quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Simone Queiroz versus Marcélio Brasileiro


       O processo eleitoral em âmbito municipal para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, encerra ao por do sol no próximo domingo - 02 de outubro - em todo o país. Diferente de outras eleições, as redes sociais dominaram os bastidores das campanhas eleitorais.
    Nesse sentido, vou me deter no caso de Nova Mamoré. Assim, as redes sociais que poderiam ser uma ferramenta para discutir as propostas dos candidatos e servir para formulação de políticas territoriais que garantam o desenvolvimento local, melhorar qualidade de vida e a estética da cidade, tomaram outros rumos.
      Portanto, muitos temas relevantes poderiam dominar o debate a exemplo de como garantir o aumento de receita do município? Como aplicar os recursos municipais visando gerar emprego para uma massa de jovens desempregados? Como melhorar a prestação de serviços urbanos - limpeza e a iluminação pública? Recuperação das áreas de pastagens e as matas ciliares nos igarapés? No entanto, os debates nas redes sociais se dirigiram para disseminar agressões, apologia ao crime, uso do discurso do ódio e palavras de ofensa a pessoa humana.
    Por último, correligionários dos dois grupos políticos envolvidos na disputa eleitoral questiona a presença de filhos e parentes na administração pública municipal. Diante mão, não tenho procuração para defender A ou B, mais tenho bom senso para fazer uma análise com relação à presença de Marcélio e Simone como ocupantes de cargos no primeiro escalão enquanto o pai ocupou e ocupa respectivamente, o cargo de prefeito do município.
    Vou procurar ser bem sucinto! Conheci Simone quando ainda muito jovem, com pouca prosa, percebi que se tratava de uma pessoa muito inteligente. Na oportunidade, essa jovem namorava meu amigo Alexandre. Ambos estudavam em Porto Velho e no caso dela, era estudante de direito. Meu amigo Alexandre sempre fez grandes elogios a ela. Eu mesmo quando estive algumas vezes na prefeitura nesses últimos três anos, mesmo diante dos questionamentos e críticas que fiz a administração do seu pai, no caso, o prefeito Laerte Queiroz, a senhora Simone me tratou como cidadão, ou seja, sempre me recebeu muito bem na chefia de gabinete do prefeito – cargo que desempenha na prefeitura atualmente e que seu pai é o prefeito.
   No caso de Marcélio, quando cheguei à Nova Mamoré, fui um dos seus maiores críticos quando esse ocupou a mesma função da senhora Simone, ou seja, quando seu pai, José Brasileiro era prefeito de Nova Mamoré. Muitos aliados do grupo político brasileiro até hoje me questionam, ou seja, dizendo que fui muito “suave” com as criticas ao prefeito Laerte e a presença da sua filha na administração municipal. A resposta que eu dou é muito simples: “Com a quantidade de leitura durante o Mestrado em Geografia pela UNIR, deixei de ser analfabeto político!”
       Por questão de consciência, de um lado, existe a pessoa humana da senhora Simone, boa filha, boa esposa, boa amiga, bacharel em direito, empresária e exerce a função de chefia de gabinete da prefeitura de Nova Mamoré, sendo o seu pai o prefeito do município. Do outro lado, Marcélio, geógrafo como eu, quando no desempenho do mesmo cargo em primeiro escalão que hoje é ocupado pela senhora Simone, fez o mestrado em Geografia pela UNIR, passou num concurso público federal para professor na Universidade Federal de Rondônia – UNIR, fez mais duas pós-graduações e por fim, encontra-se cursando o doutorado pela PUC-SP – universidade de renome no país.
   Estamos chegando ao final da eleição, devemos rever conceitos e comportamentos, agressões provocam dores na alma, ou seja, o pai e uma mãe não gostam de ver seus filhos sofrendo. Portanto, vamos deixar a “politicagem” de lado e tentar pelo menos, nesses momentos finais, fazer uma política limpa. Caminhos da história costumam ser vadios, delirantes e imprevisíveis. Mas com boa dose de cautela é possível lidar com imprevistos ou ocorrências extraordinárias. Lembre-se, uma flecha lançada e uma palavra dita, não tem como fazer voltar atrás.

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