Ao presenciar a posse dos vereadores na
nova composição da Câmara Municipal de Vereadores de Porto Velho e a eleição da
nova Mesa Diretora, ficou nítida a indignação da população com os vereadores da
legislatura passada, conforme exibição de cartazes e faixas pedindo uma Câmara
de Vereadores mais atuante e fiscalizadora.
Entre discursos efusivos dos
vereadores novatos e palmas recebidas pelos presentes, restou às vaias para os
quatro vereadores do Partido dos Trabalhadores – PT, e como foram vaiados. As
piores vaias ficaram para o vereador reeleito Sid Orleans e a novata Fatinha, reforço, ambos do PT.
A eleição da nova Mesa Diretora se deu
por chapa única, o vereador veterano Alan Queiroz (PSDB) que reconquistou o seu
mandato no último pleito fora do PSB, quando nesse partido, teve dois mandatos,
o terceiro mandato que poderia ter tido em 2008, foi interrompido, pois voto
ele teve na urna, o que não teve foi coeficiente eleitoral partidário.
A vitória de Alan Queiroz (PSDB) por
treze votos de seus pares foi mais que merecida, pois ele soube articular bem a
sua eleição para presidente da Câmara de Vereadores, fruto da experiência dos
mandatos passados, do apoio recebido dos quatro vereadores do PT liderados pelo
ex-prefeito afastado por corrupção Roberto Sobrinho (PT), e também do prefeito
eleito Dr. Mauro Nazif (PSB), que com Alan, tinha uma divida moral pelo
ocorrido nas eleições de 2008 e 2010.
No entanto, a vergonha ficou para o
grupo de oitos vereadores (G-8) que nem mesmo chegaram a registrar a chapa para
disputar a Mesa Diretora como se articularam para tal feito durante os meses de
novembro e dezembro, pelo contrário, ao se absterem do direito de registrar a
chapa e do voto, não conseguiram demonstrar o posicionamento político de
independência ou de oposição responsável do grupo G-8, na verdade, começaram
seus mandatos omissos com a população, provando que nem entre eles próprios
conseguiram construir a imagem de um líder para liderá-los.
Mas a fragilidade maior ficou para os
quatro vereadores do Partido dos Trabalhadores - PT que tiveram que ficar de
joelho para o PSDB, partido historicamente adversário do PT em todo território
nacional. Portanto, os quatro vereadores do PT tiveram que votar em bloco num
vereador do PSDB para presidi-los na Câmara de Vereadores da capital, quando
naquela Casa de Leis, nos oitos anos passados, o PT liderava, deitava e rolava
nas votações em favor do ex-prefeito afastado Roberto Sobrinho (PT).
Agora ficam as seguintes perguntas no
ar: qual foi a moeda de troca para o PT votar em bloco com os vereadores do
PSDB, pior, num vereador tucano para presidir a Câmara de Vereadores da
capital? Essa é a grande incógnita que só o tempo nos dará essa resposta ou
alguém arrisca algum palpite?
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