domingo, 23 de janeiro de 2011

São Luís: um universo de encantos e magias
             A terra desbravada pelo francês Daniel de La Touche, que veio no intuito de alimentar o sonho francês de se fazer presente na região dos trópicos com a França Equinocial com a fundação do forte de Saint Louis (São Luís), em homenagem aos reis com nome de Luís da época e os que já tinham passado pelo trono francês.
            A vista aérea é impressionante, a beleza do Rio Anil, que divide a cidade velha caracterizada pelos casarios portugueses com as construções modernas dos espaços artificiais modernos e em franca expansão imobiliária. Pois o sobrevôo que o comandante da aeronave nos presenteou, enriqueceu meus olhos e me fez ver as belezas geográficas que a “capital patrimônio da humanidade” pode oferecer.
            O aeroporto internacional de São Luís tem uma arquitetura arcaica com leves toques de modernidade. É a porta principal do turismo do lugar, bem perceptível com as quantidades de aeronaves no pátio com passageiros embarcando e desembarcando. Afinal, como no passado, a “Atenas Brasileira” continua recebendo grandes quantidades de turistas do mundo inteiro, principalmente o francês, que faz movimentar a economia local, afinal, os cenários oferecidos naturais e artificiais coloca a “terra das palmeiras” como destino de encantos e magias.
            Fiquei impressionado com a beleza e a diversidade cultural da cidade, o centro histórico com os casarios de azulejos em sua grande maioria construídos no período colonial, suas ruas estreitas, os poste de iluminação pública, suas calçadas, as riquezas de traços raros e de beleza invejável. O rico folclore, além da criatividade e da hospitalidade de seu povo, faz de São Luís um dos maiores conjuntos arquitetônicos que já pude contemplar com meus olhos, me fazendo entender o porquê de tantas denominações que a capital maranhense possui.
            A missão política foi dividida com a missão de construir uma visão rápida de São Luís que no passado teria sido comandada por Jerônimo de Albuquerque e que tornou a região produtora de cana-de-açúcar. Afinal, a coroa portuguesa fez do Maranhão um Estado independente no passado com medo de perder território para as outras potencias européias da época. Com essa atitude, os açorianos deixaram as suas marcas no período da colonização na “ilha dos amores” e formou a base econômica do Maranhão.
            A visita a algumas igrejas, ao centro histórico, a Lagoa da Jansen, aos municípios de Paço de Lumiar, São José do Ribamar e Raposa, marcou ainda mais a minha breve estadia pelo Estado que é considerado na atualidade a “Bolívia Brasileira” em gás natural. Impressionante o ritmo e o dinamismo da economia maranhense. É percebível a olho nu o crescimento do setor imobiliário e do comércio. Além do Porto de Itaqui que atualmente é o segundo em profundidade no mundo, ficando atrás apenas do de Roterdã, na Holanda.
            A janela do hotel na praia Ponta de d'Areia proporcionou uma visão geral do que significa o Porto de Itaqui para a capital maranhense, pois o movimento de navios com bandeiras de diversos países comprova ser um dos mais movimentados do país e serve para escoar a produção de ferro vinda de trem da Serra dos Carajás, explorada pela Companhia Vale do Rio Doce, que num passado bem próximo pertenceu a todos os brasileiros.
            Não poderia deixar de reverenciar a gastronomia local, afinal, o arroz de cuxá com peixe frito predomina na alimentação diária, acompanhado dos sucos de sapoti, buriti, abricó e bacuri, além de tantos outros pratos a rica culinária local da “Rainha do Maranhão”, com sabores marcantes e coisas como dizem os maranhenses, tipicamente ludovicense.
            O folclore tem raízes muito fortes, o bumba-meu-boi, festa de tradição afro-indígena são referenciados no artesanato local, principalmente os seguintes bois: Tambor de Crioula, o Cacuriá. Os grupos de capoeira também impressionam quem passa nas ruas e praças, o que mais impressionou foram os projetos educacionais com a prática da capoeira, pois tive a oportunidade de conhecer os capoeiristas jovens Mandingueiros do Amanhã, seus testemunhos nos faz entender o porquê São Luís é Considerada a “Capital da Cultura”.
            Falta linhas para narra a experiência, finalizo dizendo que o bar Botequim, que nas noites maranhenses tenha a voz marcante da cantora Ana Neri como interprete da música popular brasileira, nos convida ao bom papo e entender o universo cultural do lugar. Também não poderia esquecer da rica experiência no Bar do Nelson, que nos faz entender porque a São Luís, berço dos poetas e romancistas Aluísio de Azevedo, Gonçalves Dias, Graça Aranha e também foi cenário para o lançamento da primeira gramática do Brasil escrita e editada por Sotero dos Reis, é conhecida como a “capital brasileira do Ragge”.
Brasília, 23/11/2011.

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