O processo eleitoral em âmbito municipal
para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, encerra ao por do sol no
próximo domingo - 02 de outubro - em todo o país. Diferente de outras eleições,
as redes sociais dominaram os bastidores das campanhas eleitorais.
Nesse sentido, vou me deter no caso
de Nova Mamoré. Assim, as redes sociais que poderiam ser uma ferramenta para discutir
as propostas dos candidatos e servir para formulação de políticas territoriais
que garantam o desenvolvimento local, melhorar qualidade de vida e a estética
da cidade, tomaram outros rumos.
Portanto, muitos temas relevantes poderiam
dominar o debate a exemplo de como garantir o aumento de receita do município?
Como aplicar os recursos municipais visando gerar emprego para uma massa de
jovens desempregados? Como melhorar a prestação de serviços urbanos - limpeza e
a iluminação pública? Recuperação das áreas de pastagens e as matas ciliares
nos igarapés? No entanto, os debates nas redes sociais se dirigiram para disseminar
agressões, apologia ao crime, uso do discurso do ódio e palavras de ofensa a
pessoa humana.
Por último, correligionários dos
dois grupos políticos envolvidos na disputa eleitoral questiona a presença de
filhos e parentes na administração pública municipal. Diante mão, não tenho
procuração para defender A ou B, mais tenho bom senso para fazer uma análise
com relação à presença de Marcélio e Simone como ocupantes de cargos no
primeiro escalão enquanto o pai ocupou e ocupa respectivamente, o cargo de
prefeito do município.
Vou procurar ser bem sucinto! Conheci
Simone quando ainda muito jovem, com pouca prosa, percebi que se tratava de uma
pessoa muito inteligente. Na oportunidade, essa jovem namorava meu amigo
Alexandre. Ambos estudavam em Porto Velho e no caso dela, era estudante de
direito. Meu amigo Alexandre sempre fez grandes elogios a ela. Eu mesmo quando
estive algumas vezes na prefeitura nesses últimos três anos, mesmo diante dos
questionamentos e críticas que fiz a administração do seu pai, no caso, o prefeito
Laerte Queiroz, a senhora Simone me tratou como cidadão, ou seja, sempre me recebeu
muito bem na chefia de gabinete do prefeito – cargo que desempenha na
prefeitura atualmente e que seu pai é o prefeito.
No caso de Marcélio, quando cheguei à
Nova Mamoré, fui um dos seus maiores críticos quando esse ocupou a mesma função
da senhora Simone, ou seja, quando seu pai, José Brasileiro era prefeito de
Nova Mamoré. Muitos aliados do grupo político brasileiro até hoje me questionam,
ou seja, dizendo que fui muito “suave” com as criticas ao prefeito Laerte e a
presença da sua filha na administração municipal. A resposta que eu dou é muito
simples: “Com a quantidade de leitura durante o Mestrado em Geografia pela UNIR,
deixei de ser analfabeto político!”
Por questão de consciência, de um
lado, existe a pessoa humana da senhora Simone, boa filha, boa esposa, boa
amiga, bacharel em direito, empresária e exerce a função de chefia de gabinete
da prefeitura de Nova Mamoré, sendo o seu pai o prefeito do município. Do outro
lado, Marcélio, geógrafo como eu, quando no desempenho do mesmo cargo em
primeiro escalão que hoje é ocupado pela senhora Simone, fez o mestrado em
Geografia pela UNIR, passou num concurso público federal para professor na
Universidade Federal de Rondônia – UNIR, fez mais duas pós-graduações e por
fim, encontra-se cursando o doutorado pela PUC-SP – universidade de renome no
país.
Estamos chegando ao final da
eleição, devemos rever conceitos e comportamentos, agressões provocam dores na
alma, ou seja, o pai e uma mãe não gostam de ver seus filhos sofrendo.
Portanto, vamos deixar a “politicagem” de lado e tentar pelo menos, nesses
momentos finais, fazer uma política limpa. Caminhos da história
costumam ser vadios, delirantes e imprevisíveis. Mas com boa dose de cautela é
possível lidar com imprevistos ou ocorrências extraordinárias. Lembre-se, uma
flecha lançada e uma palavra dita, não tem como fazer voltar atrás.