quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Rondônia, minha grande paixão!


         O tempo passa muito rápido, se brincar, ao passar por nós, corre o risco de ficarmos para traz. A concentração não vem, permaneço no abstrato, bem longe do concreto. O meu imaginário está disperso, os dedos imóveis, olhos cansados e pensamentos longes por conta da ansiedade. Tal estado de espírito atrapalha esse aprendiz, me deixa sem inspiração, interrompe a vontade de brincar com as palavras.
         Recorrendo as linhas do tempo, as minhas recordações nesse momento se reportam aos seis anos que descobri Rondônia com seus encantos, suas belezas geomorfológicas, o esplendor da floresta, a riqueza da fauna, a opulência dos rios, a pureza das águas dos igarapés, o cheiro das várzeas, o solo generoso, a saborosa gastronomia, a heterogênea herança cultural, rica em costumes e tradições, que fazem do seu povo, como diz o nosso hino, destemidos pioneiros.
         A linha do tempo me leva ao dia 19 de dezembro de 2005, parto do Aeroporto Presidente João Suassuna, localizado na cidade de Campina Grande, mais conhecida entre nós paraibanos como a Rainha da Borborema, distante a 120 km de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba. Lá, contrariando a Lei da natureza, pois nasci e me criei em João Pessoa, não partir do Aeroporto Presidente Castro Pinto. O único parente a despedir-se de mim, foi meu sobrinho Neto Lins, que depois de cinco anos, juntou-se a mim, vindo também radicar-se em Rondônia.
         A data acima mencionada foi a que marcou o inicio de minhas férias no Estado de Rondônia, chegando a Porto Velho senti o coração bater mais forte. Depois, no dia 21 de dezembro segui para a cidade de Nova Mamoré, lugar que se tornou meu berço, adotei como a cidade do meu renascer, se tornando a minha paixão e seu povo, tem a minha eterna gratidão.
         De cara, passei a noite de Natal e a virada de Ano Novo longe da família e de amigos, nem eu mesmo sabia que um novo ciclo em minha vida iria se iniciar. Quando decidi ficar, dias antes fitei em minha mente as palavras celebres do professor Adriano D´León, que não poderia mais me prender a projetos antigos, seguir o exemplo do escrito José Saramago, este em vida, sempre foi capaz de desprender-se do que não deu certo em sua vida, recomeçar e sabiamente continuar a sua jornada.
         Seguindo sábias palavras de um bom conselheiro, busquei em Rondônia construir caminhos que me levasse à felicidade plena através de outro grande conselheiro, meu amigo que tanto respeito e admiro Paulo Roberto Matos, que me ensinou de cara, que entre ter razão e ser feliz, é melhor sermos sempre feliz. Assim, concluo as minhas homenagens a Rondônia, minha grande paixão e a Nova Mamoré, o meu eterno caso de amor. Peço perdão a muitos outros amigos e amigas, não referenciados, afinal, são tantos que fazem parte da minha nova história, que correria o risco de cometer injustiça ao deixar alguém de fora.

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