terça-feira, 30 de agosto de 2011

Coração e Mente, minhas primeiras interpretações!
(Parte IV)

            Terminou a aula, continuava a pensar pelos corredores da faculdade sobre o sentimento que nos leva a lona como um boxeador que vai a nocaute. Fiquei divagando em pensamentos durante todo o caminho que levava até a estrada para pegar o ônibus de volta a João Pessoa, afinal, era 120 km a distância de Guarabira até a capital paraibana.
            Minha mente tentava construir um breve histórico da relação, para localizar os fatos que levaram a esfriar e terminar um relacionamento de amor, que poderia ter se tornado duradouro, com muito carinho, cheio de afetividade e com bases para construir um futuro sólido para ambos.
            Refleti sobre ela, se realmente cada um correspondia ao que ambos desejavam no relacionamento a dois. Fiquei toda a viagem de volta fazendo perguntas a minha mente e tentando responder sem disfarce, se os dois valorizavam o sentimento que um demonstrava pelo outro, com os modos de ser e de agir. Precisava de uma resposta verdadeira quanto a esse relacionamento a dois, se estaria sendo satisfatório aos dois ou apenas para um lado. Se a reconciliação poderia ser construída ou se ficaria esperando uma atitude da parte dela para que adivinhasse meus anseios.
            Todos sabem que o amor esta dentro de nós, em nossa cabeça e refletido em nosso coração. Ninguém, mais ninguém pode avaliar o que nós sentimos, a não ser nós mesmos. Temos que ir até as últimas conseqüências se realmente vale à pena buscar o caminho da felicidade desejada ao lado desse amor. Mais se não for merecedor desse sentimento maior, bem como da grandeza de tentar fazer o outro feliz, então devemos escolher outro caminho e destinar esse amor para quem realmente merece verdadeiramente a nossa dedicação.
            No começo é difícil você esquecer alguém que você tanto ama, é preciso preencher a mente, ou seja, sair com amigos, ler livros, estudar, cair na balada, conhecer novas pessoas, construir um novo ciclo de amizades e cuidar de si próprio. Sabendo que é preciso deixar o tempo passar e tentar apagar as lembranças de tudo aquilo que esteja a sua volta, que possa ou venha provocar alguma lembrança desse amor perdido.
            O remédio único para esse sentimento de perca é o tempo, pois vai chegar uma hora que não tem mais jeito, não vale à pena e não adianta insistir, pois o mundo não vai parar só porque desejamos esquecer alguém. Não devemos parar as nossas vidas e sempre vamos terminar nos arrependendo do tempo perdido.

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