quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A nova Câmara cidadã de Porto Velho



Ao presenciar a posse dos vereadores na nova composição da Câmara Municipal de Vereadores de Porto Velho e a eleição da nova Mesa Diretora, ficou nítida a indignação da população com os vereadores da legislatura passada, conforme exibição de cartazes e faixas pedindo uma Câmara de Vereadores mais atuante e fiscalizadora.
Entre discursos efusivos dos vereadores novatos e palmas recebidas pelos presentes, restou às vaias para os quatro vereadores do Partido dos Trabalhadores – PT, e como foram vaiados. As piores vaias ficaram para o vereador reeleito Sid Orleans e a novata Fatinha, reforço, ambos do PT.
A eleição da nova Mesa Diretora se deu por chapa única, o vereador veterano Alan Queiroz (PSDB) que reconquistou o seu mandato no último pleito fora do PSB, quando nesse partido, teve dois mandatos, o terceiro mandato que poderia ter tido em 2008, foi interrompido, pois voto ele teve na urna, o que não teve foi coeficiente eleitoral partidário.
A vitória de Alan Queiroz (PSDB) por treze votos de seus pares foi mais que merecida, pois ele soube articular bem a sua eleição para presidente da Câmara de Vereadores, fruto da experiência dos mandatos passados, do apoio recebido dos quatro vereadores do PT liderados pelo ex-prefeito afastado por corrupção Roberto Sobrinho (PT), e também do prefeito eleito Dr. Mauro Nazif (PSB), que com Alan, tinha uma divida moral pelo ocorrido nas eleições de 2008 e 2010.
No entanto, a vergonha ficou para o grupo de oitos vereadores (G-8) que nem mesmo chegaram a registrar a chapa para disputar a Mesa Diretora como se articularam para tal feito durante os meses de novembro e dezembro, pelo contrário, ao se absterem do direito de registrar a chapa e do voto, não conseguiram demonstrar o posicionamento político de independência ou de oposição responsável do grupo G-8, na verdade, começaram seus mandatos omissos com a população, provando que nem entre eles próprios conseguiram construir a imagem de um líder para liderá-los.
Mas a fragilidade maior ficou para os quatro vereadores do Partido dos Trabalhadores - PT que tiveram que ficar de joelho para o PSDB, partido historicamente adversário do PT em todo território nacional. Portanto, os quatro vereadores do PT tiveram que votar em bloco num vereador do PSDB para presidi-los na Câmara de Vereadores da capital, quando naquela Casa de Leis, nos oitos anos passados, o PT liderava, deitava e rolava nas votações em favor do ex-prefeito afastado Roberto Sobrinho (PT).
Agora ficam as seguintes perguntas no ar: qual foi a moeda de troca para o PT votar em bloco com os vereadores do PSDB, pior, num vereador tucano para presidir a Câmara de Vereadores da capital? Essa é a grande incógnita que só o tempo nos dará essa resposta ou alguém arrisca algum palpite?

Nenhum comentário: