Fiquei matutando uma abordagem sobre a Economia Local, postada pelo Governador Confúcio Moura no seu Blog (04/11). Por sinal, uma pequena reflexão sucinta, mais muito bem escrita e oportuna sobre relevante tema. No entanto, sinto que os nossos empreendedores e fomentadores do desenvolvimento local estão fora do eixo de discussão. Estes poderiam se unir e começar a repensar um novo modelo para a cadeia produtiva do nosso Estado, ou seja, a criação de novas possibilidades de investimentos, fazendo com que o Estado conquiste novos espaços econômicos, num mercado competitivo e globalizado.
Para completar minha reflexão desde a leitura do tema em questão, tal assunto não me saiu da cabeça. A minha memória aflorou quando estive numa banca de revista, estava exposta uma revista que em sua matéria de capa dizia que nossos empresários tem medo de empreender novos investimentos, não são ousados e ficam sempre na mesmice.
Assim, veio a minha memória instantaneamente, um trabalho de pesquisa da cadeira de Economia Política quando ainda cursava a graduação em Geografia. O tema desse trabalho era sobre a trajetória do grande empreendedor Delmiro Gouveia, que se tornou símbolo da indústria do Estado de Pernambuco e que também teve algumas incursões no Estado de Alagoas.
A história de ousadia e empreendedorismo de Delmiro Goveia ao final do século XIX e nas duas primeiras décadas do século XX, fez do homem um mito até os dias atuais. Este se antecipou ao seu tempo, transformou o sistema produtivo local, trouxe novas indústrias, transformou o espaço urbano e possibilitou com suas idéias, a modernização de toda a cadeia produtiva nordestina a partir de inovações, do emprego de novas técnicas na agricultura e na produção industrial local.
Entretanto, a partir do exemplo visionário, do espírito inovador e da capacidade de enxergar tendências, como bem aborda o professor Davi Roberto Bandeira da Silva em seu livro: Ousadia no Nordeste: a saga empreendedora de Delmiro Gouveia, livro este que recomendo a leitura. Entretanto, é preciso que os órgãos de fomento ao desenvolvimento sócio-econômico, tanto a nível municipal, quanto estadual, desse um passo inicial, ou seja, promover feiras de negócios, fóruns econômicos, seminários das potencialidades econômicas do Estado, e por fim, é mais do que claro, atrair investidores como participantes de tais eventos, para que estes possam divulgar o que de melhor tem o nosso Estado de Rondônia.
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