segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A greve da educação, o que fazer?


"Se você acha que a educação é cara,
tenha a coragem de experimentar a ignorância."
(Derek Bok)

         Tenho o costume de madrugar todos os dias passando o olho nas manchetes de todos os sítios eletrônicos relacionados ao lado, para tristeza minha e dos demais internautas, creio eu, na sua grande maioria os espaços são reservados a notícias de violência doméstica, agressões, crimes brutais, combate às drogas, prostituição, um pouquinho de política e um tiquinho de boas iniciativas.
         Mais o combate à criminalidade se inicia por mais investimentos em educação, portanto, os profissionais da educação, tanto da rede pública de ensino estadual, quando da municipal de Porto Velho, estão em greve por motivos de reivindicação salarial e, mais alguns itens de pautas que norteiam a melhoria na educação, com mais iniciativa e investimentos por parte do Estado e a Prefeitura de Porto Velho no setor.
         Lembro que o radicalismo do movimento por parte dos grevistas ou extremismo do poder público podem trazer enormes prejuízos à comunidade escolar, pois o ano letivo ficará comprometido devido ao desgaste posterior ao fim da greve para ajustes no calendário escolar, visando o fechamento da carga horária como prevê a nossa LDB.
         É preciso sim, uma boa imediação de conflito, a ferramenta da greve é legitima e um direito assegurado por Lei, mas é preciso pensar que o Estado está para viver um novo tempo com a sonhada transposição, mais até lá, é preciso garantir os investimentos mínimos em saúde e segurança, portanto, é preciso garantir o equilíbrio nas receitas do Estado.
         Todos sabem que o governador Confúcio Moura está sensível aos problemas na educação do Estado. Este já demonstrou a sua boa vontade em promover a democratização das Escolas, ao abrir eleição para Diretores Escolares e repassar recursos direto para a escola, sendo a responsabilidade da comunidade escolar decidir no que é pra ser investido o dinheiro. Assim, temos um governo que realmente deu os primeiros passos visando a democratização do ensino no Estado, não se pode negar tais feitos.
         É preciso estar sensível aos investimentos que são necessários em educação, bem como nos que a fazem acontecer. Não são investimentos perdidos, pois o amanhã se constrói com educação, cultura, esporte e lazer. Todo esse conjunto permiti ir ao encontro da tão desejada paz social, pois povo educado é povo ordeiro.
         Não é com tolerância zero que se resolve um conflito, mais com o dialogo aberto e sereno. Pois a tolerância zero deve ser adotada na segurança pública, no combate ao crime como foi feito em Nova York e São Paulo. A final, mesmo com a educação que ainda temos num país com fortes raízes na exclusão social e mentiras propagadas sobre as falsas estatísticas do pleno emprego, é possível fazer muito mais para quem mais precisa. Assim, o passo inicial, é cuidar do hoje e das gerações futuras, ou seja, um verdadeiro investimento a longo prazo. Educação tem que ser prioridade do Estado, visando promover a universalização e qualidade no ensino.

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