Surreal, mais pode ser verdade...
No município de Nova Mamoré,
localizado na região de fronteira de Rondônia, poderá ter um único candidato a
prefeito no pleito eleitoral desse ano. Tal fenômeno ocorre devido às demais
forças políticas locais temerem o poder econômico do prefeito Laerte Queiroz
(PMDB).
Apenas duas coligações registraram
candidaturas. A primeira encabeçada por Laerte, mas que por impedimentos da Lei
da Ficha Limpa, barrou seu registro de candidatura. Na outra ponta, a oposição
coligada, laçou o pastor Dejalma (PR) e tendo como candidato a vice-prefeito na
chapa, o professor e vereador Joãozinho Clímaco (PRB).
O impedimento de Laerte fez com que
ele lançasse na disputa em seu lugar, o atual vice-prefeito professor
Claudionor Leme (PDT) como candidato a prefeito. Reservando a vaga de
vice-prefeito ao obreiro Isaias Fernandes da Igreja Assembleia de Deus e que
agora é do PMDB.
Por sua vez, burburinhos crescem
entre a população por não saber em quem votar devido à indefinição de quem
realmente é candidato a prefeito e vice-prefeito na disputa eleitoral em Nova
Mamoré. Nas últimas horas, o professor Joãozinho Clímaco protocolou seu pedido
de desistência de candidatura a vice-prefeito a Justiça Eleitoral, ficando o
pastor Dejalma sozinho na disputa.
Nesse sentido, o ex-prefeito José
Brasileiro (Solidariedade) poderá ser escalado pelos partidos de oposição para
entrar no jogo eleitoral e disputar a competição com o atual vice-prefeito
Claudionor Leme (PDT). Caso venha ganhar, será o quinto mandato de Brasileiro
sufragado nas urnas pelo povo.
Todo esse emaranhando político foi criado
pelos próprios grupos políticos locais nas Convenções partidárias para escolha
de candidatos a prefeito e vice-prefeito. Os chefes partidários locais não
acreditaram que Laerte estava impedido por lei como anunciávamos. Sendo assim,
permitiram criar esse quadro de indefinição faltando pouco mais de 23 dias para
realização do pleito eleitoral.
Os imbróglios eleitorais criado
pelos grupos locais na disputa majoritária pelos cargos eletivos de prefeito e
vice-prefeito, assemelham-se ao cenário político das cidades fictícias de
Sucupira comandada por Odorico Paragassu - na novela “O bem amado” e de Tubiacanga
de Afonso Henrique Lima Barreto - na novela Fera Ferida.
De um lado, temos o prefeito rico com
pose de “coronel local” que pode ser rebatizado de “Coronel Cachara” - alusão ao
peixe dos rios da região amazônica. Impedido de disputar a reeleição devido a
Lei da Ficha Limpa, o fim do seu mandato será marcado por inauguração de uma
escola, mas não se sabe se inaugura o hospital e nem o novo cemitério. Todavia,
não é por falta de paciente e nem de defunto.
Para desgraça dos históricos do PMDB
local, o Coronel Cachara traiu o partido, colocando um poste de outro partido
para ser candidato carregando uma raposa nas costas. Na oposição, o pastor
Dejalma até então candidato a prefeito, em meio aos seus devaneios de sua
intimidade para com Deus, pensava possuir os mesmos poderes de Raimundo Flamel da
novela Fera Ferida – que tudo que tocava virava ouro. No caso do pastor, toda
mão que ele tocar vai virar votos na urna.
Mas tanto a oposição quanto a
situação, esqueceram que existe o Mestre Nicolau em política! Mais adiante eu
pergunto: “quem será o coveiro Orestes que conversa com os mortos e fica
sabendo de todos os segredos das famílias de Nova Mamoré? Daqui pra frente,
temos que ficar atentos, prestar bem atenção para descobrimos, após o término
do pleito eleitoral, quem é o novo Dirceu Borboleta e as novas Irmãs Cajazeiras
no Palácio 21 de Julho.
Por fim, descobrir quem será o
personagem Nezinho do Jegue, defensor fervoroso do Coronel Cachara quando
sóbrio, e principal acusador, quando bêbado. Desmascarar o desaforado Juarez
Leão do grupo Laerte que promete tapa na cara de todo mundo. Na oposição: quem será a delegada Dulcineia e
o Lulu Gouveia na Câmara de Vereadores? Na imprensa, quem será o Neco
Pedreira? O mundo gira e eu, vou ficando
por aqui!
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