Clicando
no Google você vai achar uma enorme quantidade de postagens com essa mesma tematização
em tela. Não vamos nos deter a números de referências que encontrei a respeito
do assunto em questão. O que nos interessa são questões comparativas em relação
a escola do “passado”, do “presente” e do “futuro”.
Procuro, mas não consigo enxergar um
horizonte com luz para as escolas brasileiras, profissionais da educação,
família e alunos/as. Os avanços na educação não são reflexos de um projeto de
nação, mas apenas de governos.
Os poucos avanços conquistados na
educação são frutos de experiências isoladas e ainda convive com modelos
arcaicos de escolarização. Nesse caso, prevalece o modelo tradicional de
ensino-aprendizagem, a desvalorização profissional e a família “achando” que as
escolas além de escolarizar seus filhos também precisam educá-las.
Diante
desse quadro, levantei a seguinte questão: a Escola forma gente para o passado
ou para o futuro? Para responder nossa questão, se faz necessário lembrar que
estamos vivendo numa era digital.
Dessa forma, tudo é quase possível
no mundo digital mediante a rapidez, mobilidade, avanços técnico-científicos,
pessoas em movimento e o enorme fluxo de informação. Reacendendo a
ideologia de progresso e desenvolvimento como mola propulsora do mundo
globalizado.
Os seres humanos não se reúnem para
conversar, mas para clickar. Nesse
caso, a base cultural das gerações futuras é forjada por dígitos, senhas,
clicks, aplicativos, sites de relacionamentos e tantas outras ferramentas
encontradas nas redes sociais. Esse mundo virtual passa a ser o ponto de
encontro entre as pessoas, porém, o que se discute nessas redes? Que lições
posso aprender? O que acrescenta ao meu intelecto? Até a onde a tecnologia pode
me levar? Qual é o papel da Escola diante de tantas informações e tecnologia?
Como lidar com o celular em sala de aula? Até quando o celular será proibido em
sala de aula?
Portanto, o modelo arcaico de escola
e escolarização não convém na era digital. Não podemos ter dois pólos paralelos
na forma de fazer educação no Brasil, ou seja, a escola dita tradicional numa profunda
crise, com uso de tecnologias ultrapassadas e absoletas, criando espaços como
laboratórios de informática que podem ser vistos como objetos alheios ao
processo de ensino-aprendizagem bem como profissionais do ensino
preso a lousa e trabalhando conteúdos sem associar a realidade e o cotidiano do/a
aluno/a.
Quem faz educação precisa entender
que o avanço proporcionado pela tecnologia requer um novo modelo de seres
humanos. Desse modo, o profissional do ensino e o meio escolar precisam passar
por pesados investimentos em estrutura física, valorização profissional e inovações tecnológicas.
Todavia, as escolas no mundo global em
meio às florestas de concreto, guerras, ódio e violência, devem ser encaradas
como um fato estabelecido, não mais como uma verdade pendurada. Assim, a Escola
deve despertar uma consciência crítica do/a aluno/a para o bem da sua própria
identidade cultural, da forma como se apropriamos da natureza, as relações estabelecidas
no convívio social e como devemos nos conectar ao mundo global. Precisamos
acabar com o princípio cartesiano de ensinar e deixar de lado o desprezo a
construção do conhecimento.
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