Sobre os auspícios da
orientação na nossa pesquisa de mestrado em geografia sobre a relação de poder
e o voto em Rondônia, muito tenho aprendido sobre a história política da nossa
capital Porto Velho - bem como do nosso Estado de Rondônia, com os livros e
empiricamente com análise de discurso de quem viveu nos bastidores da política,
colegas jornalistas, formadores de opinião, que passou pelo poder e quem está
no exercício do poder, sem esquecer é claro, do povo comum. Logo, depois de
dois dias afastados do nobre leitor, não poderia deixar passar em branco a
necessária reflexão mediante a primeira vaia que o governador Confúcio Moura
(PMDB) sofreu publicamente por grevistas na abertura da Rural-Show na cidade de
Ji-Paraná na quinta-feira passada (23). Logo me veio à necessidade de convidar
o nobre leitor a pensar sobre as bases de formação da nossa história política e
as ideologias do eleitor que nortearam na decisão do voto para escolha de seus
governantes no passado e no presente. Sendo assim, identificamos duas correntes
ideológicas que sempre dividiram o eleitor na hora do voto, ou seja, por ter
sido território mediante um projeto estratégico militar de resguardar as nossas
fronteiras, tivemos vários governadores biônicos representando assim, o
autoritarismo, o selvagerismo e a opressão. Na outra vertente ideológica,
tivemos os governos com base no civilismo, legalismo e republicanismo. Portanto,
é preciso avaliar bem o modo de governar de cada governante que se passaram
pelo Palácio Presidente Vargas e fazer o paralelo correto com o atual
governador Confúcio Moura (PMDB).
Autoritarismo
Da corrente
ideológica do autoritarismo temos os seguintes governadores: Coronel Jorge
Teixeira (Governador Biônico); Ângelo Angelim (último governador biônico);
Osvaldo Piana (teve a sua origem partidária no PDS, PFL e foi eleito governador
pelo nanico PTR); José de Abreu Bianco (líder dos Democratas que é originário
do PFL e PDS); Ivo Cassol (se elegeu pelo PSDB, depois se filiou no PPS e
atualmente é do PP) e por fim, João Cahúlla (filiado ao PPS e apadrinhado
politicamente do senador Ivo Cassol).
Civilismo
Da corrente
ideológica do civilismo temos os seguintes governadores: Jerônimo Santana
(PMDB), Valdir Raupp (PMDB) e atualmente, o governador Confúcio Moura (PMDB).
Vida
Engana-se o eleitor
que está votando na “pessoa”, na verdade, uma pessoa escolhe um partido para
ingressar na vida pública e ser candidato, passa pela escolha primeiramente do
partido para filiar-se, portanto, existe sim a identificação ideológica com os
princípios e a linha programática do partido.
Paralelo
Ao fazer um paralelo
dos números da política salarial dos servidores estaduais durante os oitos anos
do governo de Ivo Cassol (PP) e com os dois anos de governo Confúcio Moura
(PMDB), é gritante a disparidade existentes dos salários de um servidor
estadual e das categorias em greve nos dias de hoje com os dias negros que
viveram os servidores estaduais no passado.
Compostura
O governador Confúcio
Moura (PMDB) não perdeu a compostura de um verdadeiro civilista a exemplo de
Rui Barbosa ao discursar sobre as vaias e apitaço dos grevistas dos policiais
civis, professores e agentes penitenciários em Ji-Paraná.
Discurso
I
No seu discurso na
abertura da Rural-Show, o governador Confúcio Moura (PMDB) fez um discurso
lúcido mostrando os números dos ganhos salariais reais que teve os servidores
públicos estaduais em apenas dois anos de governo.
Discurso
II
O governador Confúcio
Moura (PMDB) ainda em seu discurso demonstrou ser um homem democrático e
republicano, pois em nenhum momento precisou chamar policiais de maricas,
agentes penitenciários de vagabundos, médicos de mercenários e comparar professores
a garrafas de pingas.
Atitude
Os líderes sindicais
tiveram como resposta as suas provocações por parte do governador Confúcio
Moura (PMDB), a postura de um governante de extrema elegância e equilíbrio ao
passar pelo meio dos manifestantes sem demonstrar nenhuma atitude de
desrespeito aos preceitos democráticos.
Pronunciamento
A assessoria de
comunicação do governo da Cooperação errou novamente ao emitir apenas uma nota
explicando os ganhos que tiverem os servidores públicos estaduais nos últimos
oito anos. Era preciso sim, um pronunciamento do governador demonstrando os
ganhos reais que tiveram os servidores estaduais.
Contra
Novamente, esse
colunista reafirma que não é contra greve e lutas por conquistas salariais, mas
o debate antecipado de querer o que não se pode ser dado com o que não se tem,
é de larga imprudência e irresponsabilidade.
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