A semana vai começar e toda noite de domingo
penso, reflito, imagino e, por delivery, faço o pedido de uma pizza ou
sanduíche, estando ou não acompanhado, prefiro não fazer nada na cozinha, mesmo
gostando de cozinhar. Mesmo que o ato de ficar sozinho - solidão crônica -
possa levar a desenvolver doença cardiovascular, obesidade, ansiedade,
depressão, mal de Alzheimer, hipertensão, entre outros.
Quando estou sozinho, me obriga a parar um
pouquinho para analisar aspectos do passado para avaliar erros, acertos,
deslizes, bênçãos e vislumbrar o que está por vir. Mas quando recebo visita,
deixo a fantasia e a criatividade fluir nos diálogos, inclusive, procuro
aconselhar os mais moços, sobretudo a quem tem fome de crescer. Em muitos
diálogos, percebo moços ansiosos, tensos e um pouco perdidos nos propósitos de
vida.
No aguardo da pizza, conversa vai, conversa
vem, um moço me confidenciou que deseja seguir a carreira militar por ser
simpático ao militarismo e está estudando para atingir esse objetivo. Daí fiz
algumas perguntas e tentei aconselhá-lo, mas não consegui. Ele não possui a
habilidade de ouvir.
A maioria desses moços que não sabe ouvir
tenta convencer os outros das suas ideias e convicções, como se fossem donos da
verdade. Tais moços não querem ouvir porque têm receio de serem aconselhados a
mudar suas estratégias, sair da zona de conforto e serem tirados da posição que
sabem de tudo. Esses moços se tornam arrogantes e se distanciam do mundo real
porque só enxergam apenas a sua realidade.
Da minha parte e na minha meia-idade, já
vivenciei situações e adversidades que me permitem aconselhar alguns moços com
aptidão para ouvir. Mas para quem não sabe ouvir, eu tenho algo a dizer:
Ninguém é tão bom e autossuficiente a ponto de nunca precisar da orientação de
alguém mais experiente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário