sexta-feira, 27 de maio de 2011

Coração e Mente, minhas
primeiras interpretações!
(Parte I)
                Os que estudaram a vida e obra de grandes escritores, compositores, músicos e poetas, afirmam que esses produziram suas grandes obras quando estavam sofrendo por amor. Eu tenho um grande amigo de universidade que é músico e compositor seu nome é Ernanny, não cursou geografia, mas fez história. Tivemos a oportunidade de nos conhecer na fila da matrícula da universidade, o chamei pelo o nome de Bruno Maroja, ele sorriu e assim me deixou chamá-lo pelo nome que não era o seu um bom tempo, até que fui a sua loja de peixes ornamentais e descobri seu verdadeiro nome.
            Perguntei a ele porque teria me deixado o chamar de Bruno por tanto tempo, quando seu verdadeiro nome era Ernanny. Este sorriu e me respondeu que não se incomodava, afinal, todo o grande artista tinha um pseudônimo no passado. Eu e Ernanny nos tornamos grandes amigos, éramos confidente um do outro, tornei-me fã de sua voz ainda não descoberta pelos grandes produtores musicais do genuíno rock progressivo brasileiro.
            Com ele, iniciei minhas primeiras e longas discussões sobre os sentimentos que dominam o coração e a mente do homem. Todos os nossos encontros eram surpreendentes por conta dos nossos diálogos. Fosse ao sacolejo de duas horas e meia na ida ou na volta da universidade, fossem ao ponto do coletivo, nas caminhadas na praia de Tambaú ou Cabo Branco, nos intervalos do ensaio de sua banda, sempre o coração e a mente era o foco do nosso debate. Tornava-se longa as nossas discussões sobre relacionamento familiar, de irmãos, parentes e conjugais, era o trivial.
            Quando nos conhecemos, estava vivendo a melhor faze do meu primeiro casamento. Georgiana, uma jovem mulher, do signo de touro, de gênio forte e impulsivo, mas virtuosa, uma grande companheira, mas que tínhamos discordância das nossas famílias ao extremo, não conseguimos vencer esse pequeno detalhe, afinal, éramos muito jovens, nos casamos cedo demais e nos faltou orientação da instituição família em desavença, ambos os lados desde o passado não tinha curado a rivalidade existente. Assim, eu dizia para Ernanny que o casamento não se resumiria apenas numa relação, na verdade o casamento é fruto de uma grande paixão e que as carências são fruto da modernidade, pertenciam ao mundo dos relacionamentos construídos a partir de um sentimento de mão única.
            Ernanny reagia, dizendo que a paixão não existia, era um sentimento passageiro, fruto de sonhos que quando acordado no mundo real, se torna pesadelo. O que verdadeiramente existe é o amor e que as pessoas tem enxergado o amor como algo fora de moda, um sentimento retrógado e que as pessoas esqueceram-se de travar diálogos em torno do casamento, ou seja, discutir a relação como meio de impedir a infelicidade no convívio a dois. Ele sempre dizia que o dialogo no seio da família permitiria construir a compreensão do que parece ser incompreensível. O dialogo uma vez travado, se tornava fundamental para o casal não perder os valores do casamento.
            Eu dizia que concordava em parte e que em minha opinião, as bases para um bom relacionamento a dois, seria construir diálogos com bastante abertura uma para o outro, com transparência e demonstração de afeição pelo outro através do respeito nas palavras e no contato físico, afinal, nada melhor do que um carinho suave no corpo de quem se ama. Os valores do casamento são fundamentais para que o mesmo não perca a sua importância na sociedade moderna na qual vivemos.

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