domingo, 8 de janeiro de 2012

Porto Velho, aqui reside à esperança dos haitianos


          Após uma sangrenta guerra civil, em janeiro de 2010, a terra tremeu por apenas 30 segundos no Haiti. Esses segundos foram suficientes para destruir 70% de Porto Príncipe, a capital do país. Esse terremoto já era previsto pelos geólogos e, ainda é provável, que nos próximos cem anos, novos tremores de terra venham acontecer sucessivas vezes como aconteceram no século XVIII.
         O terremoto que sacudiu o Haiti chegou ao uma magnitude 7 na escala Richter, levando a destruição de prédios, escolas, casas, pontes, hospitais, falta de água, falta de energia, saques foram praticados etc. Provocando a morte de 150 mil civis, agravando ainda mais a situação de miséria no Haiti, país considerado como o mais pobre da América Latina.
         O território haitiano repousa sobre a fronteira de duas placas tectônicas, ou seja, as Placas Norte-Americana e do Caribe. A cada ano as duas se distanciam 2 centímetros uma da outra. Por conta desse movimento tectônico, o país no passado já viveu grandes terremotos, ou seja, nos anos de 1751, 1761, 1770 e depois veio à calmaria, até este último terremoto avassalador.
         O epicentro do terremoto estava apenas 15 quilômetros da zona central de Porto Príncipe, capital que tem mais de 3 milhões de habitantes. As edificações não estavam preparadas e nem possuía um plano de emergência para suportar a imensa tragédia ocasionada por esse último terremoto. Diante de tanta tragédia para este pequeno país, muitos decidiram se refugiar no Brasil, a porta de entrada está sendo pelas fronteiras do Peru, Bolívia e com o nosso vizinho Estado do Acre.
         Mais a questão maior que vem muito preocupando analistas e estudiosos sobre a entrada desses novos estrangeiros no país, seria a necessidade de se construir uma barreira sanitária. Pois se sabe, que esses refugiados estão fugindo do maior surto de cólera já ocorrido naquela região, ou seja, segundo informações da Organização Pan-America de Saúde, só no Haiti, 7 mil morreram com cólera e cerca de 520 mil foram infectados pela doença, a epidemia é tão grande que são registrados 200 novos casos de doenças por dia no Haiti e o surto já atingiu a Republica Dominicana, que registrou 363 mortos e 21 mil casos de contaminação.
         Os primeiros refugiados haitianos a chegar à capital rondoniense foram no mês de março de 2011, num grupo de pouco mais de 100 pessoas que ficaram instalados no ginásio de esporte Claudio Coutinho, onde receberam atenção da prefeitura da capital e do governo do Estado. No momento atual, muitos haitianos são vistos pelas ruas de Porto Velho em buscam de emprego.
         Os haitianos possuem habilidades especificas profissionalização e experiência de trabalho, nesse caso, existem informações que já existe casos que alguns desses refugiados estariam sendo usado para trabalho escravo. Informações que chegam, ainda dão conta que a uma grande demanda de haitianos estão para chegar a nossa capital num ritmo intenso. Pois o Estado do Acre, o Peru e a Bolívia não estão aceitando a presença de tais imigrantes em seus territórios, repassando para nós rondonienses, a missão dessa acolhida a esse povo marcado por tragédias. Mais a grande pergunta é sobre a questão sanitária, devido aos surtos de cólera naquele país. Assim, será que corremos riscos de contaminação, de viver uma epidemia?

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