domingo, 23 de dezembro de 2012

A peleja dos barnabés por salários


Crédito da Foto: www.rondoniaovivo.com.br

Tenho visto uma campanha sistemática nas redes sociais e na mídia eletrônica contra o governador Confúcio Moura (PMDB), a mais recente é sobre os salários atrasados. Bem, não é de hoje que se discutem salários de funcionários públicos desde visões retrógadas a visões mais progressistas.
Na verdade, nesse mês de dezembro não houve atraso da folha de pagamento dos servidores públicos estaduais, houve sim, um escalonamento de pagamento de salários, e devemos lembrar que o mês de dezembro ainda não terminou e a nossa Constituição prevê o pagamento até o quinto dia útil de cada mês.
Tal peleja de alguns barnabés desesperados por salários me fez lembrar uma frase do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes proferida para ao ex-governador da Paraíba Tarcísio de Miranda Burity, ambos já falecidos. Na ocasião numa entrevista de rádio, o radialista tocou no assunto de salário do servidor público, o governador Burity logo soltou o verbo e disse que a folha de pagamento do Estado da Paraíba estava em dia.
Na época, o governador Arraes estava seis meses de salários atrasados como os servidores públicos estaduais e deu a seguinte resposta ao radialista e ao governador Burity: “se o meu governo pagasse os salários aos servidores públicos estaduais que se pagam no Estado da Paraíba, os salários não estavam atrasados em seis meses, estavam sim, adiantados em seis meses”.
Não podemos ser injusto com o governador Confúcio Moura (PMDB), precisamos ser cautelosos com as nossas próprias crenças e questionamentos, pois o mesmo promoveu um resgate salariais dos servidores públicos estaduais em apenas dois anos comparado aos oito anos do governo que antecedeu, sem que ainda tenha acontecido a tão sonhada transposição esperada pelos servidores públicos estadual para os quadros federais que hora prometida pela presidenta Dilma (PT) e pelos nossos representantes no Congresso Nacional.
Lembro ainda, que no governo de oito anos passado que antecedeu o governo de Confúcio Moura (PMDB) não existia dialogo com as classes e sindicatos como acontece nos dias atuais. Na verdade, no passado todas as classes de servidores foram atribuídas alguns adjetivos que precisamos lembrar, principalmente, ou melhor, em especial aos Policiais Militares que foram chamados de maricas, professores comparados a garrafas de pingas nas esquinas, agentes penitenciários comparados a bichos preguiças, Bombeiros Militares comparados a come e dorme e policiais civis a toupeiras.
No atual governo não lembro que se tenha acontecido um gesto de desrespeito às classes de servidores e Sindicatos, em momento algum o governador Confúcio Moura (PMDB) foi deselegante ou rude com algum servidor público estadual, portanto, é preciso usar dois pesos e duas medidas para avaliar o desempenho de um governo diante de nossas crenças e falta de memória.
Digo mais, para se avaliar salários, basta o servidor público estadual fazer uma comparação dos números do seu contra-cheque de janeiro do ano de 2003 até janeiro do ano de 2011 com os números dos dois primeiros anos de governo de Confúcio Moura, ou seja, comparar verdadeiramente os números até janeiro de 2013. Assim, um governador que é capaz de reconhecer que os salários pagos ainda não são os ideais, mas é o que o caixa do governo suporta pagar sem que atrase verdadeiramente os salários, penalize tanto os fornecedores com atrasos de pagamentos, paralise as obras e investimentos que se façam necessários para melhorar a vida do rondoniense diante da crise financeira globalizada.
Portanto, o servidor que sempre é lembrado pelo termo pejorativo de barnabés, adjetivo esse que muitos governantes usaram para inferiorizar o servidor público estadual quando reivindicam melhorias salariais ou de condições de trabalho. Na verdade, a maioria dos servidores públicos em todas as esferas é responsável no desempenho de suas funções e preparados para o exercício de suas atribuições, agora, o que não podemos é ser injusto com um governador sensível e acessível que vem valorizando ano a ano o servidor através dos PCCR’s, cursos, treinamentos, capacitação, especialização e mestrados, tudo à custa dos cofres estaduais e do contribuinte. Então, que os lobos percam os pelos e os vícios!

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