terça-feira, 15 de novembro de 2011

A flexibilização do ensino médio


           Não é fácil pensar soluções em curto prazo para sanar os problemas da educação brasileira, principalmente quando se leva em conta a dimensão do nosso território, a quantidade de municípios e o crescimento populacional nas últimas décadas. O Brasil já deu um grande salto quando universalizou o ensino fundamental e elevou para nove anos a permanência do aluno em sala de aula na educação básica, uma forma de reforçar a aprendizagem, apesar de toda a deficiência ainda existente e os baixos índices de desempenho individual de cada aluno.
            O problema maior surge no ensino médio, pois segundos dados do próprio Ministério da Educação, só a metade dos alunos matriculados consegue o diploma de conclusão de curso. São números preocupantes para uma geração, que dela será exigida a profissionalização e qualificação da sua mão-obra, para então, se inserir no mercado de trabalho que cada vez mais, se torna mais competitivo.
            É preciso repensar os componentes curriculares do ensino médio, afinal, são mais de 10 disciplinas que o aluno tem que dar conta na sala de aula, ou seja, a generalização tomou conta dessa fase de estudo. Um obstáculo para jovens que estão numa faixa etária de idade de 15 a 18 anos e a grande maioria já pensa a carreira profissional que pretende buscar. Assim, é preciso valorizar a decisão individual do interesse afim do aluno, buscar a construção da flexibilização do ensino médio, não que seja preciso voltar ao ensino clássico, mais que traga mudanças que facilitem e oportunize a chegada desse aluno ao mercado de trabalho como um especialista.
            A possível mudança pode trazer resultados positivos para diminuir a evasão escolar, bem como a retenção ou dependência. Tal mudança no componente curricular poderia reforçar o estudo de português, da matemática e os fundamentos das ciências naturais. Quanto às demais matérias, seriam preenchidas de acordo com a escolha individual do aluno, ou seja, estudar as disciplinas afins que a sua profissão escolhida requer, ou seja, quem deseja ser Bacharel em Direito, estudaria em sua grade, as disciplinas de filosofia, sociologia, história e geografia, além é claro, da língua inglesa e hispânica, esta última por conta da integração econômica regional, ou seja, previsto pelo MERCOSUL.
            E por fim, também é preciso investir mais na educação, garantir a formação continuada do professor, bem como a sua valorização profissional. É preciso fazer muito mais pela educação, democratizar o ensino de verdade, ser vigilante com os recursos destinados, está atento a sua boa aplicação, pois um país rico, só se torna rico, quando se tem um povo forte em conhecimento, ou seja, o maior capital social é construindo e alicerçado no saber, na confiança, no respeito e na solidariedade.

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