Diante
da crise política que se arrasta dede o impeachment da ex-presidente Dilma
Rousseff (PT), dividindo o país e servindo para abrir uma crise econômica e
moral sem precedentes desde a redemocratização com promulgação da Constituição
de 1988. Pra piorar, com a chegada da pandemia do coronavírus (Covid-19), estamos
enfrentando a pior crise sanitária por conta da omissão e negligência do atual
Governo reacionário no combate a Covid-19.
Diante
desse cenário, por onde anda as maiores expressões do PSDB? Ou seja, cadê o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso (fundador do partido), José Serra, Aécio Neves,
Aloysio Nunes, Tasso Jereissati, Cássio Cunha Lima, Expedito Junior, Beto Richa
e outros? Parece existir um pacto de silêncio entre todos, apequenados por
conta do sentimento de antipolítica que atingiu o eleitor no território
político nacional.
Desse
modo, os velhos tucanos não estão sabendo se reinventar e reverter a rejeição enfrentado
pelo PSDB junto aos eleitores, passando a defender que cabe as novas lideranças
políticas a responsabilidade da reinvenção do partido. Entretanto, o Governador
João Dória que foi eleito em segundo turno com slogan “bolsodoria” e com apoio
dos bolsonaristas – forças conservadoras, reacionárias e fascistas, caberia a
ele a missão de reinventar o ninho tucano? Por demonstrar diversas vezes que é
adepto das mesmas ideias de quem o fizeram a chegar no Palácio Bandeirantes
para governar os destinos dos paulistas, não seria o mais indicado para repaginar
a socialdemocracia brasileira. Na outra ponta, o governador Eduardo Leite do
Rio Grande do Sul, foi eleito com apoio de forças conservadoras e reacionárias gaúchas,
além de seguir a pauta da política econômica defendida pelo ministro da Fazenda
Paulo Guedes - elevando a carga tributária das empresas gaúchas, seria ele o nome
ideal para propor a reinvenção tucana? Portanto, o PSDB continuará igual o “rei
que ficou cego” no conto infantil.
O
PSDB colecionou uma série de erros ao governar o país por 08 anos, na frente de
Governos estaduais, prefeituras de capitais e importantes municípios com
população acima de 250 mil habitantes. Pra completar, a crise interna
partidária se agravou quando o ex-presidenciável Aécio Neves não aceitou a
derrota nas urnas em 2014 e partiu para fazer oposição por fazer, culminando
com o Golpe Parlamentar que derrubou a ex-presidente Dilma da presidência da
República. Entretanto, quando revelado as imagens e áudios do senador mineiro
Aécio Neves pedindo propina aos proprietários da JBS Frigorifico, parte do povo
brasileiro percebeu que serviu de massa de manobra das raposas políticas, passando
a reforçar o movimento antipolítica.
Na
luta por sua reinvenção após a Operação Lava-Jato – a maior farsa jurídica kafkiana
já montada no país, o PT e suas lideranças reavivou o seu discurso clássico de oposição
em defesa da classe trabalhadora, revelando com números que a parcela mais
pobre do povo pobre brasileiro cabia e cabe no orçamento da União. Neste caso, apresentam
números do Governo Dilma que ampliou o combate à pobreza no país e garantiu
ascensão socioeconômica de uma grande parcela da população pobre ao status de
classe média.
Todavia,
muitos renegam, mas o Governo Lula e Dilma, ambos do PT, elevou a lucratividade
do capital financeiro e rentista, bem como dos produtores rurais - pequeno, médio
e o grande, por meio de subsídios – financiamento e investimos na agricultura familiar
e no agronegócio, aumento da escala de exportação e apoio a pesquisa cientifica
e desenvolvimento de tecnologia voltada para modernização da agricultura. Com
isso, o Brasil deixou de ser refém das monoculturas e fazia o capital circular,
elevando a economia do país a categoria trade, atingindo o patamar de 6º
posição na economia mundial, desmontando o discurso tucano.
Com
o processo de reinvenção do PT e de outras forças políticas no território
político brasileiro, o PSDB e outras legendas partidárias estão perdendo espaço
junto ao eleitorado brasileiro. Tais legendas sofrerão um revés eleitoral nas próximas
eleições municipais, em especial, os tucanos por não ter encontrado ainda o caminho
para se reinventar junto aos eleitores.