Um ano se passou do meu primeiro artigo pensando o mundo do trabalho e
como todos os outros anteriores, o primeiro de maio é marcado por protestos e
comemorações em diversas nações do mundo em alusão ao dia do trabalhador. Na
verdade, a cada ano que se passa com a reinvenção do capitalismo, muito pouco se
tem a festejar.
O
Brasil figura como a sexta economia mais importante no cenário econômico
mundial, isso graças a nossa classe trabalhadora que é a principal ferramenta
de desenvolvimento para uma economia emergente de um país que apresenta os
indicadores sociais mais divergentes possíveis.
Chamo atenção nesse primeiro de maio
para os direitos trabalhistas no Brasil de forma bem realista, todos
assegurados pela Consolidação das Leis do Trabalho e pela ação do homem através
do movimento operário ao longo dos anos. Sabe-se que a CLT não são direitos a
chuva ou escrita ao vento, na verdade a nossa CLT é rígida o bastante para
impedir o avanço dos investimentos necessários a criação de mais emprego e
renda para quem mais precisa. Muitos poderão me condenar afirmando que estou
usando um discurso visionário de um pequeno burguês em favor do industrial, do
patrão ou do capitalista que explora a mão de obra do trabalhador.
Sou bastante consciente para no dia
de hoje polemizar e defender uma flexibilização da nossa CLT, incrustada de
muitos vícios sindicais e com a solene arrogância e prepotência da justiça do
trabalho, que de forma imperiosa, em muitos casos, contribui para criar uma classe
de trabalhadores que sobrevivem de indenizações e do seguro desemprego, sem que
nesse período nada seja feito para reintegrar esse trabalhador no mercado de
trabalho.
Nunca vi ninguém lançar mão em favor
de uma luta ou inicio de um movimento em favor da criação, da manutenção e da
melhoria da capacidade técnica da mão de obra do trabalhador. A luta é apenas
em volta de salários, que na maioria das vezes, a nossa mão de obra não
especializada, contribui para o fechamento de muitos estabelecimentos
comerciais por não vestir a camisa da empresa, para torna-la competitiva,
defendendo a manutenção do seu emprego, manter a clientela que já existe e
conquistar novos clientes.
Minha preocupação é com o atual
Estado do bem estar social, pois nesses últimos anos garantiram aos pobres uma
renda mínima atrelada a uma previdência social que garante a sobrevivência após
anos de trabalho e contribuição. Na verdade após longos anos, surge uma camada
de miseráveis infelizes com que ganha após aposentadoria e que são empurrados
para um mundo da desolação de não poder consumir o que deseja ou menos garanta
uma velhice com dignidade.
Manterei-me firme no meu
posicionamento, pois o futuro vai mostrar a necessidade ampla da
desregulamentação da CLT devido ao cenário que já temos dessa Lei na
desorganização do trabalho, que emperra o desenvolvimento da nossa indústria,
do comércio, da geração de emprego e renda, bem como responsável pelo elevado
custo Brasil e pelo o desemprego permanente de uma boa parcela da nossa população
em todas as idades.
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