terça-feira, 4 de julho de 2017

A escola que temos e a escola que queremos

     Clicando no Google você vai achar uma enorme quantidade de postagens com essa mesma tematização em tela. Não vamos nos deter a números de referências que encontrei a respeito do assunto em questão. O que nos interessa são questões comparativas em relação a escola do “passado”, do “presente” e do “futuro”.
    Procuro, mas não consigo enxergar um horizonte com luz para as escolas brasileiras, profissionais da educação, família e alunos/as. Os avanços na educação não são reflexos de um projeto de nação, mas apenas de governos.
       Os poucos avanços conquistados na educação são frutos de experiências isoladas e ainda convive com modelos arcaicos de escolarização. Nesse caso, prevalece o modelo tradicional de ensino-aprendizagem, a desvalorização profissional e a família “achando” que as escolas além de escolarizar seus filhos também precisam educá-las.
       Diante desse quadro, levantei a seguinte questão: a Escola forma gente para o passado ou para o futuro? Para responder nossa questão, se faz necessário lembrar que estamos vivendo numa era digital.
    Dessa forma, tudo é quase possível no mundo digital mediante a rapidez, mobilidade, avanços técnico-científicos, pessoas em movimento e o enorme fluxo de informação. Reacendendo a ideologia de progresso e desenvolvimento como mola propulsora do mundo globalizado.
      Os seres humanos não se reúnem para conversar, mas para clickar. Nesse caso, a base cultural das gerações futuras é forjada por dígitos, senhas, clicks, aplicativos, sites de relacionamentos e tantas outras ferramentas encontradas nas redes sociais. Esse mundo virtual passa a ser o ponto de encontro entre as pessoas, porém, o que se discute nessas redes? Que lições posso aprender? O que acrescenta ao meu intelecto? Até a onde a tecnologia pode me levar? Qual é o papel da Escola diante de tantas informações e tecnologia? Como lidar com o celular em sala de aula? Até quando o celular será proibido em sala de aula?
     Portanto, o modelo arcaico de escola e escolarização não convém na era digital. Não podemos ter dois pólos paralelos na forma de fazer educação no Brasil, ou seja, a escola dita tradicional numa profunda crise, com uso de tecnologias ultrapassadas e absoletas, criando espaços como laboratórios de informática que podem ser vistos como objetos alheios ao processo de ensino-aprendizagem bem como profissionais do ensino preso a lousa e trabalhando conteúdos sem associar a realidade e o cotidiano do/a aluno/a.
      Quem faz educação precisa entender que o avanço proporcionado pela tecnologia requer um novo modelo de seres humanos. Desse modo, o profissional do ensino e o meio escolar precisam passar por pesados investimentos em estrutura física, valorização profissional e inovações tecnológicas.
     Todavia, as escolas no mundo global em meio às florestas de concreto, guerras, ódio e violência, devem ser encaradas como um fato estabelecido, não mais como uma verdade pendurada. Assim, a Escola deve despertar uma consciência crítica do/a aluno/a para o bem da sua própria identidade cultural, da forma como se apropriamos da natureza, as relações estabelecidas no convívio social e como devemos nos conectar ao mundo global. Precisamos acabar com o princípio cartesiano de ensinar e deixar de lado o desprezo a construção do conhecimento.

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