domingo, 19 de fevereiro de 2012

A imperfeição do amor, uma espécie de demônio?


Uma das coisas que mais me admirava em seu velho pai,
apesar de ser um militar,
era acurada a sua percepção das coisas,
das pessoas e do mundo...
Eu acho que dos seus filhos, você herdou isso...
(Alexandre Guedes)

         Nesse domingo de carnaval passei por um momento de profunda reflexão, devido a música Monte Castelo que tocou no rádio do carro. Logo me reportei aos meus verdes anos, quando passava horas ouvindo Legião Urbana. Portanto, senti o refrão - “ainda que eu falasse, a língua dos homens, e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria” - na minha alma, elevando meus pensamentos a pensar sobre a imperfeição do amor como uma espécie de demônio.
         A música ficou como uma tortura na minha mente. Busquei aprofundar minha reflexão no poema bíblico sobre o amor, na verdade, no capítulo 13, da epístola que Paulo, que fala grandiosamente sobre o amor: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria”.
         Então, comecei a me perguntar sobre a pessoa não acreditar no que sentimos um pelo outro, se realmente somos capazes de mudar por alguém e, quando nos esforçamos para mudar, essa pessoa não consegue acreditar que mudamos, muito menos acreditar no amor que sentimos por ela. Diante de tais interrogações, fico procurando respostas em mina mente sem encontra-las. Começo acreditar que a dor do amor, apenas essa dor é capaz de nos levar a conhecer a verdade. Essa tal verdade é como um paciente agonizando em seus momentos finais, pedindo misericórdia ao seu algoz incrédulo. Esse algoz parece sentir prazer ao ver a sua vitima chorando, com as cicatrizes abertas, o coração sangrando. Este impiedosamente, sentido o que eu não sei, defere o golpe fatal em sua vitima.
         Logo me pergunto o que fazer para provar a existência da possível perfeição do amor a essa pessoa. Sei que existi pessoas a aconselhando que o amor não é possível existir como uma divindade, mais sim como uma razão, apenas a razão. Pois o verdadeiro amor está sempre junto de nós como se fosse uma parte de nós, que nos completa, equilibra e nunca entra em desarmonia, decadência, devassidão, desequilíbrio, falta de companheirismo, solidariedade e compartilhação.
         Na verdade, eu desejo um dia ver as pessoas se amando, tendo a coragem de enfrentar todos os desafios, vencendo os demônios das imperfeições no amor, sem sentir inveja, vaidade, orgulho e competitividade. O amor tem que ser como o “Avatar” que contribui com sua energia para nosso “Eu” libertador de nós mesmos. Passando a não existir vitima e nem algoz, existindo na verdade a pessoa amada e vice-versa. É preciso ver o amor como uma completude, transubstanciante, holístico e sinergético. Se não tiver essas características, não é amor e sim, imperfeições demoníacas querendo se disfarçar de amor.

Co-autor: Alexandre Guedes

Um comentário:

Ozzy Renato disse...

nossa....ainda bem que eu não estou perto pra mandar um cascudo nessa cabeça gigante que vc tem! vc foi procurar no lugar errado! Procure no evolucionismo que vc vai encontrar respostas de verdade....e depois vá namorar, porraaaa!!!!!