quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

OS ERROS DO MINISTRO ALOIZIO MERCADANTE

Não se pode haver espaço vazio no jogo de poder, portanto, quando ocupou a Casa Civil, o atual ministro da Educação Aloizio Mercadante (PT-SP) demonstrou sua inabilidade política para o exercício do poder na articulação política entre o poder Executivo e Legislativo.
O período Mercadante na articulação política do governo do PT não deixa saudades mediante os erros cometidos no território político. Inicialmente, o seu primeiro erro culminou com a eleição do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para presidente da Câmara de Deputados Federais. Nesse caso, não foi capaz de manter o acordo que previa o revezamento do PT e do PMDB na presidência daquela casa legislativa.
Em seguida, Mercadante criou novos problemas políticos para presidente Dilma Rousseff (PT) no jogo político com o Senado e a Câmara de Deputados, ou seja, colocando-a no olho do furacão da crise política, o que agravou a crise econômica que o país atravessa.
O ministro Mercadante na sua miopia política desprezou a força política dos partidos “nanicos” na Câmara de Deputados que juntos, somam, pouco mais de 100 cadeiras naquele poder legislativo. Por sua vez, não conseguiu blindar o governo - os demais ministros - das criticas da oposição e da grande mídia nacional.
Na sua falta de astúcia política, quase foi capaz de azedar as relações pessoais entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma. Portanto, concordo com a análise do jornalista Walter Santos quando nos afirmou que Mercadante “não deixa saudades” no exercício dos espaços de poder e de tomada de decisões.
Agora no Ministério da Educação, Mercadante já cria novos problemas para o governo com a nova modalidade para distribuição dos recursos do FIES - fornecendo munição a oposição, ou seja, os recursos disponíveis para o financiamento do ensino superior será destinado para as cidades brasileiras com baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH).
Desse modo, o maior valor de recurso será para as cidades do Norte-Nordeste por concentrar o maior número de cidades com baixo IDH. O que no nosso entender, depois do corte bilionário dos recursos da Educação, os recursos existentes para essa modalidade de financiamento do ensino superior, deveriam ser divididos com equidade para as regiões brasileiras.
Por sua vez, a nova modalidade de distribuição dos recursos do FIES, pode sim, contemplar as cidades com baixos indicadores sociais. Nesse caso, que sejam contempladas as cidades das demais regiões brasileiras com baixos indicadores sociais.
Por fim, fazemos as seguintes indagações: Como ficam as cidades das outras regiões brasileiras que fizeram a sua lição de casa ao melhorar seus indicadores sociais? A política adotada de distribuição dos recursos do FIES de 2016 acirra o “cisma” nas relações dos brasileiros das Regiões sul-sudeste com as Regiões Norte-Nordeste após o término das eleições presidenciais? É com você leitor!

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