quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A dor de uma família quando perde um filho

A Saída de  George Grie, 2007.

           O fim do mês de outubro foi marcado por uma notícia desagradável, tanto para mim que estou radicado em Rondônia, bem como a todos os membros da Família Lins que estão na Paraíba ou espalhados pelo mundo. Notícia que nos levou a uma profunda tristeza, nos silenciando, nos reduzindo a momentos de reflexão sobre a vida, nos levando a uma percepção que não devemos enxergar a morte como ponto final, mais sim, como ponto e vírgula ou ponto de partida.
            O memento nos reserva a estender as nossas mãos como gesto nobre de solidariedade a dor que sente um pai, uma mãe e irmãos ao perder um membro da família de forma tão trágica. Mais nesse momento, os que convivem próximo ou longe em distância, devemos elevar o nosso espírito em oração para confortar a dor de Suely Lins Galdino e Ivan Pitta, pela partida tão rápida de Ivanzinho.
            Em curtas palavras tento ser compreendido por uma reflexão a qual devemos submeter os nossos pensamentos sobre a morte, procurando respostas, tentando entender porque alguém tira a sua própria vida. Assim, devemos entender o seu último desejo, que talvez tenha sido ver a morte não como ponto e vírgula ou como ponto final, mais sim, como ponto de partida para uma nova experiência, respeitando a sua escolha pessoal de interromper a sua jornada, para se transpassar a outra vida, motivado pela busca de respostas ou por um novo começo.
            Nesse momento me apego a valores cristãos para conforta a dor de uma família com poucas palavras, pois a nossa passagem pela vida é como um sopro de uma criança, algo perene e de enorme sensibilidade, pois cada momento é vida e cada instante compartilhado quando estamos juntos, é sentimento. Sendo assim, cada dia que se passa é um dia a menos com quem amamos. Por isso, é de grande importância se pegar na mão e sair a passear, contemplar a natureza, brincar, se perguntar, encontrar respostas, trocar carinhos, afagos, palavras de incentivo, um olhar de admiração, um colo, um abraço e um beijo de vitória.
            Concluo a minha mensagen a Suely, a Pitta e aos meus primos, que quando li o poema abaixo deixando por Ivanzinho em seu mural na rede social Facebook, passei a refletir pronfundamente. Assim, entendo que o vazio em seus corações por conta da sua partida precocemente, deve ser preenchido pelas boas lembranças, pelos bons momentos vividos juntos, substituindo as recordações fúnebres doloridas e as lágrimas de tristeza que correm nos rostos, pela alegria que Ivanzinho transmitia em vida com seu sorriso puro. Pois não devemos pensar que ele não sabe o que esta acontecendo. Nesse momento, ele deve estar desejando que todos nós se preparemo-nos também para a vida pós morte, para quando chegar a nossa hora, para também sejamos feliz como ele esta sendo ao lado do nosso Pai maior.

As palavras sinceras não são belas.
As palavras belas não são sinceras.
Os homens bons não discutem.
Os que discutem não são bons.
Os sabios não são eruditos.
... Os eruditos não são sábios.
O Sábio não monopoliza.
Quanto mais vive para outros, mais plena é sua vida.
Quanto mais dá, mais abundância recebe.
O caminho do Céu é beneficiar, não prejudicar.
O Caminho do Sábio é cumprir com seu dever,
e não lutar contra ninguém.

Lao Tse

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