A
multinacional estadunidense General Motors do Brasil – Chevrolet, é a maior
subsidiária da empresa na América do Sul e a maior em operação fora do
território dos EUA, bem como primeira planta da empresa que saiu do papel foi no
ano de 1925 no estado de São Paulo. Quando instalada no Bairro Ipiranga na
capital paulista, a Chevrolet apenas montava seus veículos com as peças e componentes
importados fabricados nos Estados Unidos.
Em apenas cinco anos, os executivos da
empresa observaram o potencial do mercado brasileiro e construíram a primeira
fábrica em 1930 no Brasil, no município de São Caetano do Sul, interior de São
Paulo. Por sua vez, no ano de 1958, a multinacional inaugura uma nova unidade em
São José dos Campos – também em São Paulo, inaugurada oficialmente em 1959,
pelo Presidente Juscelino Kubitschek.
A Chevrolet do Brasil produziu
inicialmente veículos utilitários, mas no final da década de 1960, lançou o
Chevrolet Opala, sendo o primeiro automóvel de passeio produzido pela montadora
no Brasil, modelo ficou no mercado por 24 anos(1968-1992) e conseguiu vender 1
milhão de unidades. Para conquistar a classe média brasileira lançou o Chevette
em 1973 com vendas superiores a 1,2 milhões de unidades, entre os anos de 1973 à
1993. Em 1982, foi a vez do seu primeiro carro mundial, lançou o Monza, líder
de vendas por várias décadas. Depois veio a família Kadette e no ano de 1992,
lançou o Omega, modelo de referência em conforto e qualidade técnica no mercado
brasileiro.
Na década de 1990, pensando não só
atingir a classe média brasileira, mas a classe trabalhadora na sua grande
maioria – operários e servidores públicos de nível médio, a empresa apresentou
o compacto Corsa, primeiro modelo popular nacional equipado com injeção
eletrônica de combustível. Por sua vez, o Celta também foi o pioneiro em vendas
pela internet na Chevrolet no mercado brasileiro, tornando-se o modelo mais
vendido no mundo através do comércio eletrônico.
Em 2000, a General Motors
do Brasil inaugura o Complexo Industrial de Gravataí, no Rio Grande do Sul, uma
das fábricas mais modernas do mundo, que passou a ser referência para especialistas
na fabricação de veículos de todo o mundo interessados em conhecer o sistema de
montagem, feito em parceria com fornecedores de peças, componentes e sistemas
montados, instalados dentro do complexo industrial. Entretanto, a multinacional
estadunidense não pensa apenas em lucro, na área social, a GM do Brasil por
meio do Instituto General Motors, criado em 1993, desenvolve projetos educacionais,
culturais e esportivos para resgatar a cidadania de crianças, jovens e adultos
de comunidades carentes nas áreas de entorno plantas industriais da empresa.
Com os avanços tecnológicos, esforço
General Motors anunciou que deseja adequar a capacidade da empresa à realidade
do mercado. Tal medida pelos Executivos da GM, pretende eliminar 14,7 mil
empregados na América do Norte e estuda fechar pelo menos cinco unidades na
região em um processo de reestruturação para reduzir custos e concentrar-se
mais em veículos elétricos e autônomos.
O programa de demissão voluntário da
empresa espera alcançar 8,1 mil funcionários do setor administrativo da Matriz
da empresa nos EUA. Por sua vez, será fechadas as fábricas nas cidades
americanas de Detroit, Lordstown e Oshawa, bem como encerrar operações em duas
unidades fora da América do Norte até o fim de 2019 – Coréia do Sul e Brasil,
informou a empresa em nota.
A GM informou que neste ano, vai lançar
a nova família global de veículos a partir da sua planta industrial na China.
Na América do Sul, a multinacional tem fábricas na Argentina e no Brasil. Este
último, com plantas industriais em São José dos Campos, São Caetano do Sul, no
ABC paulista, em Gravataí (RS) e faz motores em Joinville (SC).
A Chevrolet do Brasil ultrapassou as
vendas da Volkswagen e a Fiat no país, em 2016, tornou-se líder nas vendas de
carros, e pelo momento em que a economia se recupera lentamente de uma forte
recessão. A empresa deve a sua competitividade no mercado brasileiro ao modelo Ônix,
considerado o carro mais vendido no país em 2018 - quarto ano consecutivo.
Todavia, por conta da crise econômica
que atravessa o Brasil desde a crise política que resultou no impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o capital e o trabalho se estranham no
município de São José dos Campos, São Paulo. Por conta da recessão econômica que
lembra o período recessivo dos anos 1980, a indústria automobilística sofreu
uma freada por conta da carga tributária e a queda nas vendas.
Executivos
da GM do Brasil anunciaram que a empresa deverá encerra suas operações no
Brasil ainda no fechar de 2019, por sua vez, o Governo faz de conta que não
escuta. Desse modo, não está pensando nos consumidores que são proprietários de
modelos Chevrolet e nos milhares de empregos gerados no país, desde as
fábricas, concessionárias, transportadoras, oficinas, fornecedores
terceirizados etc. Contudo, na crise que poderá afetar o município de São José
dos Campos, berço da multinacional no Brasil, que oferece a melhores condições
para investir devido ao mercado de trabalho qualificado, infraestrutura adequada
e rede de serviços instalada, o Governo despreza a relação histórica da GM com
o Brasil e os consumidores brasileiros fiéis a marca, o que se faz necessária
sensibilidade da equipe econômica do Governo para mantê-la no país. Afinal de
contas, a Chevrolet também é nossa!
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