Este Blogueiro ao lado do geografo francês Paul Claval
No primeiro semestre da graduação em geografia pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), tive a oportunidade de participar do Primeiro Encontro Internacional de Geografia da Bahia que foi promovido pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), realizado em junho do ano de 1997 na cidade de Salvador.
Na época houve um grande incentivo por parte das professoras Marceleuze Araújo Tavares e Ana Glória Marinho (ambas as professoras do departamento de geografia da UEPB – Campus Osmar de Aquino) para participar de tal evento tão importante da Academia.
Naquele instante eu estava trabalhando no meu primeiro emprego na iniciativa privada, ou seja, na Rede Tropical de Hotéis pertencente ao Grupo Varig - Hotel Tambaú. O encontro aconteceu nas dependências internas do Hotel Tropical da Bahia, portanto era a chance que tinha de participar como funcionário da rede no encontro, desfrutando da hospedagem e alimentação. Tenho muito a agradecer aos seguintes gerentes da época: Geraldo Dantas, Odilon do Egyto e Linton Barros que concederam esse patrocínio.
Recentemente tive o prazer de recordar esse momento impar e adormecido na memória da minha vida acadêmica. Sendo despertado por conta de sugestão de leitura do livro A Geografia Cultural de Paul Claval pelo professor Josué da Costa e Silva, tenho só a agradecê-lo, fez-me redescobrir o grande prisma da geografia humana.
Paul Claval que tive a oportunidade de pousar para uma foto ao seu lado no encontro da ciências geográficas, é professor na Universidade de Paris-Soborne, onde é responsavel pelo centro de estudo e pesquisa ligado aos temas da geografia cultural e etnografia (Laboratório Espaço e Cultura), estes dois em muito contribuiu para a reanimação da geografia cultural através da descrição dos espaços e lugares.
As obras, publicações, análises e descrição dos costumes, das formas de linguagens, crença, religião, artes, trabalho, produção, formas de organização da sociedade e do Estado de autoria de Paul Claval, tornou-se referência mundial no estudo da geografia, portanto, este é consagrado como um dos maiores geógrafos da atualidade e ganhador do prêmio Vautrin Lud, em 1996, equivalente ao prêmio Nobel.
Assim, com essa leitura, tive o gosto de reaprender que “no entendimento das questões humanas, a cultura é primordial. A cultura é mediadora entre o ser humano e a natureza e é o resultado da comunicação no grupo, na sociedade. Essa comunicação feita de palavras articula-se no discurso e realiza-se na representação (este é um aspecto fundamental da geografia). É essa cultura que permite aos grupos e aos individuos projetarem um futuro, idealizar uma construção comum” (CLAVAL,1999).
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