sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Garçonagem


            Tive a oportunidade de conhecer o deputado federal Lindomar Garçon no ano de 2007, bem as vésperas de fechar as nominatas de vereadores para as eleições de 2008. Em política, é natural um processo de aproximação entre dirigentes partidários com outros dirigentes ou lideranças políticas.
            Convivi pouco com o nobre cidadão, mais o suficiente para fazer uma leitura do homem público que se tornou no cenário regional. Esse tinha uma carreira promissora, pois começou como vereador, depois se tornou prefeito, foi reeleito, ocupou cargo de confiança no governo Cassol I e depois foi eleito e reeleito deputado federal.
            Com toda essa experiência política acumulada e com o desastre eleitoral na disputa a prefeitura de Porto Velho nas eleições de 2008, numa coligação com mais de 10 partidos, que tinha mais de 100 candidatos a vereadores e contava com o apoio oficial do Governador Ivo Cassol, esse se esqueceu de não infringir a “Regra de Ouro” em política ou na vida pessoal.
            Assim, muitos me diziam que o deputado Lindomar Garçon (PV) tem um comportamento na vida pública de não cumprir o que trata, deixando pelo caminho os companheiros de boa fé que tanto lhe ajudaram e mesmo com tanta informação, lhe dei várias oportunidades de redimir-se, mas o mesmo sempre praticou suas “garçonagens”.
            No entanto, essa manobra do 3º secretário da Mesa Diretora da Câmara Federal, Inocêncio Oliveira (PR-PE) em decidir apoiar o deputado federal Lindomar Garçon (PV-RO), por considerar injusta a decisão que mandou empossar o suplente Marcos Rogério (PDT), devido à recontagem de votos em razão de um recurso envolvendo a Lei da Ficha Limpa e criando possivelmente uma crise entre a Câmara dos Deputados e o Supremo Tribunal Federal (STF), além é claro, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
            Para quem ler, entenda o caso segundo a declaração do deputado Inocêncio quando “disse que ainda há recurso pendente de julgamento e só esse fato já é suficiente para que a Câmara aguarde mais um tempo. Mesmo assim disse que conversaria com os demais líderes sobre a decisão do TRE de Rondônia que impediu a recontagem de votos de Daniela Amorim (PTB), que teve a candidatura cassada pela Lei da Ficha Limpa”. Entretanto, mesmo com a decisão posterior do STF definindo que a nova Lei não teria validade para as eleições de 2.010, o TRE entendeu que não deveria rever sua decisão.

Nenhum comentário: