Para refrescar a
memória dos nossos leitores, precisamos lembrar que o início do mês de maio foi
marcado pela “Operação Martelo” da Polícia Federal, resultando na prisão de
empresários e servidores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), do
Instituto Federal do Amazonas (IFAM), da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e apreensão
de documentos do Instituto Federal de Rondônia (IFRO) que resultou na queda do
Reitor Raimundo Jimenez. A referida operação ainda contou com a participação de
técnicos da Controladoria Geral da União e da Receita Federal, sendo
considerada uma das maiores operações já realizada no país contra a corrupção e
desvio do erário público. A “Operação Martelo” desencadeada no Estado do
Amazonas e pelas bandas de cá, apresentou uma estimativa de pelo menos R$ 40
milhões desviados em licitações fraudulentas, peculato, crimes contra a ordem
econômica, formação de quadrilha, falsidade ideológica, falsificação de
documento público, além de corrupção ativa e passiva.
Fragilidade
Conhecemos os
meandros de como se deu a instalação do IFRO em Rondônia. Portanto, sabemos da
fragilidade de sua transição e pior, o Campus de Colorado do Oeste não
suportaria 24 horas de investigações sérias na gestão do ex-diretor ligado ao
PT.
Fraude
Também é preciso
investigar a execução do último concurso realizado para preenchimento de vagas
pelo IFRO. Na verdade, um funcionário que pediu para não ser identificado nos
revelou a existência de indícios de fraude desde a contração da empresa realizadora
do concurso até a divulgação do resultado. Portanto, se precisaria anular o
certame.
Superfaturamento
Esse funcionário
ainda afirmou que houve superfaturamento em três vezes do valor real na compra
de 10 mil camisetas destinadas aos alunos de todos os Campi do IFRO e a grande
maioria dos contratos de obras e serviços, foram aditivados em 25%, inclusive,
os correspondentes a edificação do IFRO - Campus de Porto Velho.
Safra
A safra de
ex-prefeitos do Partido da República (PR) está saindo algemados de suas casas
sobre a acusação de promover fraudes em licitações públicas visando beneficiar
um esquema criminoso envolvendo políticos, agentes públicos, policiais civis,
empresários, advogados, engenheiros, arquitetos etc.
Deflagraram
Na manhã de ontem (20),
a Polícia Federal em Guajará-Mirim e com apoio da Controladoria Geral da União
(CGU), deflagraram a “Operação 8666 e a Pau-Brasil” com a missão de cumprir 19
mandados de prisão e 25 de busca e apreensão de documentos.
Prenderam
A “Operação 8666 e
Pau Brasil” prenderam o ex-prefeito de Guajará-Mirim Atalíbio Pegorini (PR),
além do ex-vereador Célio Targino (PP) e o ex-chefe de Gabinete da prefeitura
Dércio Marques (PSB).
Presos
Nessa mesma operação
ainda foram presos: o delegado de polícia civil Júlio César Árabe Gomes da
Silva, o senhor Igor dos Santos Cavalcante que é assessor do deputado estadual
Eurípides Lebrão (PTN), Miguel Edson Hurtado Oreyai, sendo esse último, primo
por parte de mãe do ex-deputado estadual Miguel Sena (PP).
Atônita
As prisões deixaram a
sociedade de Guajará-Mirim atônita mediante o envolvimento de personagens de
famílias tradicionais do lugar a exemplo dos “Duram” e “Cavalcante”. Sendo os
envolvidos dessa última família, ligados politicamente ao deputado Lebrão.
Envolvimento
A operação Pau-Brasil
identificou também o envolvimento de alguns dos empresários envolvidos na
Operação 8666 que fraudavam licitações do Instituto Nacional de Reforma Agrária
– INCRA.
Conivência
Os envolvidos na
operação Pau-Brasil tiveram a conivência de servidores públicos federais para
fraudar licitações nas obras do Assentamento Pau-Brasil do INCRA no município
de Nova Mamoré/RO.
Importância
Não podemos descartar
a importância dessas operações no combate a corrupção, mas o vexame fica para
os técnicos da CGU, MP e PF que prendem e depois o judiciário solta na rua os
envolvidos em corrupção ativa e passiva como se nada tivesse acontecido.
Promover
Prender por prender criminoso
do colarinho branco é fácil. Difícil é a classe política atual promover alterações
na Lei para que de imediato se faça o bloqueio dos bens como garantia de
resgate do dinheiro desviado, ou seja, cada centavo do contribuinte que no seu
cotidiano paga por uma das cargas tributárias mais caras do mundo.
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