sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Europa: a receita do fracasso!



         A crise financeira na zona do Euro abalou a economia de todo continente europeu e criou uma insegurança diante da maior crise econômica já enfrentada desde a criação do bloco econômico, intitulando-se União Européia.
         A receita do fracasso foi anunciada por muitos analistas econômicos, afinal, não é de hoje que se conhecem os fatores de uma crise econômica enfrentada por um país, nesse caso são vários, ou seja, Espanha, Portugal e Grécia. Estes gastaram mais do que arrecadaram e tiveram que recorrer a empréstimos com juros altíssimos, até o ponto que não conseguiram nem mesmo pagar os juros, situação vivida pelos países da América Latina na década de 1990.
         Quando em 2008 houve o estouro da bolha imobiliária nos EUA, sabe-se que respingou no mundo inteiro, levando os países europeus a pedir ajuda bilionária através de empréstimos a juros altos aos organismos financeiros internacionais, esquecendo de mater a tal arrecadação que tanto falam os tributaristas, bem como os economistas. Também esqueceram da desvalorização da moeda, de frear os constantes aumentos de salário do funcionalismo público, da manutenção da austeridade fiscal, do controle da evasão de impostos e que sempre apresenta queda de receita, e por fim, os gastos públicos se mantiveram em alta.
         O país mais prejudicado é a Grécia, pois a população a meses estão nas ruas promovendo protestos violentos contra o plano de austeridade fiscal que prevê congelamento de salário dos funcionários públicos, redução das garantias sociais, arrocho fiscal e demissões, fatos bem conhecido dos povos latino-americanos que vivenciaram situação semelhante num passado bem próximo.
         A Alemanha representa na atualidade a economia mais sólida do Bloco Econômico Europeu e o governo alemão enfrenta grande pressão popular para que esse país não ajude os países vizinhos mergulhados numa profunda criese econômica, por esses não aceitar o arrocho fiscal. É a partir do Tratado de Maastrich em 1992 instituindo a zona do euro com bases desde a conhecida Comunidade do Carvão e do Aço, fundada em 1951, poderá fragmentar as bases político-econômicas que deu origem a União Européia. Fatores esses que fizeram muitos países atingirem níveis elevados na contração de dividas, bem como o aumento do déficit público, tornando-se economias menos competitivas porque os governos desses países gastaram mais do que arrecadaram, diminuído assim, a capacidade de investimento e produção.
         Por esses fatores e outros, os países europeus em crise poderão adotar o calote de suas dividas externas a exemplo do Brasil e Argentina no passado, colocando a sua rede bancária em situação vulnerável no cenário econômico internacional, forçando a reduzir a oferta de empréstimos e com a falta de crédito, se teria a redução do consumo, agravando ainda mais a crise, favorecendo o surgimento de uma crise econômica com dimensões globais, sem que ninguém consiga enxergar um cenário positivo de manutenção da estabilidade econômica entre os diversos países.
         Com esse cenário construído no continente europeu, pode-se ressurgir no velho continente, um menino de pai ausente, com um discurso agradável e o desejo de ser o queridinho e amado pelo povo que se encontra confuso por esta vivendo um caos financeiro, por tanto, alguém bem parecido com os personagens que levaram o mundo a uma Segunda Guerra Mundial, estes com discursos nacionalistas e fascistas, poderão ressurgir com novos figurinos, devido a impotência dos atuais dirigentes europeus das principais economias, que estão sem demonstrar sinais positivos diante do assombroso dilema de proporcionar ou não proporcionar ajuda financeira aos países que estão precisando do resgate de sua econômica, ou seja, ações imediatas por parte dos primos ricos da zona do euro em ajudar os primos que de repente ficaram pobres.

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