domingo, 19 de junho de 2011

Memorial JK, minhas impressões!

"Deixemos entregues ao esquecimento e ao juízo da história,
os que não compreenderam e não amaram esta obra"

Em meados da década de 1990 residi em Brasília e sempre ao passar de ônibus ao lado do Memorial JK, ficava o desejo de fazer uma visita a tal Museu. Mas acredito que tenha sido a falta de tempo ou mesmo de ajuste de horário, afinal, quantas vezes retornei a Brasília e não me proporcionei tal prazer em descobrir uma obra tão magnífica aos nossos sentimentos de brasilidade.


Depois de muito tempo, me determinei a conhecer o Memorial JK que fica localizado no eixo monumental da nossa capital federal. Na verdade é um Museu que conta a história de vida pessoal e política do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek e do seu maior desafio, construir a nossa capital federal em pleno cerrado brasileiro.


A obra de arte leva a assinatura do arquiteto Oscar Niemeyer que era amigo do ex-presidente JK. Percorrendo suas galerias fiquei impressionado com a exposição das fotos, dos objetos pessoais, das roupas e de vários outros pertences do ex-presidente JK e sua família. Fiquei encantando com a sua biblioteca pessoal e os mais de três mil livros expostos, os títulos que me chamaram atenção foram: Território Humano que foi escrito por José Vieira; Fronteiras da Criação de J. Guilherme de Aragão; Gente de Seringais de Álvaro Maia e todos os títulos escritos por Josué de Castro e Eça de Queiroz.


Mas minhas impressões se voltaram para a Câmara Mortuária, onde estão depositados os restos mortais de JK. No teto tem um vitral que foi desenhado pela artista Marianne Peretti, uma obra verdadeiramente artística e de rara beleza que fascina aos nossos olhos, coração e mente. Todo o conjunto arquitetônico é belíssimo tanto nas dependências internas como na área externa.


No ambiente externo podemos contemplar o automóvel de uso pessoal do ex-presidente JK, ou seja, um modelo Galixe da marca Ford em perfeito estado de conservação. Ainda podemos admirar obras artísticas projetadas por Athos Bulcão e uma escultura de 4,5 metros de autoria de Honório Peçanha que retrata o ex-presidente em pé e com a mão direita estendida em gesto de aceno, hábito de saudação que sempre fazia para o povo. A obra foi objeto de duras críticas de setores reacionários, que viam no monumento a foice e o martelo como referência a um dos símbolos do comunismo, ideologia do arquiteto Oscar Niemeyer.


Estudiosos revelam que a construção de Brasília foi uma estratégia para afastar a capital federal dos grandes centros urbanos e das possíveis revoltas populares das grandes massas. Para finalizar a minha visita ao local, comprei na saída um prato que tem a figura do Memorial JK, mais um exemplar para minha coleção dos lugares por mim visitado.

Brasília, 19∕06∕2011.
Créditos das fotos: palavrasdearlete.blogspot.com

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