segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Operação Saúde – Memória Curta


Muitos podem ter a memória curta, mas a lucidez de alguns não os leva ao esquecimento dos atos praticados de quem um dia lesaram o patrimônio público. Sendo assim, a semana que passou nos deparamos com santinhos da candidata tucana Mariana Carvalho (PSDB), afirmando que presidiu a Comissão Permanente de Saúde e Higiene Pública da Câmara Municipal de Porto Velho, bem como, twittadas da ex-senadora Fátima Cleide do PT e do blogueiro José Carlos de Sá divulgando que “estavam planejando a sequencia na saúde”.
Na arte da escrita não devemos levantar calúnia ou requentar notícias, mas não poderia deixar de relembrar o escândalo do superfaturamento na compra de remédios, praticado por funcionários e gestores da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho da atual administração petista em nossa Capital.


O ato criminoso e lesivo ao dinheiro do contribuinte com a compra superfaturada dos remédios foi denunciado no Programa Fantástico da Rede Globo de Televisão, e tal fraude, foi descoberta pela Polícia Federal. Resumidamente, apresento as informações levada a público a época pelo sítio eletrônico do RONDONIAGORA que afirma o seguinte:

“teve acesso nesta quarta-feira ao relatório de 90 páginas produzido pela delegada Gabriela Madrid Aquino Trolle, da Delegacia de Polícia Federal em Passo Fundo (RS). A denúncia com pedido de quebra de sigilo bancário, prisões e apreensões foi entregue a Justiça em 17 de fevereiro deste ano, detalhando a organização criminosa composta por 3 grupos. As irregularidades na Prefeitura de Porto Velho apontadas em relatórios da Controladoria Geral da União (CGU) que embasaram a Operação Saúde são graves e chegam a R$ 1.088.101,67 (um milhão oitenta e oito mil cento e um centavos e sessenta e sete centavos) de um montante examinado de R$ 2.815.933,20 (dois milhões oitocentos e quinze mil novecentos e trinta e três e vinte centavos). O relatório da Polícia Federal cita indícios de direcionamento no pregão presencial n.º 10/2010, além de sobre preço na aquisição de medicamentos no mesmo pregão. A base da denúncia apresentada pela Rede Globo é justamente essa, mas de um outro processo. Mas não é só isso. Com base nos dados da CGU o relatório da PF cita ainda outras irregularidades constatadas no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde, como: Medicamentos vencidos no almoxarifado central da SEMUSA ocasionando prejuízos de mais R$ 300.000,00; Medicamentos adquiridos não recebidos na farmácia do Município causando prejuízo ao erário; Controle de estoque ineficiente; Aquisição de fármacos que não fazem parte da farmácia básica; Inadequações na armazenagem e acondicionamento dos medicamentos; Aquisição de medicamento com prejuízo ao erário e Ausência de justificativa para desclassificação de licitante no Pregão Eletrônico n.º 20/2010. O relatório cita casos de servidores públicos em várias partes do país que fazem parte do bando. Sobre Porto Velho, foi pedida e deferida a prisão da servidora pública, Silvana Aparecida Pereira Fragoso, suspeita de formação de quadrilha, corrupção passiva, fraude a licitações, peculato e advocacia administrativa. Silvana era chefe da Divisão de Apoio a Farmácia da Semusa”.


         O que mais impressiona é o silêncio dos atuais vereadores da nossa capital, que nada apuraram e nem explicações convincentes foram dada a população de Porto Velho até a presente data. É estranheza nossa em saber que a vereadora Mariana Carvalho (PSDB) envolvida na disputa como candidata a prefeita de Porto Velho e o vereador Sid Orleans (PT) que tenta a sua reeleição - ambos presidiram a Comissão Permanente de Saúde e Higiene Pública da Câmara Municipal de Porto Velho nessa atual legislatura - não se encontra registro algum na mídia ou em qualquer outro lugar, de alguma iniciativa dos atuais vereadores que presidiu e preside importante comissão do parlamento mirim da nossa capital, como também de seus pares, manifestação no sentido de apurar tais denúncias, pelo contrário, os atuais vereadores daquela importante casa fizeram um pacto de silêncio em favor dos envolvidos em tal escândalo de corrupção.


         Assim, concluo deixando um pedido de reflexão aos que possuem uma falecida memória, e principalmente ao eleitor, que faça uma análise séria do comportamento político dos atuais vereadores da nossa capital e principalmente de quem esta em campanha pelo seu voto, prometendo o novo ou dizendo que vai fazer muito mais. Parece-nos que esses candidatos tiveram um surto de amnésia, pois na verdade se comportam como raposas velhas da nossa política brasileira e que um dia foi desmascarado pela imprensa.

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