segunda-feira, 8 de agosto de 2011

 Vencendo o medo
            O que mais aflige a gestão pública na atualidade são as áreas de educação, saúde e segurança pública. Qualquer governante seja ele do menor município a uma grande cidade, vai encontrar como grande gargalo de suas administrações as áreas inicialmente citadas.
            Sabemos que a população quando elege um governante é porque acredita nas promessas de campanha no período eleitoral. Mas quando eleito, que toma posse, senta na cadeira, colocar as mãos sobre a mesa e passa a usar a caneta, ele se torna o verdadeiro protagonista do cenário que se desenhou num passado próximo.
            Muitos esquecem do personagem assumido na campanha eleitoral, justifica suas primeiras ações por estarem trabalhando dentro de um orçamento planejado anteriormente ou recuam por esbarrar na Lei, por falta de orçamento e muitas das vezes por se deixar aconselhar por uma assessoria medíocre.
            Um político hábil tem que saber escutar, refletir e buscar o êxito de suas ações a partir de uma negociação consensual, com um dialogo verdadeiro, sem arrogância ou tentativa de manipulação de informações.
            Nós sabemos que investir em áreas sociais, os resultados são diferentes das grandes obras faraônicas, pois os resultados em programas sociais para educar, profissionalizar, gerar oportunidades de emprego e renda ou mesmo de reformas sociais profundas, o sucesso é perceptível em longo prazo, diferente das obras faraônicas que logo aparece aos olhos de quem às enxergas ao vivenciá-las ou utilizá-las em seu cotidiano.
            Muitos políticos acham que é mais prudente deixar as decisões para os próximos governantes, esses políticos são de visão imediatista, passam rápido na vida da população e não faz história. Pois os mesmos tomam decisões pensando evitar pagar o preço do possível desgaste. Para eles, a tentativa de preservar o personagem político dos palcos maquiados de mentiras, em contrariar o interesse público, através de jogos de cena, se utilizando dos recursos comuns da falácia sem produzir resultado algum e de concreto para a sociedade, domina o cenário político atual.
            A população precisa vencer o medo de ousar, precisar depositar a sua esperança no novo. Buscar a informação precisa, saber opinar sobre quem realmente pode promover os primeiros passos de uma grande mudança, ou seja, de profundas reformas sociais, comprometidas em marcos legais e construir um cenário de condições para que as tais reformas de base mais profundas comecem acontecer.

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