terça-feira, 1 de maio de 2012

Pensando Mundo do Trabalho – Uma reflexão pequena burguesa



          Um ano se passou do meu primeiro artigo pensando o mundo do trabalho e como todos os outros anteriores, o primeiro de maio é marcado por protestos e comemorações em diversas nações do mundo em alusão ao dia do trabalhador. Na verdade, a cada ano que se passa com a reinvenção do capitalismo, muito pouco se tem a festejar.
            O Brasil figura como a sexta economia mais importante no cenário econômico mundial, isso graças a nossa classe trabalhadora que é a principal ferramenta de desenvolvimento para uma economia emergente de um país que apresenta os indicadores sociais mais divergentes possíveis.
            Chamo atenção nesse primeiro de maio para os direitos trabalhistas no Brasil de forma bem realista, todos assegurados pela Consolidação das Leis do Trabalho e pela ação do homem através do movimento operário ao longo dos anos. Sabe-se que a CLT não são direitos a chuva ou escrita ao vento, na verdade a nossa CLT é rígida o bastante para impedir o avanço dos investimentos necessários a criação de mais emprego e renda para quem mais precisa. Muitos poderão me condenar afirmando que estou usando um discurso visionário de um pequeno burguês em favor do industrial, do patrão ou do capitalista que explora a mão de obra do trabalhador.
            Sou bastante consciente para no dia de hoje polemizar e defender uma flexibilização da nossa CLT, incrustada de muitos vícios sindicais e com a solene arrogância e prepotência da justiça do trabalho, que de forma imperiosa, em muitos casos, contribui para criar uma classe de trabalhadores que sobrevivem de indenizações e do seguro desemprego, sem que nesse período nada seja feito para reintegrar esse trabalhador no mercado de trabalho.
            Nunca vi ninguém lançar mão em favor de uma luta ou inicio de um movimento em favor da criação, da manutenção e da melhoria da capacidade técnica da mão de obra do trabalhador. A luta é apenas em volta de salários, que na maioria das vezes, a nossa mão de obra não especializada, contribui para o fechamento de muitos estabelecimentos comerciais por não vestir a camisa da empresa, para torna-la competitiva, defendendo a manutenção do seu emprego, manter a clientela que já existe e conquistar novos clientes.
            Minha preocupação é com o atual Estado do bem estar social, pois nesses últimos anos garantiram aos pobres uma renda mínima atrelada a uma previdência social que garante a sobrevivência após anos de trabalho e contribuição. Na verdade após longos anos, surge uma camada de miseráveis infelizes com que ganha após aposentadoria e que são empurrados para um mundo da desolação de não poder consumir o que deseja ou menos garanta uma velhice com dignidade.
            Manterei-me firme no meu posicionamento, pois o futuro vai mostrar a necessidade ampla da desregulamentação da CLT devido ao cenário que já temos dessa Lei na desorganização do trabalho, que emperra o desenvolvimento da nossa indústria, do comércio, da geração de emprego e renda, bem como responsável pelo elevado custo Brasil e pelo o desemprego permanente de uma boa parcela da nossa população em todas as idades.

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