quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O meu orgulho de ser nordestino

     Eu não tenho vergonha e muito menos omito em dizer que nasci em João Pessoa, capital do estado da Paraíba a trinta e nove anos atrás. Mas a aproximadamente dez anos fui adotado por Rondônia, isso também me deixa muito orgulhoso.
      Nunca deixei de ter orgulho da minha origem nordestina e também não me envergonha em defender a região de fronteira da nossa querida Rondônia. Em especial, Nova Mamoré, Guajará-Mirim e Porto Velho.
     Sempre digo que o povo brasileiro é um povo heterogêneo e multicultura, por isso, devemos deixar de lutar para que esse povo não perca o espirito de solidariedade e com muito amor, derrotar a intolerância e o preconceito.
      E venho externar a minha indignação quando os resultados das urnas se tornou conhecida no último domingo depois de um processo eleitoral resultante de uma democracia em construção, aflorou o preconceito se afirmando que o nordestino não sabe votar.
    Sempre digo que o eleitor é livre, livre para fazer as suas escolhas, inclusive de vender a sua consciência na véspera ou na hora do voto. Mas não se deve caracterizar o nordestino como ignorantes ou desinformados pelas escolhas que fizeram na urna. Na verdade, fruto de um preconceito.
     Esse tipo de discurso preconceituoso ao nordestino perdura desde o Brasil colonial, é lastimável, pois foi com a força dos nordestinos que esse país foi desbravado e construído. Quem escreve e fala assim, demonstra desconhecimento profundo sobre a realidade do nordeste brasileiro.
Quem faz afirmações deste tipo imagina o nordeste da década de setenta a noventa, ou de antes, onde reinavam a fome, o desemprego e a falta de oportunidade. Por isso muitos, como eu, tiveram que abandonar sua terra natal e migrar para outras regiões em busca de melhores condições de vida e quando anuncio que desejo voltar, meus colegas professores logo avisa que o mercado de trabalho se encontra fechado, muita concorrência devido ao exército de reserva.
Hoje, o nordestino anda de cabeça erguida porque não é mais tratado pelo governo como cidadão de segunda categoria. Das dezoito universidades criadas nos doze anos de governo petista, a classe política nordestina, por mais tradicional que seja, conseguiu levar sete para o nordeste.
A região conta hoje com sessenta extensões universitárias. Mais de dezesseis mil estudantes dessas universidades foram estudar no exterior com o Ciência sem Fronteiras. Dos vinte milhões de empregos criados no país, quase 20% foram no nordeste. 141 escolas técnicas foram implantadas na região, representando 33% do total no país.
A mortalidade infantil, que era um dos principais problemas da região caiu a menos da metade. Os nordestinos, hoje, não são mais personagens de tristes reportagens sobre as migrações para os grandes centros urbanos. Eles podem viver nas suas terras de origem com dignidade e oportunidade.
Somos todos brasileiros e temos que nos unir para continuar construindo um país mais solidário, mais justo, com mais oportunidades para todos. Independente de cor, crença, religião ou região do país em que cada um tenha nascido.
As pessoas deveriam ser agradecidas pela diversidade do nosso grande país. Essa é a nossa riqueza e logo aviso aos colegas de imprensa que defendem o voto em Aécio, que não é esse discurso preconceituoso que pode leva-lo a presidência da República.

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