O mês de agosto foi marcado pela
divulgação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) pelo
Ministério da Educação, conforme resultados tabulados em relação ao ano de
2011. Nessa tabulação ficou constatado que as séries iniciais em sete Estados,
inclusive, Rondônia, transformações ocorreram, mas a passos de tartaruga,
diante das demais unidades avaliadas da nossa federação.
Após avaliação dos índices do IDEB de
Rondônia, constatou a falta de políticas públicas para os primeiros ciclos de
vida escolar, bem como, as distorções de investimentos nas séries iniciais, na
verdade, quase invisível, para os ciclos que são considerados pelos educadores,
ser a etapa mais importante da vida escolar do aluno. Diante da avaliação,
ficou constatado que os gestores públicos e mandatários não focam políticas
públicas sérias para a Educação Básica, ou seja, na base, e essa deficiência
repercute no Ensino Médio e Superior, é só dar uma passada rápida sobre os
números e verificar nos índices divulgados, o péssimo desempenho dos alunos
matriculados no Ensino Médio.
É preciso um comprometimento maior dos
personagens envolvidos, tentar acrescentar ganhos reais com adoção de um novo
pensar para nossa educação local, que esse pensar esteja assentado no trabalho
em conjunto de todos, que se façam novos investimentos, visando combater as
fragilidades existentes no nosso sistema de ensino público, na tentativa de reverter
esses números negativos recém divulgado de um cenário de uma década passada de
investimentos e que agora surtiram seus primeiros efeitos.
Para essa mudança acontecer de verdade,
é preciso realizar reformas nas estruturas das Escolas, deixando-as mais
atrativas para os alunos, valorizar os profissionais da educação de maneira
ampla e irrestrita, Estados e Municípios firmarem parceria no sentido de
revisar os atuais planos pedagógicos, tornar as aulas mais atraentes para os
alunos, combater a evasão escolar e a repetência, incentivar a leitura,
aumentar o número de aulas da língua portuguesa e matemática, introduzir o uso
de novas tecnologias no cotidiano escolar, oferecer também, atividades
extracurriculares, cursos profissionalizantes, para então, preparar as crianças
e jovens para o mercado de trabalho e para vida! Educação deve ser prioridade
nesse momento e sempre.
Vale Lembrar ainda, que não é só o poder
público que precisa rever seus conceitos, metas e planejamento, que vise
proporcionar mudanças e adoção de políticas públicas sérias no sentido de
melhorar os nossos índices na educação. É preciso sim, um comprometimento maior
da nossa sociedade, inclusive da classe média e alta, que continua aceitando
pagar caro por um “ensino de qualidade” nas escolas da iniciativa privada.
Sendo assim, os problemas existentes nas redes de ensino público nunca serão
resolvidos enquanto não se criar uma consciência coletiva do que realmente é
preciso fazer. Pois uma grande parcela da nossa sociedade acredita que merece
educação de qualidade por poder pagar por ela, distorcendo os princípios da
nossa Constituição, ou seja, dividindo aqueles que podem pagar, daqueles que
devem se conformar com o ensino público de péssima qualidade oferecido pelas
redes oficiais de ensino.