terça-feira, 21 de maio de 2013

FALANDO SÉRIO


Para refrescar a memória dos nossos leitores, precisamos lembrar que o início do mês de maio foi marcado pela “Operação Martelo” da Polícia Federal, resultando na prisão de empresários e servidores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e apreensão de documentos do Instituto Federal de Rondônia (IFRO) que resultou na queda do Reitor Raimundo Jimenez. A referida operação ainda contou com a participação de técnicos da Controladoria Geral da União e da Receita Federal, sendo considerada uma das maiores operações já realizada no país contra a corrupção e desvio do erário público. A “Operação Martelo” desencadeada no Estado do Amazonas e pelas bandas de cá, apresentou uma estimativa de pelo menos R$ 40 milhões desviados em licitações fraudulentas, peculato, crimes contra a ordem econômica, formação de quadrilha, falsidade ideológica, falsificação de documento público, além de corrupção ativa e passiva.

Fragilidade

Conhecemos os meandros de como se deu a instalação do IFRO em Rondônia. Portanto, sabemos da fragilidade de sua transição e pior, o Campus de Colorado do Oeste não suportaria 24 horas de investigações sérias na gestão do ex-diretor ligado ao PT.

Fraude

Também é preciso investigar a execução do último concurso realizado para preenchimento de vagas pelo IFRO. Na verdade, um funcionário que pediu para não ser identificado nos revelou a existência de indícios de fraude desde a contração da empresa realizadora do concurso até a divulgação do resultado. Portanto, se precisaria anular o certame.

Superfaturamento

Esse funcionário ainda afirmou que houve superfaturamento em três vezes do valor real na compra de 10 mil camisetas destinadas aos alunos de todos os Campi do IFRO e a grande maioria dos contratos de obras e serviços, foram aditivados em 25%, inclusive, os correspondentes a edificação do IFRO - Campus de Porto Velho.

Safra

A safra de ex-prefeitos do Partido da República (PR) está saindo algemados de suas casas sobre a acusação de promover fraudes em licitações públicas visando beneficiar um esquema criminoso envolvendo políticos, agentes públicos, policiais civis, empresários, advogados, engenheiros, arquitetos etc.

Deflagraram

Na manhã de ontem (20), a Polícia Federal em Guajará-Mirim e com apoio da Controladoria Geral da União (CGU), deflagraram a “Operação 8666 e a Pau-Brasil” com a missão de cumprir 19 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão de documentos.

Prenderam

A “Operação 8666 e Pau Brasil” prenderam o ex-prefeito de Guajará-Mirim Atalíbio Pegorini (PR), além do ex-vereador Célio Targino (PP) e o ex-chefe de Gabinete da prefeitura Dércio Marques (PSB).

Presos

Nessa mesma operação ainda foram presos: o delegado de polícia civil Júlio César Árabe Gomes da Silva, o senhor Igor dos Santos Cavalcante que é assessor do deputado estadual Eurípides Lebrão (PTN), Miguel Edson Hurtado Oreyai, sendo esse último, primo por parte de mãe do ex-deputado estadual Miguel Sena (PP).

Atônita

As prisões deixaram a sociedade de Guajará-Mirim atônita mediante o envolvimento de personagens de famílias tradicionais do lugar a exemplo dos “Duram” e “Cavalcante”. Sendo os envolvidos dessa última família, ligados politicamente ao deputado Lebrão.

Envolvimento

A operação Pau-Brasil identificou também o envolvimento de alguns dos empresários envolvidos na Operação 8666 que fraudavam licitações do Instituto Nacional de Reforma Agrária – INCRA.

Conivência

Os envolvidos na operação Pau-Brasil tiveram a conivência de servidores públicos federais para fraudar licitações nas obras do Assentamento Pau-Brasil do INCRA no município de Nova Mamoré/RO.

Importância

Não podemos descartar a importância dessas operações no combate a corrupção, mas o vexame fica para os técnicos da CGU, MP e PF que prendem e depois o judiciário solta na rua os envolvidos em corrupção ativa e passiva como se nada tivesse acontecido.

Promover

Prender por prender criminoso do colarinho branco é fácil. Difícil é a classe política atual promover alterações na Lei para que de imediato se faça o bloqueio dos bens como garantia de resgate do dinheiro desviado, ou seja, cada centavo do contribuinte que no seu cotidiano paga por uma das cargas tributárias mais caras do mundo.  

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