de melhores condições de vida
e quando anuncio que desejo voltar, meus colegas professores logo avisa que o
mercado de trabalho se encontra fechado, muita concorrência devido ao exército
de reserva.
Hoje, o nordestino anda de cabeça erguida porque não é
mais tratado pelo governo como cidadão de segunda categoria. Das dezoito
universidades criadas nos doze anos de governo petista, a classe política
nordestina, por mais tradicional que seja, conseguiu levar sete para o
nordeste.
A região conta hoje com sessenta extensões
universitárias. Mais de dezesseis mil estudantes dessas universidades foram
estudar no exterior com o Ciência sem Fronteiras. Dos vinte milhões de empregos
criados no país, quase 20% foram no nordeste. 141 escolas técnicas foram
implantadas na região, representando 33% do total no país.
A mortalidade infantil, que era um dos principais
problemas da região caiu a menos da metade. Os nordestinos, hoje, não são mais
personagens de tristes reportagens sobre as migrações para os grandes centros
urbanos. Eles podem viver nas suas terras de origem com dignidade e
oportunidade.
Somos todos brasileiros e temos que nos unir para
continuar construindo um país mais solidário, mais justo, com mais
oportunidades para todos. Independente de cor, crença, religião ou região do
país em que cada um tenha nascido.
As pessoas deveriam ser agradecidas pela diversidade do
nosso grande país. Essa é a nossa riqueza e logo aviso aos colegas de imprensa
que defendem o voto em Aécio, que não é esse discurso preconceituoso que pode
leva-lo a presidência da República.
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