terça-feira, 1 de janeiro de 2013

SUPEL, um entrave sem fim!


O governo de Rondônia pensando por fim na burocracia nas compras governamentais, preferiu criar um único órgão, surgindo então a Superintendência de Licitação do Estado (SUPEL) para suprir toda demanda de licitação de compras e serviços para o Estado, mas pelo visto, mesmo tendo como gestor maior um servidor do Tribunal de Contas do Estado (TCE) atualmente, diga-se de passagem, deveria ter conhecimento suficiente para dar exemplo na formulação de processos, termos de referência ou projetos básicos, muito pelo contrário, a maioria dos processos preliminarmente encaminhados ao Tribunal de Contas, sempre apresenta inconsistência técnica e falhas primárias que não deveria passar a despercebido.
Observa-se também que o próprio Tribunal de Contas recomenda que os órgãos públicos utilizem o pregão eletrônico, a nosso ver, completamente prejudicial para a economia do nosso Estado, pois a maioria dos vencedores das licitações são empresas que transpassa nossas fronteiras territoriais, localizadas em outras realidades fiscais, que na hora da venda, não leva em conta o custo do frete, e assim, os nossos recursos que já não são muitos, vão embora da nossa economia local. São por esse motivo que não circula dinheiro na cidade, não se contrata mão de obra local e o comércio quando num quebra, enfraquece!
Outro entrave é o balizamento, cotação prévia feita pela SUPEL, comportamento completamente errado. O ideal é que o órgão requisitante fizesse seu próprio balizamento, pois é ele que detém o orçamento, e caso a SUPEL licite por um preço maior do que o balizado, que este não homologue a compra. Temos mais é de ser simples e eficiente, buscando atender os princípios fundamentais da administração pública.
Portanto, esses fatores que emperram as compras governamentais por parte do Estado de Rondônia e, a possibilidade de fortalecer a nossa economia local, não vem acontecendo por não se adotar medidas protetivas e fiscais como adotou o vizinho Estado do Acre, motivado pela geração de emprego e renda e o fortalecimento da sua cadeia produtiva local, se fazendo de exemplo para nós, a final, temos uma economia muito mais competitiva e favorável estrategicamente por conta da nossa localização geográfica, recursos extrativistas, alta capacidade de produção energética, forte cadeia produtiva agrícola e pesqueira.
Na atualidade, o comportamento adotado pela SUPEL nas modalidades de compras, faz do nosso Estado refém de quem compra e não entrega, prejudicando assim, a nossa economia local, pois investidores e industriais estão preferindo Estados da Região Centro-Oeste e até mesmo o Acre já mencionado, ou seja, por desmotivação total com Rondônia, logo o nosso Estado portal da Amazônia e da real integração econômica sul-americana do Brasil com os países Andinos.
Por sua vez, temos aqui a Lei de licitações (8.666/03) que em suas várias modalidades, pode a SUPEL utilizar a mais adequada para o momento, pois quem paga a conta de todos os poderes é o Estado, na verdade, o Executivo. Portanto, os órgãos fiscalizadores que façam posteriormente a fiscalização devida e se necessário for, que se aplique a punição prevista em Lei se erro houver dos responsáveis.
Mas nesse momento de crise estabelecida pela falta de vontade política dos órgãos fiscalizadores, principalmente o Tribunal de Contas do Estado (TCE), faz do nosso maior fomentador da economia local refém da fuga de divisas como explicado acima, só restando então uma frase: “deixe o governo fora desse entrave burocrático sem necessidade”. Pois, a proteção do nosso comércio local, tem de partir dele mesmo e das autoridades competentes, como se faz no estado vizinho do ACRE, vende a quem está estabelecido lá, isso sim, é defesa fiscal, é proteção a quem gera emprego e renda e a população local.
Então, para todas essas falhas que estão acontecendo desde o inicio do governo atual, se pergunta quem é o grande responsável por este entrave? Será incapacidade de gestão do técnico maior? Será uma ação combinada visando emperrar as ações de governo? Será uma estratégia de forças ocultas desejando jogar o empresariado local contra o governante maior? Será uma recomendação de algum conselheiro querendo prejudicar as ações do governo atual? O que realmente esta por trás dessa cortina de fogo que leva a todos os empresários locais a reclamar da SUPEL?

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