sábado, 25 de outubro de 2014

Liberdade e Beleza

         Com o passar dos anos, as coisas ficam velhas, nós envelhecemos, maduramos e o passar dos tempos, faz mudar o nosso olhar sobre muitos significados acumulados da vida. Quando há dez anos vim para Rondônia com o intuito de esfriar a cabeça, pois como pequeno empresário do ensino privado, fui a falência devido a recessão econômica imposta nos últimos anos do governo Fernando Henrique Cardoso a classe média brasileira, que fez aumentar a inadimplência das mensalidades escolares.
Nesse caso, quem é pequeno que se parta ao meio!
          A princípio não pensava ficar na querida Rondônia, tinha vindo mesmo de férias. Mas veio a decisão, causando perplexidade nos amigos que aqui me acolheram para umas férias rápidas e a minha família na Paraíba.
Sempre digo, Rondônia foi uma mãe para mim! Deu-me oportunidades e abriu muitas portas. Sou muito grato a essa terra e a sua gente acolhedora, na grande maioria, migrantes como eu. Não vou com frequência ao Nordeste, sempre uma vez ao ano para rever a minha família e amigos. Nessas idas, aproveito para conversar com populares nas feiras livres, com pessoas nos mercados de peixe, vendedores ambulantes, profissionais liberais e então, descubro outro Nordeste, bastante diferente de dez anos atrás.
          Pois bem, descubro que as obras públicas de infraestrutura urbana que as pessoas não veem porque estão enterradas, tem gerado emprego local, fazendo com que melhore a qualidade de vida da família dos nordestinos, fazendo com que ele não precise abandonar o seu lugar, a sua família e a sua gente.
            Dez anos se passaram! Os nordestinos hoje tem um emprego assegurado junto a sua família, diferente dos tempos passados que se precisava migrar para outras regiões do nosso país a procura da sua sobrevivência, na verdade, como um fugitivo da seca, do fantasma da fome e do desemprego.
            A oportunidade que se gerou no governo Dilma as camadas mais pobres - tanto nas Regiões Norte e Nordeste de ter acesso ao ensino técnico profissionalizante, ao ensino superior, as escolas de educação básica, a transferência de renda, o sonho realizado da casa própria, poder viajar de avião, comprar seu próprio transporte, mobiliar sua casa, credito disponível para o pequeno produtor rural e aumento do salário mínimo - mesmo esse ter perdido parte do seu poder compra, pelos depoimentos, essas mudanças, garantiram uma vida mais humana ao brasileiro de baixa renda, fazendo com que a base da nossa pirâmide etária se estreite.
            Do outro lado, temos uma Minas Gerais comparada como alternativa ao eleitor, ou seja, a Minas que foi governada por Aécio Neves e seu sucessor Anastásia – um ciclo de doze anos e que agora, rompido ao eleger no primeiro turno, o petista Fernando Pimentel para governar os mineiros por quatro anos, e ainda, os mineiros fizeram Dilma chegar em primeiro no primeiro turno nas urnas de Minas Gerais.
Para quem não sabe, Aécio é o governo da meritocracia, do enxugamento da máquina pública, dos cortes em programas sociais, da terceirização, da não realização de concursos públicos, da correção nos rumos da economia, tais correções defendidas por Ermínio Fraga como futuro Ministro da Economia, significa recessão econômica e menos investimento do estado em obras públicas de infraestrutura, que são grandes geradoras de emprego e renda, geradora da empregabilidade e da melhoria na qualidade de vida as camadas de baixa renda.
A visão que se tem nas palavras de Aécio é de não proteger a indústria nacional, ele diz que deseja mudar os rumos dos setores produtivos para gerar riqueza e trabalho, mas não diz como vai fazer. O mesmo também defende uma ampla privatização do que resta, não sou contra privatização ou leilão de serviços, mas é preciso dizer o que vai ser desonerado do estado brasileiro.
Diferente de Dilma, Aécio é bem melhor de retórica por ser um político profissional. Vem de um berço político, ou seja, nascido e criado no Solar dos Neves em São João Del Rey, Minas Gerais. Isso lhe coloca a frente do discurso técnico e didático da candidata Dilma.
Agora, o mais impressionante é que o Brasil vive uma eleição competitiva, dividindo mineiros e paulistas. Além de um discurso separatista culturalmente do quem sabe mais, se repetido, se torna verdade e esse sentimento pode levar a nossa nação a um abismo jamais visito em toda nossa história.
Ambas as chapas, são encabeçadas por candidatos a presidentes nascidos em Minas Gerais e seus respectivos vice-presidentes, são paulistas. A verdadeira política do café-com-leite! Valendo salientar que Dilma não escondeu durante toda campanha o seu vice-presidente Michel Temer (PMDB), diferente de Aécio que escondeu o tempo todo o seu vice, o senador paulistano Aloysio Nunes (PSDB). Fato que pode custar a Aécio a derrota, pois Aloysio foi o senador mais bem votado na história política do estado de São Paulo. Portanto, é esperar o resultado das urnas amanhã!

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