terça-feira, 28 de maio de 2013

FALANDO SÉRIO

Sobre os auspícios da orientação na nossa pesquisa de mestrado em geografia sobre a relação de poder e o voto em Rondônia, muito tenho aprendido sobre a história política da nossa capital Porto Velho - bem como do nosso Estado de Rondônia, com os livros e empiricamente com análise de discurso de quem viveu nos bastidores da política, colegas jornalistas, formadores de opinião, que passou pelo poder e quem está no exercício do poder, sem esquecer é claro, do povo comum. Logo, depois de dois dias afastados do nobre leitor, não poderia deixar passar em branco a necessária reflexão mediante a primeira vaia que o governador Confúcio Moura (PMDB) sofreu publicamente por grevistas na abertura da Rural-Show na cidade de Ji-Paraná na quinta-feira passada (23). Logo me veio à necessidade de convidar o nobre leitor a pensar sobre as bases de formação da nossa história política e as ideologias do eleitor que nortearam na decisão do voto para escolha de seus governantes no passado e no presente. Sendo assim, identificamos duas correntes ideológicas que sempre dividiram o eleitor na hora do voto, ou seja, por ter sido território mediante um projeto estratégico militar de resguardar as nossas fronteiras, tivemos vários governadores biônicos representando assim, o autoritarismo, o selvagerismo e a opressão. Na outra vertente ideológica, tivemos os governos com base no civilismo, legalismo e republicanismo. Portanto, é preciso avaliar bem o modo de governar de cada governante que se passaram pelo Palácio Presidente Vargas e fazer o paralelo correto com o atual governador Confúcio Moura (PMDB).

Autoritarismo

Da corrente ideológica do autoritarismo temos os seguintes governadores: Coronel Jorge Teixeira (Governador Biônico); Ângelo Angelim (último governador biônico); Osvaldo Piana (teve a sua origem partidária no PDS, PFL e foi eleito governador pelo nanico PTR); José de Abreu Bianco (líder dos Democratas que é originário do PFL e PDS); Ivo Cassol (se elegeu pelo PSDB, depois se filiou no PPS e atualmente é do PP) e por fim, João Cahúlla (filiado ao PPS e apadrinhado politicamente do senador Ivo Cassol).

Civilismo

Da corrente ideológica do civilismo temos os seguintes governadores: Jerônimo Santana (PMDB), Valdir Raupp (PMDB) e atualmente, o governador Confúcio Moura (PMDB).

Vida

Engana-se o eleitor que está votando na “pessoa”, na verdade, uma pessoa escolhe um partido para ingressar na vida pública e ser candidato, passa pela escolha primeiramente do partido para filiar-se, portanto, existe sim a identificação ideológica com os princípios e a linha programática do partido.

Paralelo

Ao fazer um paralelo dos números da política salarial dos servidores estaduais durante os oitos anos do governo de Ivo Cassol (PP) e com os dois anos de governo Confúcio Moura (PMDB), é gritante a disparidade existentes dos salários de um servidor estadual e das categorias em greve nos dias de hoje com os dias negros que viveram os servidores estaduais no passado.

Compostura

O governador Confúcio Moura (PMDB) não perdeu a compostura de um verdadeiro civilista a exemplo de Rui Barbosa ao discursar sobre as vaias e apitaço dos grevistas dos policiais civis, professores e agentes penitenciários em Ji-Paraná.

Discurso I

No seu discurso na abertura da Rural-Show, o governador Confúcio Moura (PMDB) fez um discurso lúcido mostrando os números dos ganhos salariais reais que teve os servidores públicos estaduais em apenas dois anos de governo.

Discurso II

O governador Confúcio Moura (PMDB) ainda em seu discurso demonstrou ser um homem democrático e republicano, pois em nenhum momento precisou chamar policiais de maricas, agentes penitenciários de vagabundos, médicos de mercenários e comparar professores a garrafas de pingas.

Atitude

Os líderes sindicais tiveram como resposta as suas provocações por parte do governador Confúcio Moura (PMDB), a postura de um governante de extrema elegância e equilíbrio ao passar pelo meio dos manifestantes sem demonstrar nenhuma atitude de desrespeito aos preceitos democráticos.

Pronunciamento

A assessoria de comunicação do governo da Cooperação errou novamente ao emitir apenas uma nota explicando os ganhos que tiverem os servidores públicos estaduais nos últimos oito anos. Era preciso sim, um pronunciamento do governador demonstrando os ganhos reais que tiveram os servidores estaduais.

Contra


Novamente, esse colunista reafirma que não é contra greve e lutas por conquistas salariais, mas o debate antecipado de querer o que não se pode ser dado com o que não se tem, é de larga imprudência e irresponsabilidade.

Nenhum comentário: