O fanatismo se
assemelha à burrice. Forte a expressão? Claro que não, é a pura verdade. O
fanático age na irracionalidade, julga-se sempre o dono da verdade, é
prisioneiro de obsessões provocadas pela falta de discernimento, não mede as
consequências no que faz e no que diz.
Essa
manifestação de comportamento é muito comum por motivações de ordem religiosa,
política, esportiva, artística, etc. O fervor excessivo na defesa de uma ideia,
de uma opinião, de uma causa, ou por qualquer coisa de forma insistente,
revela-se um radicalismo. Essa posição extremada de atitude leva o fanático à
ausência de ponderação quando se faz necessário, a falta de respeito para com
pessoas do seu convívio no dia a dia e o desprezo até do amor próprio.
O problema é que
resistimos a fazer uma autoanálise quando nossos procedimentos assumem a
característica do fanatismo. A paixão cega pelo que defendemos e acreditamos
nos impede de encontrar a humildade de admitirmos as divergências, o
contraditório, os pontos de vista discordantes. Alcançamos um estágio de
exaltação exagerada em que nos achamos donos da verdade, senhores da razão.
O fanatismo é
responsável, muitas vezes, pelo cometimento de atos insanos, transtornos
mentais, desvio de personalidade. Ter a consciência dos seus sintomas ajuda a
frear os ímpetos da intolerância, os impulsos da intransigência, a resistência
em aceitar o pensamento contrário. Uma coisa é defender uma ideia, uma causa
com entusiasmo, com perfeito conhecimento do que faz, com convicção; outra coisa
é deixar que a paixão sobreponha a razão e cause cegueira na visão do mundo,
numa ótica maniqueísta de que a verdade, o bem, está no seu pensamento.
• Integra a
série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.
FONTE: https://www.facebook.com/ruicleitao?fref=ts
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