quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A marcha pela nova República


            Todos nós sabemos que o dia 15 de novembro é reservado no calendário brasileiro como o dia da proclamação da República. Essa data marca um período de transição entre a monarquia frágil e dependente da metrópole portuguesa, esta que se encontrava em decadência no cenário geopolítico da Europa devido ao seu empobrecimento.
            Os tempos se passaram e a nossa República brasileira já contracenou em muitos cenários diferentes. Tivemos no palco central das discussões a elite burguesa nacional num primeiro momento, depois vieram os militares, manifestou-se a classe média e agora, como pano de fundo, o povo que se agonia, por estarem sendo esmagado e perplexo com a corrupção enraizada em todas as esferas das intuições públicas. Esses estão tentando indignar-se com o desgaste ético e moral que vive a República.
            Mais um feriado do nosso calendário foi marcado por protestos contra corrupção, a mobilização veio das redes sociais. O movimento se reuniu, foram as ruas pedindo o fim da corrupção e quem sabe, a “reproclamação” da nossa República ou uma revolução cultural de verdade? É preciso sim, tentar criar um ambiente, uma atmosfera favorável ao resgate dos valores éticos e morais da nossa sociedade, valorizando o Ser Humano, ou seja, o nosso principal capital social tem que passar por uma profunda transformação cultural.
            O Brasil passa por um período de consolidação da democracia. A nossa economia produtiva fez do nosso país uma potência regional, mais o principal foi esquecido, a emancipação econômica, social e cultural do nosso povo. É preciso ter coragem, para assumir responsabilidades, enfrentar o desgaste da teia social, que antes, apenas atingia a classe política. Mais na atualidade, lamentavelmente se constata o enraizamento nas esferas dos três poderes.
            É preciso lembrar que quando se proclamou a República e depois a transformou em Nova República, sempre se buscou o fortalecimento dos três poderes, ou seja, do poder Executivo, Legislativo e Judiciário. Tais poderes continuam frágeis, tanto no Brasil, como nos países em vias de desenvolvimento ou que ainda vivem em letargia econômica. As mudanças verdadeiras só vão acontecer, quando se emancipar o povo, promover o acesso ao conhecimento e garantir a liberdade econômica.

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