As aulas que ministrei na graduação em
gestão ambiental como professor visitante no campus da Unir em Guajará-Mirim,
além de ter sido prazerosas, também foi uma experiência que nos levou a criar
bons laços de amizades.
São muitos alunos que até hoje
mantemos contatos, travamos diálogos e vínculos de amizade saudável. Quando nos
encontramos, treinamos nossos conhecimentos adquiridos na academia através de
uma boa prosa.
Na minha última visita a
Guajará-Mirim, entre uma visita e outra, veio à pergunta direta do meu ex-aluno
Pedro Melo sobre meu posicionamento político, pois até então, ele não tinha
conseguido identificar se eu seria um político de esquerda ou de direita?
Sorri para ele e dei uma volta enorme
para lhe esclarecer sobre a minha posição política. Disse-lhe que na minha
adolescência militei na União da Juventude Socialista – UJS, um braço do PC do
B. Com a influência do meu pai e abrangência nas leituras de outros pensadores
que forjaram o mundo moderno, tive a oportunidade de conhecer o trabalhismo e
fazer militância na Juventude Socialista do PDT de Leonel Brizola.
Mas algo me incomodava muito, ainda
não era ainda essa base política que aquietava meus pensamentos e satisfazia as
minhas ideias. Por situação do grupo político ao qual eu seguia na Paraíba,
tivemos uma passagem breve pelo extinto Partido da Frente Liberal (PFL), sendo
na atualidade Democratas (DEM). Naquele ambiente tive a oportunidade de ler
publicações, análises e estudos dos mais variados temas ligado a politica e
economia.
Nesse caso, minhas inquietações continuavam
a dominar a minha mente nesse campo estéril sobre ser esquerda ou direita. Na
verdade, é como dizia a canção de Cazuza, nós precisamos de uma ideologia para
viver. Principalmente o ser político! E quando se afirma que não existem ambos
os lados, isso é uma afirmativa puramente de direita.
Pois bem, em poucas palavras e sobre a
influência de Ariano Suassuna e da minha avó Cícera que era muito religiosa,
comecei a me perguntar o que é ser direita e esquerda no Brasil? Assim, a minha
posição ideológica na atualidade, foi construída na graduação de geografia, quando
meu olhar recaiu sobra as franjas urbanas que cerca as grandes cidades. Quando penso
nos desvalidos, necessitados e injustiçados que são vistos como desgraçados
pela sociedade.
Sigo meu pensamento olhando para trás,
considerando Herodes e Pilatos como políticos de direita. Jesus e João Batista como
políticos de esquerda. Judas inicialmente era de esquerda e depois passou para
o outro lado por trinta moedas. Quanto ao criminoso Barrabás, com apoio da
direita e do povo, na primeira grande assembleia geral da história moderna,
numa eleição crucial, ganhou de Jesus a preferência popular.
Finalizo afirmando que os políticos brasileiros
na atualidade que defende a emancipação do cidadão através de uma gestão
social, do orçamento participativo, da proteção a nossa economia, do
desenvolvimento sustentável, na justiça social visando à diminuição das
desigualdades e a soberania nacional, são considerados de esquerda. Os de
direita são aqueles com uma visão social que defende uma economia sem proteção
as nossas empresas, um mercado totalmente livre, o povo lançado à própria sorte
e seus princípios políticos se baseia na eficácia, no lucro e na minimização do
estado.
Logo Pedro matou a charada e disse:
então professor Herbert, o senhor é um político de esquerda!
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